sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sobre empresas e tendências: bebidas.

Schincariol: O que aconteceu? 

Novo programa computacional padroniza a gestão e faz parte do plano de construir uma imagem mais transparente.

A maior cervejaria do Brasil, com um passado antes de 2008 de Operação Cevada por questões ligadas à sonegação fiscal. Ocasionando prisões e casos de morte. Após tudo isto, dá-se início a um novo esquema geral de trabalho. Renovação em tudo. Desde às Compras, à Distribuição, Gestão de Estoques. E rastreamento de lotes. Tudo sob o comando do RENOVA (até email, conversa por celular entre os funcionários, etc.).
Antes, cada setor tinha seu programinha, seu jeito de funcionar, agora tudo uniforme, diz Álvaro Mello, diretor de tecnologia de grupo, em entrevista ao Jornal Valor Econômico, daquela época.
E não é conversa de nerd. Por meio dessa tecnologia, vamos trabalhar de maneira totalmente padronizada. Desde 1939, 100% dos funcionários de 14 fábricas, 4 bilhões de litros/ano, 10.700 funcionários, 255 distribuidores, 700 mil pontos de vendas - tudo integrado!.
Investimento estimado em 1 bilhão de reais. Em que mais da metade é direcionado a profissionalização da gestão.
A empresa toda começa agora a funcionar sob o novo sistema, essa nova mentalidade deixa o passado para trás. Modelo mental, é por vontade dos meninos: Adriano, Alexandre, José Augusto e Gilberto Schincariol Junior. Primos, todos com idade entre 26 e 34 anos. Por 3 anos, eles tomaram a decisão de tirar a família do negócio. Adriano assumiu o comando (após a misteriosa morte do pai dele), diz Álvaro Mello.
Em 2005, quando houve o escândalo sobre a questão fiscal, eles se uniram e reconstruíram a imagem da empresa. Um exemplo belíssimo de liderança familiar. A seguir, contrataram um presidente novo, Fernando Terni, ex-CEO da Nokia no Brasil, com salário de 300 mil reais na época, mais bônus no caso de venda da empresa.
O primeiro objetivo: empresa transparente.
Com a sede em Itu, foi totalmente remodelada e redecorada. Móveis novos, coloridos. E paredes de vidro transparentes. Outros disseram por aí, Não compensa tanta despesa. Nunca chegaria a empatar com a líder, Ambeva. Será?
A empresa arrumada, estava muito atraente. Inclusive para venda.
Surgiu candidatos interessados, como a Sul-Africana, Sab Miller, 3ª maior do mundo.
Hoje o que se sabe é que Schincariol é alegria de Carnaval. // Texto: MW.

Nenhum comentário:

Postar um comentário