Schincariol: O que aconteceu?
Novo
programa computacional padroniza a gestão e faz parte do plano de construir uma
imagem mais transparente.
A maior cervejaria do Brasil, com um passado antes de 2008 de
Operação Cevada por questões ligadas à sonegação fiscal. Ocasionando prisões e
casos de morte. Após tudo isto, dá-se início a um novo esquema geral de
trabalho. Renovação em tudo. Desde às Compras, à Distribuição, Gestão de
Estoques. E “rastreamento” de lotes. Tudo sob o comando do “RENOVA” (até email, conversa por celular entre os
funcionários, etc.).
“Antes,
cada setor tinha seu programinha, seu jeito de funcionar, agora tudo uniforme”, diz Álvaro Mello, diretor de
tecnologia de grupo, em entrevista ao Jornal Valor Econômico, daquela época.
E não é
conversa de nerd. “Por
meio dessa tecnologia, vamos trabalhar de maneira totalmente padronizada. Desde
1939, 100% dos funcionários de 14 fábricas, 4 bilhões de litros/ano, 10.700
funcionários, 255 distribuidores, 700 mil pontos de vendas - tudo integrado!”.
Investimento
estimado em 1 bilhão de reais. Em que mais da metade é direcionado a
profissionalização da gestão.
“A empresa
toda começa agora a funcionar sob o novo sistema, essa nova mentalidade deixa o
passado para trás. Modelo mental, é por vontade dos meninos:
Adriano, Alexandre, José Augusto e Gilberto Schincariol Junior. Primos, todos
com idade entre 26 e 34 anos. Por 3 anos, eles tomaram a decisão de tirar a família
do negócio. Adriano assumiu o comando (após a misteriosa morte do pai dele)”, diz Álvaro Mello.
Em 2005,
quando houve o escândalo sobre a questão fiscal, eles se uniram e reconstruíram
a imagem da empresa. Um exemplo belíssimo de liderança familiar. A seguir,
contrataram um presidente novo, Fernando Terni, ex-CEO da Nokia no Brasil, com
salário de 300 mil reais na época, mais bônus no caso de venda da empresa.
O primeiro
objetivo: empresa transparente.
Com a sede
em Itu, foi totalmente remodelada e redecorada. Móveis novos, coloridos. E
paredes de vidro transparentes. Outros disseram por aí, “Não compensa tanta despesa. Nunca
chegaria a empatar com a líder, Ambeva”. Será?
A empresa
arrumada, estava muito atraente. Inclusive para venda.
Surgiu
candidatos interessados, como a Sul-Africana, Sab Miller, 3ª maior do mundo.
Hoje o que
se sabe é que Schincariol é alegria de Carnaval. // Texto: MW.
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