sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Entrevista de Luis Carlos Fortunato da Silva ao jornalista Reinaldo Wolff

Nosso herói de hoje é “O GUARDA”.

O que esta estória nos conta? O ser humano quando escolhe sair dos seus erros e define o querer “Eu quero ser melhor!”. E a grandeza dessa trajetória rumo ao auto-aperfeiçoamento. Descubra aqui como o aprimoramento dos sentimentos levam uma pessoa à descoberta de sua verdadeira vocação e à sua missão na vida.

 
REINALDO WOLFF: Pelo fato de ter sido guarda municipal e agora ser candidato a vereador - tem algum projeto para melhoria do trânsito?
LUÍS FORTUNATO: Melhorar a sinalização do trânsito de Itaboraí e as condições das vias públicas e estacionamento. Porque tem acontecido muito tumulto ali na região central. Principalmente nos horários de mais movimento, que é 17hrs e 18hrs. E parte da manhã.

 
REINALDO WOLFF: E quanto à segurança pública municipal?
LUÍS FORTUNATO: É buscar apoio para que haja mais policiamento nos lugares da cidade em que há mais movimentação. Tem acontecido muito esses assaltos rápidos. A pessoa chega para tirar o dinheiro no caixa... Tem ocorrido isso muito freqüente em Itaboraí.

 
REINALDO WOLFF: Acharia uma boa idéia, aos moldes de Papucaia, colocar equipamentos de academia em praça pública para jovens e terceira idade?
LUÍS FORTUNATO: Muito bom. Boa idéia para aqui.

REINALDO WOLFF: O que acha que pode ser melhorado, no Município, na vida de jovens e de terceira idade?
LUÍS FORTUNATO: Dos jovens, implantar mais escolas de ensino técnico, para formar mais profissionais e ajudar a conseguirem o primeiro emprego. Há uma dificuldade muito grande quanto a isso. Quando eles se formam, vão se empregar, pedem experiência. Então quero fazer um projeto do primeiro emprego. E quanto a 3ª idade, quero fazer um projeto e conseguir um lugar para o idoso ser melhor atendido. Fazer exercícios com acompanhamento. Além de atendimento de saúde que tem que melhorar. Já chegou UPA em Manilha, inaugurada recente. O hospital está sobrecarregado. Tem que acontecer melhorias muito grandes aqui na saúde.

REINALDO WOLFF: Tem algum projeto de administração? Sugere alguma mudança de lei local?
LUÍS FORTUNATO: Mudar algumas leis no trânsito.

REINALDO WOLFF: O que pensa da idéia (dos moldes de Cidade de São Paulo) de fazer duas vagas cativas de 15 minutos com o pisca-alerta ligado, para farmácias?
LUÍS FORTUNATO: Boa idéia.

REINALDO WOLFF: O que acha do abuso de pessoas estacionarem em vagas de deficiente e o que acha que pode ser feito?
LUÍS FORTUNATO: colocar mais agentes de trânsito para fiscalizar. Não ir de imediato multando mas conversar com eles primeiro. Na 2ª vez aplicar a multa.

REINALDO WOLFF: Tendo convivido diretamente com a população - o que influenciou na sua vontade de ser vereador?
LUÍS FORTUNATO: Sim. Vejo muito sofrimento do povo e no nosso município, o que está faltando é melhorar na saúde e saneamento básico. São as reclamações que eu mais escuto.

REINALDO WOLFF: O que influenciou na sua vida a experiência em ser guarda de trânsito?
LUÍS FORTUNATO: Eu comecei a trabalhar no trânsito, e de uma maneira assim, eu fui gostando. E me senti muito bem. Sendo que eu sempre tratei o motorista com muito respeito. Conversando com as pessoas e não multando primeiro. Mais orientação de imediato.

REINALDO WOLFF: Sim. Testemunhei isso no trânsito. Sei que é verdade. O enfrentar sol, calor, chuva, diretamente exposto à natureza, em que interferiu?
LUÍS FORTUNATO: Mais é de ver e lutar para que as pessoas menos favorecidas tenham uma condição melhor. Eu quero procurar ajudar elas. Mas o propósito meu é este. Mostrar que é possível fazer alguma coisa para ajudar. A falta de interesse que se vê em alguém, em alguns, é que atrapalha. Tendo interesse humano pelas pessoas, é possível ajudar, sim. Eu sinto que tenho muitas condições de ajudar as pessoas.

REINALDO WOLFF: O que precisa para humanizar mais a cidade de Itaboraí?
LUÍS FORTUNATO: No meu entender, tem que haver um trabalho intensivo, muito intensivo aí nas comunidades.

REINALDO WOLFF: O que acha da influência da COMPERJ na cidade?
LUÍS FORTUNATO: Influência muito boa, trazendo muitos benefícios para a cidade. Mas temos que também estar sempre analisando a questão do meio ambiente, para não prejudicar a nossa vida aqui. Porque nós temos que ter uma vida saudável. Quero olhar este lado - cuidar do meio ambiente.

REINALDO WOLFF: A família apóia a decisão de abrir um caminho político?
LUÍS FORTUNATO: Sim.

REINALDO WOLFF: Tem idéia de algum plano de carreira para seus colegas de farda?
LUÍS FORTUNATO: Sim. Quero criar situações para que venham ter condições melhores de trabalho. Para que venha aumentar o número de agentes de trânsito que Itaboraí precisa. Quero poder conseguir melhorar bem as condições deles de trabalho, sim.

REINALDO WOLFF: O que acha da possibilidade de juntar guarda municipal e de trânsito no sentido de trabalho em equipe?
LUÍS FORTUNATO: Muito bom.

REINALDO WOLFF: Acha interessante dar um projeto de lei em que o pedestre seja obrigado a atravessar somente na faixa?
LUÍS FORTUNATO: Eu estive em Curitiba. Nas escolas eles ensinam, desde pequenos, educação de trânsito. Quanto trazer para cá este conceito. O que está acontecendo aqui é que os pedestres ficam na frente dos carros, desrespeitando as leis do trânsito. E eles ainda reclamam!

REINALDO WOLFF: Que tal um projeto aos moldes de Friburgo e Brasília - os veículos são obrigados a parar para os pedestres atravessarem?
LUÍS FORTUNATO: Esse projeto tá bom. Eu vou lutar para trazer este projeto também para cá.

REINALDO WOLFF: O que pensa das novas concessões de taxistas?
LUÍS FORTUNATO: Tem que analisar, ver o que está precisando e liberar, sim. De acordo com o crescimento da cidade. Para tudo funcionar bem nesta área.

REINALDO WOLFF: O que pode melhorar na segurança escolar do município?
LUÍS FORTUNATO: Aí, no caso, tem que haver mais concurso, para que os guardas em colégios, fiquem direto ali de segurança e fiquem dois guardas municipais.

REINALDO WOLFF: Qual a sua melhor característica dentro desta nova vocação - política?
LUÍS FORTUNATO: Sinceridade em fazer um trabalho voltado para a população.

