quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Homenagem na TV a Manoel da Nóbrega

Diz Moacir Franco “Certas pessoas não morrem nunca, porque suas idéias dão frutos, de geração em geração.”


O legado que deixou aos filhos, deu continuidade já por duas gerações.
“Quanto mais assisto a Praça, mais eu gosto” - diz Ratinho em seu programa.
Neste homenagem o filho, Carlos Alberto de Nóbrega, ainda conta a história de percepção que viveu com o pai: “Salvos pelo milagre do Natal” foi a manchete dos jornais.
Ele conta que ao embarcar no avião o pai pressentiu um risco, mas achou que tudo ia dar certo. O que acontece? O avião deu pane - na hora todos se olharam, e deram-se as mãos, prontos para o fim. “Mas meu pai sabia que íamos sobreviver”. O avião pousou de emergência, apareceram dois caipiras, um ajudou a fazer uma fogueira pois estava muito escuro e o outro foi em busca de ajuda. No dia seguinte um avião veio resgatá-los.
Se toda uma família se norteou por realizar apenas uma ideia - um formato de programa... A ponto de se tornar um legado que alcança a quarta geração. 


De onde surgiu esta ideia? 


Comentaram no programa que “Manuel da Nóbrega estava numa praça da Argentina quando captou a inspiração de fazer o programa de TV - A Praça.”
O que eu lembro desde criança, minha mãe sempre falando que o escritor Somerset Maughan ter feito um conto famoso de uma pessoa sentada na praça ao seu lado aparecem diferentes personalidades. Como se a praça fosse um palco da vida. 


Coincidência? 


A homenagem ao artista está certo. E quanto à sua família também. Mas além de ser homenagem aos intérpretes, deve-se lembrar no Brasil dos autores. Quem é o autor?
Ele pode até não ter lido o livro. Mas a ideia do programa não foi tão original como pensam hoje os seus prosseguidores.
A escritora Helena Blavatsky, russa, casou-se com um vice-governador da Romênia, muito rico e bem mais velho do que ela. Em pouco tempo se divorciou, fato quase inimaginável nos idos 1800. E peregrinou pela Índia durante muitos anos numa busca de sua espiritualidade. Fundou um movimento internacional (a teosofia), escreveu um pequeno livro, belíssimo de conteúdo: A voz do silêncio. Foi a pessoa que trouxe os conhecimentos milenares da Índia, para a compreensão do pensamento Ocidental. Ao término de suas inúmeras viagens, ela desabafa: “Precisarei de uma vida inteira para catalogar as anotações de viagens, de tudo que vivi e presenciei. Ao conhecer os gurus e tradições milenares orientais”. 


E isto sem exagero!


Porque, exageros à parte, com modéstia do termo, porém com a realidade dos fatos. Nossa Equipe Wolff também está prosseguindo o rumo traçado pela escritora Ana Maria Wolff. Ela nos deixou um legado que é um manancial, uma verdadeira cascata de idéias. Penso que estamos, mais ou menos assim como a Madame Blavatsky. É um infindável arquivo de conteúdos e anotações da escritora Ana Wolff. Autora de um tratado sobre Percepção.
Não se trata de falsa modéstia. “Só é bom de verdade, quando algo se torna perene. E somente o bem, por ser provindo de Deus - é eterno”, diz Reinaldo Wolff. //

Nenhum comentário:

Postar um comentário