sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Como começa o movimento das ultra-multi-nacionais se tornarem mais ricas do que países?


Vamos começar pelo exemplo a seguir:
A LUTA MUNDIAL PARA GARANTIR O SUPRIMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS DE ALTO CUSTO ESTÁ CRIANDO NOVA DINÂMICA NA INDÚSTRIA DO AÇO

Tudo começa a partir de 2008

ü  As mineradoras que controlam o minério de ferro aumentam, neste ano, em 80% os preços.
ü  E cresce o número de siderúrgicas que querem explorar a matéria prima própria.
ü  Ao mesmo tempo elas começam a criar um mercado final cativo, e com isso tirar mais vantagem da crescente demanda por aço. Resumindo, as mineradoras (incluindo a maior delas, Cia. Vale do Rio Doce - hoje - Vale) estão se tornando siderúrgicas. Diz o economista inglês, John Anton, especializado no mercado de aço: “a diferença é que agora não há mais excesso de capacidade do mercado, como havia em 1998”. (Significa, naquela época havia mais empresa produzindo do que empresa comprando).

E o que acontece?

ü  Surge a tendência de: controlar a produção desde a matéria prima até o produto final. Conhecida por integração vertical. É, na prática, a volta do modo de produção dos anos 70. Época em que era comum a siderúrgica possuir mina própria.

E o Brasil?

ü  É no Brasil, que acontece esta integração vertical.

Porque?

ü  Aqui tem as grandes reservas de ferro inexploradas!

E aí?

ü  Ancellor Mittal - maior siderúrgica do mundo por produção. Seu diretor presidente, L. Mittal, diz ao The Wall Street Journal - America: “O Brasil tem a matéria prima, tem o mercado, tem o crescimento”. Assim, em agosto de 2008, Ancellor Mittal, paga 810 milhões de dólares pela aquisição da London Mining Brasil. Além de fechar acordo para desenvolver instalações portuárias de minério de ferro no Rio de Janeiro.

Ø  (Ou seja, entendo que o Governo contratou esta empresa inglesa para construir um porto siderúrgico para, enfim, esta empresa também exportar seus produtos).
Ø  Imagine só, o Rio de Janeiro, com mais esta “vocação”: Ser um porto de minério! Assim como acontece em Vitória, do ES, desde 1980, Porto de saída para minério de ferro, para tristeza dos amantes da vida à beira-mar. Detalhe é que no Espírito Santo, a produção siderúrgica de minério é ali mesmo à beira-mar.

Tem mais?

Ø  Sim, em agosto de 2008, um consórcio de siderúrgicas japonesas, também entram na batalha por uma série de minas brasileiras. Antes pertencentes à Cia. Siderúrgica Nacional.
Ø  Siderúrgicas da China, Índia, Rússia, também interessadas.
Ø  Enquanto isso, a Vale informa a construção de um complexo siderúrgico de 5 bilhões de dólares no Pará: Usina Aços Laminados do Pará. Prevista estar pronta em 2013. Capacidade - 2 milhões e meio de toneladas, para consumo interno.

O que a Vale quer?

Ø  Nesse mesmo tempo, a Vale, com caixa alto. Ocorre a valorização recorde do minério de ferro. Quer comprar outras minas para diversificar. Pois anuncia a expansão da Alunorte, com minas próprias de bauxita. Investe conjunto com siderúrgicas do Japão, JFE Steel Corporation, e da Coréia do Sul, Dongkuk Steel Mill Co., para construírem uma fábrica de vigas de aço no Brasil.
Ø  A Vale anuncia que a missão da empresa é ser Joint Venture. Para aumentar a produção de aço no Brasil. Com isso, garante a produção de minério de ferro.

E porque no Brasil?

Ø  Na Austrália, as reservas de ferro são controladas pela BH Pbilliton, e pela Rio Tinto. Não há possibilidades para uma nova empresa ganhar posição de destaque no mercado. A Austrália tem menos potencial de mercado consumidor de aço. No Brasil há grandiosos projetos de construção civil e é crescente a indústria automobilística.

E o que a Ancelor Mittal quer?

Ø  A Ancellor Mittal anuncia em 2008, nova usina de aço, de 1 bilhão e 600 mil dólares, ampliou uma fábrica por este tanto de valor, além de compra de quase 50% da Pirâmide Mineração, de Corumbá.

Conclusão

Ø  A nós compete propor a reflexão: E O BRASIL? - O QUE O NOSSO PAÍS QUER? // © Equipe Wolff / MW. Fonte: The Wall Street Journal / Valor Econômico, de 2/09/2008. 

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