REINALDO WOLFF: Conte-nos, em algumas palavras, a sua estória.
LUÍS FORTUNATO: Minha estória de vida... Tá. Eu vim para Itaboraí quando tinha uns 5 anos. Não era cristão. Era viciado. Fui me criando nesse sentido, assim desse jeito. Sendo que aos 18 anos, eu me voltei para Deus. Vi que a minha vida estava bem ruim. Entrei na igreja, me converti, e dali até hoje, muitos anos na igreja, a minha vida foi mudando. Já fui casado. Sou divorciado. Moro com meus pais. Ajudo eles, porque eles têm necessidade que um filho fique sempre cuidando. Penso em me casar de novo, quando aparecer a pessoa certa. Quero me casar. E quero lutar pelo povo. Quero me dedicar pelo povo. Para que haja também ajuda no sentido de aconselhamento espiritual para as pessoas que estão sofrendo e sentem falta de conversar com alguém. No sentido de terem uma orientação espiritual.

REINALDO WOLFF: Que mensagem você tem para passar para as pessoas da cidade de Itaboraí?
LUÍS FORTUNATO: Com muita sinceridade, no caso, porque o voto é livre. Minha intenção é fazer o melhor pela população de Itaboraí. Então quero que o povo me dê esse voto de confiança. E me dê essa chance de mostrar que é possível trabalhar na política com seriedade. E muito mais com o sentido bom. Do objetivo de ajudar. Estar com a pessoa. E se esforçar e de mudar aquela situação. E que eu possa - com meu apoio e esforço - conseguir uma situação de qualidade de vida melhor para os que necessitam de ajuda.
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Equipe Wolff apresenta: BRASIL/PORTUGAL/BRASIL!

Em 15 de julho do ano passado ocorreu o evento "Ser Editor, Ser Livreiro", no Brasil e em Portugal. Promovido pela Fundação Biblioteca Nacional. Colóquio entre pesquisadores e representantes do mercado editorial para debater: Quais as perspectivas de futuro? E lançar revista editada pela BN: revista do livro da Biblioteca. Apresentados por Mario Feijó, Eco/UFRJ, Thaís Sena, Jies/UFRJ, Nuno Medeiros, Universidade Nova de Lisboa.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

OS PLANOS DE GOVERNO DO CANDIDATO EDIL NUNES

AFI: Filas enormes nas madrugadas, algumas iniciadas ainda na noite anterior. Ao amanhecer, nem sempre todo esse sacrifício é garantia certa da marcação da consulta médica. Quando a consulta é marcada,a espera pode levar alguns meses. Depois disso, os exames também levam mais outros meses para ser realizados. Nos casos de emergência, nem sempre há médicos para atender. Nas farmácias dos ambulatórios faltam medicamentos básicos. Este é o triste retrato do Sistema único de Saúde (SUS) , em Nova Friburgo. Alguns dos senhores já imaginou passar por isso? Certamente algum conhecido seu enfrenta essa Via Crucis. Caso eleito,o que pretende fazer para dar pelo menos um pouco de dignidade e respeito aquém depende da saúde pública que, além de ser um direito do povo, deveria ser obrigação dos governantes. A idéia de retornar o HRS para a Benemérita Irmandade lhe agrada?

