Vamos começar
pelo exemplo a seguir:
A LUTA
MUNDIAL PARA GARANTIR O SUPRIMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS DE ALTO CUSTO ESTÁ
CRIANDO NOVA DINÂMICA NA INDÚSTRIA DO AÇO
Tudo começa a partir de 2008
ü As mineradoras que controlam o minério
de ferro aumentam, neste ano, em 80% os preços.
ü E cresce o número de siderúrgicas
que querem explorar a matéria prima própria.
ü Ao mesmo tempo elas começam a
criar um mercado final cativo, e com isso tirar mais vantagem da
crescente demanda por aço. Resumindo, as mineradoras (incluindo a maior delas,
Cia. Vale do Rio Doce - hoje - Vale) estão se tornando siderúrgicas. Diz o
economista inglês, John Anton, especializado no mercado de aço: “a diferença é
que agora não há mais excesso de capacidade do mercado, como havia em
1998”. (Significa, naquela época havia mais empresa produzindo do que empresa
comprando).
E o que acontece?
ü Surge a tendência de: controlar
a produção desde a matéria prima até o produto final. Conhecida por integração
vertical. É, na prática, a volta do modo de produção dos anos 70. Época
em que era comum a siderúrgica possuir mina própria.
E o Brasil?
ü É no Brasil, que acontece esta
integração vertical.
Porque?
ü Aqui tem as grandes reservas de
ferro inexploradas!
E aí?
ü Ancellor Mittal - maior siderúrgica
do mundo por produção. Seu diretor presidente, L. Mittal, diz ao The Wall
Street Journal - America: “O Brasil tem a matéria prima, tem o
mercado, tem o crescimento”. Assim, em agosto de 2008,
Ancellor Mittal, paga 810 milhões de dólares pela aquisição da London Mining
Brasil. Além de fechar acordo para desenvolver
instalações portuárias de minério de ferro no Rio de Janeiro.
Ø (Ou seja, entendo que o Governo
contratou esta empresa inglesa para construir um porto siderúrgico para, enfim,
esta empresa também exportar seus produtos).
Ø Imagine só, o Rio de Janeiro, com
mais esta “vocação”: Ser um porto de minério! Assim como acontece em Vitória,
do ES, desde 1980, Porto de saída para minério de ferro, para tristeza dos
amantes da vida à beira-mar. Detalhe é que no Espírito Santo, a produção siderúrgica
de minério é ali mesmo à beira-mar.
Tem mais?
Ø Sim, em agosto de 2008, um consórcio
de siderúrgicas japonesas, também entram na batalha por uma série de minas
brasileiras. Antes pertencentes à Cia. Siderúrgica Nacional.
Ø Siderúrgicas da China, Índia, Rússia,
também interessadas.
Ø Enquanto isso, a Vale informa a
construção de um complexo siderúrgico de 5 bilhões de dólares no Pará: Usina Aços
Laminados do Pará. Prevista estar pronta em 2013. Capacidade - 2 milhões e meio
de toneladas, para consumo interno.
O que a Vale quer?
Ø Nesse mesmo tempo, a Vale, com caixa
alto. Ocorre a valorização recorde do minério de ferro. Quer comprar outras
minas para diversificar. Pois anuncia a expansão da Alunorte, com minas
próprias de bauxita. Investe conjunto com siderúrgicas do Japão, JFE
Steel Corporation, e da Coréia do Sul, Dongkuk Steel Mill Co., para construírem
uma fábrica de vigas de aço no Brasil.
Ø A Vale anuncia que a missão da
empresa é ser Joint Venture. Para aumentar a produção de aço no Brasil. Com
isso, garante a produção de minério de ferro.
E porque no Brasil?
Ø Na Austrália, as reservas de ferro são
controladas pela BH Pbilliton, e pela Rio Tinto. Não há possibilidades para uma
nova empresa ganhar posição de destaque no mercado. A Austrália tem menos
potencial de mercado consumidor de aço. No Brasil há grandiosos projetos de
construção civil e é crescente a indústria automobilística.
E o que a Ancelor Mittal quer?
Ø A Ancellor Mittal anuncia em 2008,
nova usina de aço, de 1 bilhão e 600 mil dólares, ampliou uma fábrica por este
tanto de valor, além de compra de quase 50% da Pirâmide Mineração, de Corumbá.
Conclusão
Ø
A
nós compete propor a reflexão: E O BRASIL? - O QUE O NOSSO PAÍS QUER? // ©
Equipe Wolff / MW. Fonte: The Wall Street Journal / Valor Econômico, de
2/09/2008.
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