EDIL: Fortalecimento do SUS e de suas instâncias de decisão, fortalecendo o papel decisório, autônomo e fiscalizador do Conselho Municipal de Saúde; Acesso à rede de serviços de saúde através da internet no Programa Prefeitura ao Alcance de Todos, com marcação das consultas e exames em terminais eletrônicos nas unidades de saúde e por telefone 0800 e balcão, para dar fim às filas de atendimento; Aumento imediato dos salários dos profissionais da saúde com implantação do plano de carreira a partir de ampla discussão com os profissionais; Ampliação imediata do número de médicos no pronto-atendimento; Multiplicação e reformulação dos postos de saúde, transformando as unidades básicas da saúde em policlínicas e incluindo horário noturno e nos fins de semana; Reestruturação do Programa de Saúde da Família, para acompanhamento sistemático da saúde da população, através de equipes básicas de profissionais que atendam as famílias em cada comunidade, fornecendo veículo de transporte para os servidores – médico e auxiliares. O HRS deve ser público o tempo da Benemérita já passou.
AFI: Uma prática muito comum na política brasileira hoje é a nomeação de cargos políticos. No caso de Nova Friburgo o Secretariado Municipal na sua maioria é ocupado por amigos e pessoas que trabalharam na campanha.
Isso nos últimos anos , prejudicou muito a cidade, notadamente nos setores de esportes, comunicação, saúde e educação, pois os secretários não são do ramo. Qual sua opinião sobre isso
EDIL: Precisamos fazer uma reforma administrativa para identificarmos o tamanho ideal da maquina pública, com isso, serão eliminados muitos cargos de “confiança” que são utilizados unicamente para os apadrinhamentos políticos. A nomeação de secretários com certeza será levada em conta o critério técnico sobrepondo o político.
AFI: Os atuais responsáveis pela segurança pública do município, dizem que a cidade é calma,no entanto quase que diariamente os assaltos a mão armada estão acontecendo principalmente no centro da cidade. Somente esta semana três casos aconteceram. Após 16h é impossível sentar nos bancos da Praça Getulio Vargas, por causa de assaltos e prostituição. Entendemos que a solução seria colocar grades e fechar a praça no horário noturno. O que o senhor acha da proposta
EDIL: Não será cercando a praça que e tombada pelo patrimônio público que resolveremos o problema de segurança. Propomos: Criação de um Conselho Municipal de Defesa do Cidadão, encarregado de traçar uma política de direitos para todos os habitantes da cidade, de coordenar a rede de Centros de Segurança e Cidadania e de fiscalizar a elaboração e a execução das políticas públicas neste setor;Aparelhamento da Guarda Municipal para que atue como uma polícia municipal, civil, uniformizada, voltada à prevenção e ao combate aos crimes de pequeno porte, além de ser um corpo efetivo de proteção ao cidadão, com atividades de auxílio no trânsito, prevenção de acidentes, defesa da criança, do idoso e da população de rua, etc; Ampliação da Guarda Municipal para garantir maior segurança em praças, locais públicos de caminhada de pessoas existentes no centro e nos bairros, escolas, unidades de saúde, etc; Iluminação de todas as ruas da cidade e dos loteamentos, com instalação de postes e luzes por toda e qualquer rua que possua morador, promovendo a segurança com claridade por onde caminham as pessoas; Desenvolvimento do programa permanente “educação para a justiça e a paz”.
AFI: O transporte público sempre foi uma bandeira dos candidatos, vários movimentos foram feitos. Alguns sempre criticou o monopólio existente na cidade. Caso seja eleito, qual o seu projeto para melhorar este serviço?
EDIL: Criação de um órgão gestor do trânsito e transporte no Município; Priorizar o desenvolvimento do transporte de massa e coletivo; Criação dos Conselhos Populares de Transportes para apresentação e discussão de novas formas de transporte coletivo na cidade, além da fiscalização da empresa concessionária do transporte público; Manutenção e modernização do sistema de passagem integrada; desativação da Rodoviária Urbana, que já na sua concepção estava obsoleta; Fiscalização ao cumprimento das leis voltadas a facilitar a vida de pessoas com necessidades especiais, como a obrigatoriedade do transporte coletivo adaptado; Adoção de medidas para melhoria do trânsito da cidade, através da troca dos semáforos ultrapassados ainda existentes pelos inteligentes, para tornar mais ágil o fluxo de veículos e implementando o sistema de ondas verdes, a fim de garantir mais fluidez no trânsito; Criação do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes Públicos, onde será debatido, com a sociedade organizada e técnica, um programa integrado de trânsito e de transportes para o município, com planejamento no médio e longo prazo; Remanejamento dos radares para locais próximos às unidades escolares ou similares para que alcancem realmente o fim a que foram destinados: educação no trânsito e não indústria de multas; construção de ciclovias modernas e seguras; mobilização da sociedade para pressionar Governo do Estado a utilizar recursos provenientes dos impostos oriundos da exploração dos pedágios na RJ 116 e do IPVA para a construção da Estrada do Contorno, visando retirar o trânsito de caminhões pesados do centro.
AFI: A educação friburguense, apesar dos baixos salários, sempre foi motivo de elogios a nível estadual. Um projeto muito falado ultimamente é a qualidade e o período integral. O que o senhor pretende se eleito?A idéia de educação em período integral o agrada?
EDIL: Garantia da universalização do acesso à Educação Infantil, com elevação do padrão de qualidade. Implantação do horário integral progressivo de 8 horas, debatendo, conscientizando e montando, com comunidades e equipes, cada projeto, que deve priorizar as comunidades mais pobres; Construção de uma escola universal, laica, libertária e materialmente forte, para levar o aluno ao exercício pleno de suas potencialidades e da cidadania; Elevação do padrão salarial e da qualificação dos profissionais de ensino do Município; recuperação das perdas salariais acumuladas pelos profissionais da ativa e aposentados; incorporação dos abonos, gratificações e demais bonificações aos salários; Unificação das carreiras dos trabalhadores em educação no Regime Jurídico Único Estatutário. Para o magistério, enquadramento já no Plano de Carreira. Para funcionários, implantação do Plano de Carreira e enquadramento; Não à terceirização de serviços; contratação apenas por concurso público; Respeito ao 1/3 da jornada do professor para planejamento e pagamento do adicional de qualificação; Garantia da ampla participação das comunidades escolares no processo de eleição dos diretores de escolas e na formulação e aplicação dos projetos políticos pedagógicos, reforço à organização dos Conselhos Escolares e apoio à formação das associações de pais e dos grêmios estudantis, efetivando a participação da comunidade nas decisões de cada escola; Programa de inclusão, nas turmas regulares da rede municipal, das crianças e jovens com necessidades especiais, garantindo a devida assistência profissional e a capacitação dos professores para este trabalho de caráter específico; Manutenção e cumprimento imediato das metas e prazos previstos no Plano de Educação do Município; Articulação da Secretaria de Educação com a de Assistência Social, para avaliação permanente das condições das famílias dos alunos que encontram dificuldades na escola; Planejamento, juntamente com a Comunidade e o Conselho Municipal de Educação, para garantia do funcionamento das creches levando-se em conta as necessidades dos pais trabalhadores, quanto ao horário de trabalho e às férias, sem prejuízo dos direitos dos profissionais da Educação.
AFI: Sabemos que a Avenida Alberto Braune é tombada pelo Patrimônio Histórico, mas várias sugestões já foram encaminhadas. O piso da avenida é horrível. Qual s solução
EDIL: Pensando no patrimônio público não devemos mudar o piso da Avenida Alberto Braune e sim diminuir o fluxo de carros pesados que trafeguem por ali diariamente e ter uma política permanente de manutenção da via.
AFI: Dizem que o nosso carnaval é o segundo melhor do Estado do Rio. Já foi um dia, hoje não é mais. O empobrecimento das agremiações carnavalescas é real. O que pretende fazer nesse sentido?
EDIL: Estímulo à formação dos Conselhos Populares de Cultura nas comunidades; Trabalhar junto com o Conselho Municipal de Cultura para implantação do Plano Municipal de Cultural; Cadastramento, recuperação e preservação do patrimônio cultural e histórico da cidade; Desenvolvimento de programas de formação de público, oferecendo gratuitamente à população a apresentação de artistas e grupos locais, ligados aos mais diversos gêneros de música, dança, teatro e artes plásticas; Organização de programas de fomento para formação de novos artistas, autores e grupos; No carnaval e em outras datas festivas, os governos municipais têm oferecido atividades gratuitas para a população, como os grandes shows nas praças e os bailes públicos. As Escolas de Samba de Nova Friburgo, não são empresas voltadas ao lucro, dependendo do que arrecadam em atividades ao longo do ano em suas sedes e, fundamentalmente, das verbas concedidas pela Prefeitura à Liga das Escolas de Samba, às vésperas do desfile. Cria condições para que a liga das escolas de samba tenham autonomia para realização do carnaval; Desenvolvimento de política de preservação do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico.
AFI: A Associação Friburguense de Imprensa (AFI) vem fazendo um trabalho de resgate da classe, valorização do profissional do jornalismo friburguense. A AFI acaba de conseguir a implantação da delegacia sindical na cidade. No governo Heródoto o então Secretário de comunicação prejudicou sensivelmente a entidade. Posteriormente quando a AFI estava conseguindo uma aproximação, o prefeito Dermeval foi afastado do cargo. O atual Prefeito até agora foi só promessas. Que tipo de relacionamento pretende manter com a AFI e também dom a imprensa em geral.
EDIL: Numa proposta de governo participativo, com certeza todas as organizações da sociedade civil serão respeitadas e envolvidas na condução dos rumos que nossa cidade. A AFI como todo o órgão de imprensa terão um papel importante na nova ordem política do Município.
AFI: Nova Friburgo não tem vida noturna, com isso a sociedade em geral fica sem opção de lazer à noite. A juventude por outro lado se envolve na bebida, aumentando assim o número de acidentes com motos e carros. Qual sua providência nesse sentido?
EDIL: Estimular projetos de “novos talentos” nas áreas de produção cultural, teatro, circo, música, multimídia e artes plásticas em geral;Retomar os grandes concertos em áreas populares e ampliar a política de recuperação de espaços e demais equipamentos culturais, dando prioridade para os bairros; estabelecer parcerias com a sociedade civil no planejamento e implementação de políticas culturais que estiverem integradas às estratégias de desenvolvimento; implementar uma política cultural articulada para a infância. As escolas, creches, os espaços culturais da rede municipal, projetos especiais e parcerias estratégicas com a sociedade civil serão integrados em uma Política Municipal de Cultura para a infância formando uma rede cidadã de sustentação as iniciativas e programas; Investir na formação de pessoas para trabalharem nos equipamentos culturais existentes e em vários outros que serão criados nos próximos anos. investir diretamente em escolas e educação artística de qualidade, em legislações específicas que determinem recursos orçamentários para as várias etapas do processo criativo e resguarde as especificidades de cada segmento, de organização de calendários a partir do que a cidade já oferece e também com base naquilo que ela deve oferecer; essa política exige ainda a promoção de intercâmbios, de ateliês livres, de residências internas na própria cidade, que desenvolvam práticas e metodologias de acesso ao território artístico e estético para todos os cidadãos. Criar um grande identidade cultura capaz de atrair nossos jovens fora da visão mercantilista dos grande show e priorizar o artista local.
AFI:Levando-se em conta que o Friburguense é o representante da cidade no Campeonato Estadual e agora Brasileiro da Série D, qual será sua postura com relação à apoio ao clube?
EDIL: O friburguense pode ser a grande vitrine de nossa cidade fora de nossas fronteiras por isso, será importante uma política de patrocínio começando pela Prefeitura e se estendendo a iniciativa privada.
AFI: Nos últimos anos a quantidade de mendigos espalhados pelos principais pontos da cidade é uma enormidade. Portas de igrejas, coretos, praças, e até mesmo dentro dos bares há pedintes. Nada temos contra mendigos, mas esta camada da sociedade local, vive no abandono total. Como o senhor pretende resolver este problema?
EDIL: Criar imediatamente uma força-tarefa para fiscalizar e analisar a execução de convênios e contratos administrativos de abrigos privados que recebam subvenções públicas no município; Iniciar uma campanha de revalorização do serviço social no âmbito da prefeitura, em todas as políticas públicas municipais, buscando parcerias com os respectivos conselhos profissionais e sindicatos da das categorias; Ampliar o serviço de apoio psicológico às famílias de usuários de drogas lícitas e ilícitas; Integrar os abrigos da prefeitura aos equipamentos de saúde, educação pública, cultura e geração de renda; Apoiar as modalidades de acolhimento institucional (Casa de Passagem, abrigo, casa-lar) nos parâmetros das Orientações Técnicas para os Serviços de Acolhimento para crianças e adolescentes garantindo a brevidade e excepcionalidade da medida; Programar um Plano Municipal de Promoção, Proteção e Defesa do Direito à Convivência Familiar e Comunitária, voltado para a população em situação de rua, em articulação com o CMDCA e CMAS; Rever imediatamente os conceitos e técnicas de abordagem e tratamento da população em situação de rua e dos usuários de drogas, com especial atenção para o crack.

AFI LAMENTA ERROS DE ASSESSORIAS

A Associação Friburguense de Imprensa (AFI) foi o único veículo de comunicação da cidade a obter autorização da Justiça Eleitoral para realizar dois momentos diferentes: um encontro com os seis candidatos a Prefeito de nossa cidade dia 24 de agosto e mostrar seus planos atraés de  um questionário/entrevistas, cujas  respostas serão veiculadas nos blogs: www.associacaofriburguensedeimprensa.blogspot.com e www.manchetedahora.blogspot.com, alternadamente através do dia 24.

 A AFI está ofererendo oportunidade aos candidatos, de divulgação da plataforma de governo, geral, ampla, irrestrita e sem cortes.

O material  (convite, questionário e copia da autorização do juiz) foi entregue em todos os comitês, dia 08 de agosto, sob assinatura de cópia de documento de todos os assessores, portanto do dia 08 até dia 24, cada candidato teve 15 dias, para agendar o encontro ou enviar representante.

Lamentavelmente, alguns candidatos não tiveram o mínimo respeito com a entidade que comanda a imprensa da cidade, pois não compareceu, não justificou a ausência e também não entregou as respostas preenchidas ou justificativa do porque não responde-las.

Entendemos que o candidato escolhe uma assessoria confiando no trabalho dela, mas não podemos admitir  falha nestas assessorias, que prejudicam apenas o candidato.
Ficou claro, para a nossa diretoria, que o candidato que ora pede seu voto para se eleger,  tem que tee cuidado ao esclher quem está do seu lado, até porque, é um trabalho pago e que precisa ser bem feito.

A diretoria também está profundamente triste com tudo isso.

Nova Friburgo, 29 de agosto de 2012.
José Duarte (presidente)
Max wolosker (vice presidente)
Paulo Nunes (1° Secretário)
Elisabeth Souza Cruz (2° Secretário)
Rita Schefel (1° Tesoureira)
Rafael de Caxias (2° tesoureiro)
Gilvan costa (Diretor de Patrimônio)
Marly Pinel (Diretora Social)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A FAZENDA - VIDA REAL


Empurramos a porteira, que se abriu para uma longa estrada. Os arbustos semi-escondem uma casa acolhedora. De longe avisto as asas abertas de um galo branco, parece querer nos recepcionar. Encostado à uma árvore, cena de séculos atrás, um cavalo pronto, com cela para montar, aguarda. Vem a esposa do Sebastião com um sorriso de boas vindas. Então, vamos puxar uma prosa com Dona Maria de Lurdes. Ela está num momento importante da sua vida. Quem sempre morou no campo, vê o COMPERJ nos fundos do seu quintal, enfrenta o grande dilema - e agora? Mudar para o campo em outra localidade, nesta altura da vida? Enfrentar morar em cidade pela primeira vez? Já não se acha mão de obra para lida no campo. E os jovens - como interessar a nova geração gostar da fazenda, que não seja de um reality show? Leia a seguir.

Fala Dona Maria de Lurdes: O Tião saiu para cuidar do gado. Não deixa o gado sair para a pista. Porque aqui já é quase cidade e o gado sai. Um perigo danado dar uma batida de carro com o animal.

Reinaldo Wolff: A COMPERJ é aqui, não é, senhora?
Maria de Lurdes: A COMPERJ é ali para quem vai à Papucaia, no final daquela colina.

Reinaldo Wolff: Daqui a senhora vê?
Maria de Lurdes: À noite, sim, a claridade, no alto ali. A galinha cacareja e vem ciscar o milho ao lado da varanda onde estamos. Em volta, tudo varrido e cada coisa em seu lugar.

Reinaldo Wolff: E eu que não sabia que a COMPERJ estava tão pertinho, moro aqui no outro bairro.
Maria de Lurdes: Menino! Isso tudo aqui vai virar cidade! E o que tem aqui vai acabar. Agora mesmo Seu Zequinha estava dizendo isso.

Reinaldo Wolff: Quem é o Seu Zequinha?
Maria de Lurdes: É... Ele tem fazenda aqui perto. Uma parte das terras é dele. A fazenda dele foi vendida. Ele não tinha mais idade pra tocar aquilo tudo. Está com 82 anos. Ele vendeu. Mas aí ele vem aqui matar a saudade. Andar a cavalo. Distrair a cabeça.

Reinaldo Wolff: Sua casa está situada num recanto incrível. Mas e aí? O que ele disse?
Maria de Lurdes: Ele estava dizendo - ‘Isso tudo vai virar cidade. É uma pena que isso tudo vai acabar’.

Reinaldo Wolff: Acho que as pessoas envelhecem precocemente. Aos 82 anos a pessoa não deveria se sentir acabada.
Maria de Lurdes: Ele é forte. Anda a cavalo, e mais porque? Ele foi criado assim na natureza!

Reinaldo Wolff: Eu estou com 56. Só 26 a mais, não deveria estar velho.
Maria de Lurdes: Também estou com 56. Já meu marido com 72. Anda a cavalo o dia inteiro. Já andou muito por aí tudo. Dizem que é muito ruim mexer com animais e eu falo. Só é ruim se você estiver com o animal em muito contato. Mas se você tem um animal aí no pátio, joga um milho, o bicho come. E si dá comida e o bicho come, entendeu?

Reinaldo Wolff: Quais são os bichinhos que a senhora mais gosta?
Maria de Lurdes: Ah! Tudo que tem aqui eu gosto. É galinha, é cavalo. Quando eu acordo de manhã, tá tudo aqui na minha porta, procurando comida. As galinhas tudo aqui na porta. Nossos cavalos, são cavalinhos pé duro, mas já tão acostumados com a gente, né? Agora mesmo a gente vai ter que sair daqui, vender tudo. Ou vender ou ver o que vai fazer. Ir pro um lugar, aí que... Só não tenho vontade de ir pra cidade. Morar assim, na rua... Só se fosse um lugar que não tivesse muito - entende? Ele tem vontade de ir lá pra cima - (indica com a mão a região da serra) - eu digo pra ele assim - ele já está em idade avançada. Não se acha hoje em dia gente prá trabalhar.

Reinaldo Wolff: Está difícil mão de obra para todo lado.
Maria de Lurdes: Nem pra fazer uma horta! Aqui tem muito porco. Nós não tava encontrando ninguém prá fazer chiqueiro. E os porcos tava solto, entendeu? Se tem gente prá trabalha, faz chiqueiro, faz plantação, os bicho tem o que como. Mas não tem gente pra capinar, limpar, roçar. Esta parte - (mostra uma extensão enorme de terras ao lado da casa) - tem uns três anos que não vem ninguém arrumar isso aí. Ninguém quer. Ah! Trabalho de enxada, não! Olha, lá está! Ao longe vejo Tião, encontrou o Damião, estou vendo os dois - (quase na linha do horizonte vê-se duas manchinhas. Um de camisa vermelha, o outro de camisa branca. Quase dois pontinhos no fim daquela colina) - Ah, é muito ruim não ter mão de obra.

Reinaldo Wolff: Ele falou com a senhora sobre esta entrevista?
Maria de Lurdes: Sim. Vamos esperar (e ela continua as lembranças). A gente veio aqui quando ainda era o Seu Chico. Aí Seu Chico vendeu para um pessoal aí. Eu conheci o da piscina e o outro rapaz que veio aqui. Esse tal de Edinho. Ah, mas depois disso daí venderam para outro pessoal. A Rossi vai estar vindo faze a obra.

Reinaldo Wolff: A senhora sabe quando?
Maria de Lurdes: Eles compraram desde o ano passado. Já vieram. Já mediram tudo milímetro por milímetro. Vieram de Brasília medir tudo isso aqui. Parou 22 dias aqui dentro. Ficaram numa pousada e vieram medir tudo aqui. Pra saber quantas árvores tem. Porque não pode desmatar. Botaram tudo aí no carimbo. Já veio o IBAMA ver esse negocio de nascente. Tem poucas, mas tem. Lá pra baixo, tem.

Reinaldo Wolff: Só pode ser água mineral! Só 3% de água do planeta, é água potável. É impressionante como tem tão pouca água potável e é um planeta de água.
Maria de Lurdes: E o pessoal desmatando fica pior ainda. O que se pode fazer?

Reinaldo Wolff: E a senhora dorme bem aqui?
Maria de Lurdes: Tem muito mosquito. Mas já morei em lugar sem luz. Dá pra viver bem no campo mesmo sem luz. Tião e os irmãos dele tinham um sítio em Silva Jardim. Teve que vender porque os novos não gostam. Se fosse pra deixar os novos cuidar da fazenda, não vai não. Eu já falei - Tião, enquanto nós tiver vida, tudo bem. Assim que você ir, eu não vou ter forças sozinha. Um filho toca forró, foi para Tanguá, Cabo Frio, Maricá. Ele mora aí fora.

Reinaldo Wolff: ‘Aí fora’ quer dizer o que?
Maria de Lurdes: Ali na rua, na saidinha daqui. O outro filho tem mercado em Nova Cidade. Chama Castelo da Economia. Ele tem comércio e é candidato a vereador. Não vai querer parar em fazenda mais. Eles quase não dá mais atenção a gente.

Reinaldo Wolff: Então, para onde a senhora gostaria de ir?
Maria de Lurdes: Eu não pensei ainda.

Reinaldo Wolff: Eu já dei uma idéia. Falei com o seu esposo sobre São Lourenço. Cidade pequena mas com água mineral. Vocês podem alugar os cavalos para turistas. Ainda ganham dinheiro com os animais. Não venda.
Maria de Lurdes: Boa idéia. O que eu sei é que ele não vai acostumar de nós formos pra rua. Pra ele ficar dentro de uma casa na rua, ele não vai acostumar. Só se for numa idéia assim, como o senhor falou. //

A equipe Wolff não se responsabiliza pelas opiniões dos entrevistados. Toda e qualquer afirmação do entrevistado são de sua inteira responsabilidade. //

sábado, 25 de agosto de 2012

O candidato Jorge Carvalho é o nosso entrevistado deste sábado. Veja as respostas dele.






 

AFI: filas enormes nas madrugadas, algumas iniciadas ainda na noite anterior. Ao amanhecer, nem sempre todo esse sacrifício é garantia certa da marcação da consulta médica. Quando a consulta é marcada,a espera pode levar alguns meses. Depois disso, os exames também levam mais outros meses para ser realizados. Nos casos de emergência, nem sempre há médicos para atender. Nas farmácias dos ambulatórios faltam medicamentos básicos. Este é o triste retrato do Sistema único de Saúde (SUS) , em Nova Friburgo. Alguns dos senhores já imaginou passar por isso? Certamente algum conhecido seu enfrenta essa Via Crucis. Caso eleito,o que pretende fazer para dar pelo menos um pouco de dignidade e respeito aquém depende da saúde pública que, além de ser um direito do povo, deveria ser obrigação dos governantes. A idéia de retornar o HRS para a Benemérita Irmandade lhe agrada?




JORGE CARVALHO: Retorno do Hospital Municipal Raul Sertã à benemérita Irmandade não agrada. Precisamos evoluir no atendimento que se faz em Nova Friburgo para a região, e o Estado tem que contribuir com a sua parte. A questão das filas ou da má administração é o que propusemos em nosso programa: nos primeiros meses de governo vamos trabalhar dentro do HMRS, fazer uma auditoria, levantar todo o problema que tem na área, pois o município gasta hoje 60 milhões. A população não é atendida, o servidor ganha mal, então, precisamos saber o que é feito com essa verba.






AFI: Uma prática muito comum na política brasileira hoje é a nomeação de cargos políticos. No caso de Nova Friburgo o Secretariado Municipal na sua maioria é ocupado por amigos e pessoas que trabalharam na campanha. Isso nos últimos anos , prejudicou muito a cidade, notadamente nos setores de esportes, comunicação, saúde e educação, pois os secretários não são do ramo. Qual sua opinião sobre isso?




JORGE CARVALHO: Eu não tenho esse compromisso pois não temos coligações. Somos 10 candidatos (oito vereadores, prefeito e vice). Acho que a população tem que prestar atenção com partidos que têm mais de dez coligações. Então, o que vamos observar é que ganhando a prefeitura essa coligação vai ter que abraçar todo mundo. Vai ser ação entre amigos dentro do município. Estão fazendo um projeto de poder, na verdade não é um projeto de poder, mas um projeto familiar, e isso é nada daquilo que a cidade precisa. Como não temos compromisso com coligações vamos privilegiar os servidores públicos com os cargos de nomeação direta do governo. Vamos pedir da OAB uma sugestão para o procurador, atendendo a uma lista tríplice. A secretária de educação será uma profissional da rede, que conhece a realidade da educação na cidade. Vamos pedir a AFI, também, sua indicação para a secretaria de comunicação, através de uma lista tríplice, assim como no turismo, como já falei com as agremiações, também esperamos deles uma indicação.






AFI: Os atuais responsáveis pela segurança pública do município, dizem que a cidade é calma,no entanto quase que diariamente os assaltos a mão armada estão acontecendo principalmente no centro da cidade. Somente esta semana três casos aconteceram. Após 16h é impossível sentar nos bancos da Praça Getulio Vargas, por causa de assaltos e prostituição. Entendemos que a solução seria colocar grades e fechar a praça no horário noturno. O que o senhor acha da proposta?




JORGE CARVALHO: Você não resolve o problema dificultando o acesso das pessoas à praça. Você vai solucionar o problema, melhorando a iluminação, a participação mais ativa da PM, da guarda municipal e da ordem urbana.






AFI: O transporte público sempre foi uma bandeira dos candidatos, vários movimentos foram feitos. Alguns sempre criticou o monopólio existente na cidade. Caso seja eleito, qual o seu projeto para melhorar este serviço?




JORGE CARVALHO: Transporte coletivo hoje é caro, não é atrativo. Daí a quantidade de motos que temos e o número crescente de acidentes com esse veículo. Nós temos as mesmas ruas de 40 anos atrás, com número maior de veículos. Temos que criar novos pontos de integração para os ônibus, por exemplo. Não faz sentido os ônibus de Maria Tereza, do Alto do Mozer, do Parque das Flores, Santo André, virem ao Centro da cidadã. Eles não precisam. Eles podem ter uma integração com outras linhas do eixo principal que trazem as pessoas ao centro ou Olaria. Não tem necessidade do ônibus do Alto de Olaria entrar no Centro. Ele pode fazer o desembarque num ponto de integração e o ônibus do eixo principal, Olaria – São Jorge, conduzir as pessoas. É uma questão de organização, de mudar essa ação da tarifa única, que, ao meu ver, tem que ser válida em todo o município, a qualquer momento. Isso não incentiva o uso do transporte coletivo.






AFI: A educação friburguense, apesar dos baixos salários, sempre foi motivo de elogios a nível estadual. Um projeto muito falado ultimamente é a qualidade e o período integral. O que o senhor pretende se eleito?A idéia de educação em período integral o agrada?




JORGE CARVALHO: A integração tem que ser feita à medida que vai se expandindo o ensino infantil. As creches deixam as crianças em tempo integral. Quando elas fazem cinco anos, elas tem que ir para uma escola regular. Mas a mãe não para de trabalhar, e não é o fato da criança fazer cinco anos que ela não precise do horário integral. Precisa. Nós temos que fazer a implantação do horário integral gradativamente






AFI: Sabemos que a Avenida Alberto Braune é tombada pelo Patrimônio Histórico, mas várias sugestões já foram encaminhadas. O piso da avenida é horrível. Qual s solução?




JORGE CARVALHO:O passeio público não tem padronização e a falta de manutenção nas marquises. Temos um projeto de reurbanização para as principais artérias de nova Friburgo. Nós sabemos que a responsabilidade do passeio público é do morador, mas a prefeitura pode colaborar. Vamos discutir esse projeto com a comunidade e saber se cada um quer fazer o seu, mas o passeio será padronizado.






AFI: Dizem que o nosso carnaval é o segundo melhor do Estado do Rio. Já foi um dia, hoje não é mais. O empobrecimento das agremiações carnavalescas é real. O que pretende fazer nesse sentido?




JORGE CARVALHO: Já tive uma reunião com as agremiações e já foi verificado que os espaços ociosos que eles têm poderão ser aproveitados, até na questão da escola em tempo integral esses espaços poderão ser ocupado






AFI: Nos últimos governos as secretaria municipais de Esportes e Comunicação, tem sido ocupadas por pessoas que não são do ramo. Amigos dos candidatos ou indicações de vereadores como pagamento de favores. Qual é o seu pensamento sobre este problema?




JORGE CARVALHO: Imprensa é fundamental no regime democrático e a relação com a imprensa tem que ser a melhor possível, desde que ambos os lados se respeitem. Havendo respeito o sistema democrático avança.






AFI: Nova Friburgo não tem vida noturna, com isso a sociedade em geral fica sem opção de lazer à noite. A juventude por outro lado se envolve na bebida, aumentando assim o número de acidentes com motos e carros. Qual sua providência nesse sentido?




JORGE CARVALHO: A questão do lazer depende da visão das comunidades, cada uma com as suas vontades. Vamos trabalhar com as associações de moradores e ver o que é interessante para cada uma e em relação à bebida e acidentes isso é função do Estado e já existem diversas campanhas de prevenção.






AFI: Levando-se em conta que o Friburguense é o representante da cidade no Campeonato Estadual e agora Brasileiro da Série D, qual será sua postura com relação à apoio ao clube?




JORGE CARVALHO: Eu sou do tempo dos grandes jogos de futebol amador, tempo áureo do esporte, do Friburgo, do esperança, do Filó, do Conselheiro Paulino. Nós tínhamos o campeonato da primeira divisão, tínhamos o campeonato da segunda: Santa Luzia, Saudade e tantas outras equipes; prado, flamenguinho. Eram campeonatos muito concorridos. E ainda tinha a terceira divisão, com Roqueano, Páscoa, Cascatinha, Suspiro. Hoje estamos restritos ao friburguense, que é a fusão do Fluminense com o Serrano. A outra fusão que ocorreu - Friburgo e conselheiro - não avançou em relação à execução do futebol. E o esporte amador sobrevive com o Campo do Pastão, com campeonato no Cordoeira , com o campeonato rural. Por outro lado, já tivemos representação de Friburgo no basquete feminino e masculino. Então, precisamos incentivar o esporte de forma geral, não só o Friburguense Atlético Clube, apesar de saber que ele divulga o nome da cidade, levando-o aos mais distantes lugares. Precisamos incentivar o Friburguense sim, sou um homem do esporte, um desportista. Acompanho os jogos do clube e, dificilmente, perco uma partida. Mas não é só isso. Observemos uma questão: não faz sentido um ginásio como o do SESI, o Frederico Sichel, com aquele tamanho, com capacidade para 10 mil pessoas, inativo. Vamos tentar, junto a Confederação Brasileira de Basquetebol, tornar nossa cidade um centro de referência em basquete no Brasil. Assim como Teresópolis tem a concentração brasileira de futebol, que agora vai ser levada para o recreio dos bandeirantes, mas Teresópolis continuará com as categorias de base e feminino. Saquarema é o centro de treinamento do voleibol nacional. Por que não podemos trazer para Friburgo o centro de basquete nacional? Vamos trabalhar esses outros aspectos, principalmente os campeonatos de bairro, as olimpíadas estudantis, pois o esporte é fundamental. Sou homem do esporte e vamos trabalhar pelo esporte.






AFI: Nos últimos anos a quantidade de mendigos espalhados pelos principais pontos da cidade é uma enormidade. Portas de igrejas, coretos, praças, e até mesmo dentro dos bares há pedintes. Nada temos contra mendigos, mas esta camada da sociedade local, vive no abandono total. Como o senhor pretende resolver este problema?




JORGE CARVALHO: A questão da assistência social no município vem há muito tempo relegada a segundo plano. Nós precisamos fazer um trabalho para investigar da onde vêm esses mendigos. Quem é que traz, como chegam, se têm família... Precisamos de um trabalho constante. Aqui no Centro, em Olaria e Conselheiro eles estão presentes. Precisamos saber qual é o caso e como agir: devolver às suas origens, tratar, encontrar suas famílias. Vamos tentar desapropriar o antigo Hospital Santa Terezinha, no Catarcione, para fazer um centro de triagem dessa população de rua.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ROGÉRIO CABRAL FALA DE SEUS PLANOS

Iniciamos hoje uma série de entrevistas com os seis candidatos a Prefeito de Nova Friburgo. Hoje quem responde asperguntas é o candidato Rogério Cabral.

As perguntas foram autorizadas pelo Juiz eleitoral Gustavo Henrique Nascimento Silva.

AFI: Filas enormes nas madrugadas, algumas iniciadas ainda na noite anterior. Ao amanhecer, nem sempre todo esse sacrifício é garantia certa da marcação da consulta médica. Quando a consulta é marcada, a espera pode levar alguns meses. Depois disso, os exames também levam mais outros meses para ser realizados. Nos casos de emergência, nem sempre há médicos para atender. Nas farmácias dos ambulatórios faltam medicamentos básicos. Este é o triste retrato do Sistema único de Saúde (SUS) ,em Nova Friburgo. Alguns dos senhores já imaginou passar por isso? Certamente algum conhecido seu enfrenta essa Via Crucis. Caso eleito,o que pretende fazer para dar pelo menos um pouco de dignidade e respeito aquém depende da saúde pública que, além de ser um direito do povo, deveria ser obrigação dos governantes. A idéia de retornar o HRS para a Benemérita Irmandade lhe agrada?
ROGERIO CABRAL: Acredito que há outras soluções além de retornar o HRS para a Benemérita Irmandade. Inicialmente, precisamos de um secretário de saúde que seja um real gestor de sua área, para selecionar uma equipe competente de profissionais experientes, organizando o funcionamento do Raul Sertã, dos Postos de Saúde e do Programa de Saúde da Família, que hoje mal funcionam.

AFI: Como o Raul Sertã recebe pacientes de onze municípios, há uma superlotação no local e o dinheiro aplicado no hospital se torna insuficiente, fazendo com que o mesmo venha a parecer um grande ambulatório. Essa situação pode ser amenizada com o bom funcionamento dos postos de saúde e do Programa de Saúde da Família.
ROGERIO CABRAL; Além disso, continuando as conversas junto ao governo estadual, temos a chance de trazer um Hospital Regional Estadual para a cidade, desafogando o Raul Sertã. Dessa forma, o HRS voltará a ser nosso, de uso exclusivo da nossa população.

Também pretendo melhorar as condições de trabalho e salariais do pessoal da saúde, evitando que bons profissionais tenham necessidade de ter outros empregos para complementar seu salário, o que resulta em maior produtividade e rapidez no atendimento.

Por fim, tenho lutado desde 2005 pelo Hospital do Câncer, que em breve será uma realidade na cidade.

AFI: Uma prática muito comum na política brasileira hoje é a nomeação de cargos políticos. No caso de Nova Friburgo o Secretariado Municipal na sua maioria é ocupado por amigos e pessoas que trabalharam na campanha.

Isso nos últimos anos , prejudicou muito a cidade, notadamente nos setores de esportes, comunicação, saúde e educação, pois os secretários não são do ramo. Qual sua opinião sobre isso?
ROGERIO CABRAL: Acredito que é necessário nomear pessoas capacitadas para gerir a cidade, ou nada será desenvolvido da maneira correta, visto que é preciso conhecimento e planejamento adequado para que as coisas fluam da melhor maneira possível. Durante o meu governo, vou buscar nomear profissionais capacitados para cada um dos setores, assim como fiz com minha equipe quando ocupei a Secretaria de Agricultura, entre 2001 e 2002.

AFI: Os atuais responsáveis pela segurança pública do município, dizem que a cidade é calma, no entanto quase que diariamente os assaltos a mão armada estão acontecendo principalmente no centro da cidade. Somente esta semana três casos aconteceram. Após 16h é impossível sentar nos bancos da Praça Getulio Vargas, por causa de assaltos e prostituição.
Entendemos que a solução seria colocar grades e fechar a praça no horário noturno. O que o senhor acha da proposta?
ROGERIO CABRAL: Não acredito que essa seja a solução. A Praça Getúlio Vargas é um local público, onde deve ser assegurado o direito de ir e vir de qualquer cidadão. Para conferir mais segurança à população, tenho um projeto de monitoramento por câmeras na cidade, apresentado quando eu ainda era deputado estadual, que já foi aprovado e em breve fará parte da realidade friburguense. Além disso, ao meu lado tenho Grace Arruda, ex-delegada, experiente no quesito segurança, que está me ajudando a criar um novo modelo de segurança pública, integrando a guarda municipal às polícias civil e militar, para reequipar as equipes e promover atuação em horários diferenciados.

AFI: O transporte público sempre foi uma bandeira dos candidatos, vários movimentos foram feitos. Alguns sempre criticou o monopólio existente na cidade. Caso seja eleito, qual o seu projeto para melhorar este serviço?
ROGERIO CABRAL: O transporte público é fundamental para a nossa população. Então temos que oferecer serviço de qualidade, com atendimento pontual, disponibilidade de horários e passagens com preço justo. Dessa forma, vamos analisar o contrato da empresa responsável pela concessão atual, observando sua planilha de gastos e garantindo uma tarifa justa para todos – empresa, funcionários e clientes -, onde devemos ter um serviço de qualidade, com funcionários recebendo bem por seu trabalho. Além disso, pretendemos criar o Fundo de Compensação Tarifária, onde o usuário paga uma parte da tarifa e o governo paga outra, com o objetivo de estabelecer tarifas justas para os usuários do transporte coletivo.

AF:A educação friburguense, apesar dos baixos salários, sempre foi motivo de elogios a nível estadual. Um projeto muito falado ultimamente é a qualidade e o período integral. O que o senhor pretende se eleito? A idéia de educação em período integral o agrada?
ROGÉRIO CABRAL: Sim. Inclusive, se tratando de educação, o ensino em período integral é uma das minhas principais propostas. Nós temos a idéia de unir as creches, com a educação infantil e o ensino fundamental em um só lugar, em prédios próprios da prefeitura. Seriam os Centros de Educação Municipal. Através deles vamos trabalhar, trazendo mais aprendizado de qualidade e vivência social para crianças e jovens, através de diversas atividades culturais e esportivas. E para garantir merenda fresca e de qualidade, os alimentos serão adquiridos aqui, com nossos agricultores e indústrias de alimentos.

Também vamos promover plano de cargos e salários, além de resolver o problema dos concursados de 1999. Queremos profissionais valorizados e bem preparados.

AFI: Sabemos que a Avenida Alberto Braune é tombada pelo Patrimônio Histórico, mas várias sugestões já foram encaminhadas. O piso da avenida é horrível. Qual s solução?
ROGERIO CABRAL: É verdade. Não só a Avenida Alberto Braune, mas diversas outras vias importantes da cidade estão com o piso horrível e precisando de melhorias, sem deixar que se perca o valor histórico contido ali. Por isso vamos trabalhar junto com a Secretaria de Obras para promover a revitalização desse espaço tão importante para nossa cidade, pavimentando e preservando o patrimônio municipal.

AFI:Dizem que o nosso carnaval é o segundo melhor do Estado do Rio. Já foi um dia, hoje não é mais. O empobrecimento das agremiações carnavalescas é real. O que pretende fazer nesse sentido?
ROGÉRIO CABRAL: Vamos transformar Nova Friburgo na Cidade da Família, promovendo atrações turísticas para todas as idades, onde todos os membros da família possam curtir juntos. E isso vai acontecer também no que diz respeito ao carnaval friburguense. Dando o devido incentivo às agremiações, vamos promover um carnaval ainda mais bonito do que antes, atraindo famílias de todos os lugares para conferirem esse espetáculo.

AFI: Nos últimos governos as secretaria municipais de Esportes e Comunicação, tem sido ocupadas por pessoas que não são do ramo. Amigos dos candidatos ou indicações de vereadores como pagamento de favores. Qual é o seu pensamento sobre este problema?
ROGERIO CABRAL: Como disse na questão 2, acredito que é necessário nomear pessoas capacitadas para gerir a cidade para que as coisas fluam da melhor maneira possível. Durante o meu governo, vou buscar nomear profissionais capacitados para cada um dos setores, assim como fiz com minha equipe quando ocupei a Secretaria de Agricultura, entre 2001 e 2002.

AFI: A Associação Friburguense de Imprensa (AFI) vem fazendo um trabalho de resgate da classe, valorização do profissional do jornalismo friburguense. A AFI acaba de conseguir a implantação da delegacia sindical na cidade. No governo Heródoto o então Secretário de comunicação prejudicou sensivelmente a entidade. Posteriormente quando a AFI estava conseguindo uma aproximação, o prefeito Dermeval foi afastado do cargo. O atual Prefeito até agora foi só promessas. Que tipo de relacionamento pretende manter com a AFI e também dom a imprensa em geral.
ROGÉRIO CABRAL: A intenção é manter o melhor relacionamento possível com a AFI e a imprensa em geral, visto que os profissionais de comunicação são os principais responsáveis pela propagação dos interesses e necessidades dos friburguenses. E é para a população e para a cidade que um governo deve trabalhar. Nosso objetivo é RECRIAR Nova Friburgo e, em parceria com a imprensa, estaremos lado a lado com o povo na hora de RESOLVER as questões da cidade.

AFI: Nova Friburgo não tem vida noturna, com isso a sociedade em geral fica sem opção de lazer à noite. A juventude por outro lado se envolve na bebida, aumentando assim o número de acidentes com motos e carros. Qual sua providência nesse sentido?
ROGERIO CABRAL: Como dito anteriormente, temos o projeto da Cidade da Família, onde Nova Friburgo vai oferecer opções culturais, de lazer e cultura para todas as faixas etárias, incluindo durante a noite. Dessa forma, todos poderão se divertir de forma saudável e consciente.

AFI: Levando-se em conta que o Friburguense é o representante da cidade no Campeonato Estadual e agora Brasileiro da Série D, qual será sua postura com relação à apoio ao clube?
ROGÉRIO CABRAL: Tenho consciência da importância do Friburguense para nossa cidade, visto que é através dele que são formados muitos atletas de Nova Friburgo, desde pequenos. Por isso é necessário que o time tenha uma estrutura adequada desde as categorias de base. Todo nosso apoio ao Friburguense e também a outras agremiações e outras modalidades esportivas. Esporte é essencial numa sociedade

AF: Nos últimos anos a quantidade de mendigos espalhados pelos principais pontos da cidade é uma enormidade. Portas de igrejas, coretos, praças, e até mesmo dentro dos bares há pedintes. Nada temos contra mendigos, mas esta camada da sociedade local, vive no abandono total. Como o senhor pretende resolver este problema?
ROGERIO CABRAL: Temos o projeto da Casa de Passagem, onde a população de rua receberá estímulos para se reerguer socialmente através de programas específicos. Através dela, todas essas pessoas terão oportunidades de construir uma vida nova, saindo das ruas e do abandono.

AFI SE REUNE COM CANDIDATOS

Nesta sexta-feira, 24, a Associação Friburguense de Imprensa começa divulgar entrevistas com os seis candidatois a prefeito de Nova Friburgo.
 
Autorizado pelo Juiz Eleitoral, Gustavo Henrique as perguntas foram todas autorizadas e a publicação seguirá a seguinte ordem:
24 de agosto: Rogério Cabral
25 de agosto: Saudade Braga
26 de agosto: Marconi Medeiros
27 de agosto: Jairo Wermelinger
28 de agosto: Edil Nunes
29 de agosto: Jorge de Carvalho
 
REUNIÃO
Nesta sexta-feira, 24, a diretoria da AFI se reune com os seis candidatos a prefeito da cidade. Todos foram convidados e a AFI publicará quem não comparecer.
 
 

O Padre

 
 
No dia dos pais, falou-se na TV que a figura de pai estava menos valorizada. Num país católico, fala-se mais de Maria, argumentaram. Nosso super-herói de hoje, surpreende. Encontramos uma pessoa culta, professor de faculdade, profundo estudioso de religião e que nos revelou suas meditações. Encontramos no Padre, um guia espiritual da força da fé que orienta a sua paróquia com o mesmo amor de um pai que orienta seus filhos. Então não está faltando figura de pai nos dias de hoje. Nem com toda essa modernidade de relacionamentos. Há ainda na Igreja um esteio e um suporte emocional. Leia aqui:
 
O PADRE
 
REINALDO WOLFF: Como surge uma vocação? Ser padre é vocação ou missão? A família teve influência na sua decisão? Opção ou obrigação?

Ele disse que tem um tio que é padre e que a família jamais o forçou. Mas ele, no confessionário, quando tinha 14 anos sentiu dizendo-se ao Padre - que ele queria ser padre. E que ali ele já estava pronto espiritualmente para ser um padre. Se é vocação? Ele disse: “As duas coisas andam juntos. Porque ninguém força a nada. Quando aquilo vem do interior da própria pessoa. Há um aspecto missionário na igreja. E há o aspecto também que a pessoa deve fazer aquilo que sente que é a vocação. Ele explicou o que é irmão de fé. E eu disse a ele: olha Padre, se me permite lhe dizer - irmão, na verdade, inclui idéia de solidariedade. E é isso que está faltando nos dias de hoje. As pessoas precisam ser solidárias. Deixar o egoísmo de lado. E fazer algo para o bem de todos. E no final eu ainda disse pra ele, como sugestão: o que está faltando fazer agora é o que a Igreja dos Mórmons fez. Porque tem muitas pessoas humildes que não encontram a origem deles. As pessoas de origem nobre sabem onde encontrar as origens porque tem registro. Mas as pessoas humildes, às vezes, não tem nem documento de nascimento. O único local que tinha a função cartorária é Igreja Católica. Então, na minha opinião, o que a Igreja Católica tem que fazer agora é semelhante ao que já foi feito na Igreja dos Mórmons fez referente a registros de famílias. É isso que vai, na minha opinião, reativar os laços de famílias. É exatamente por onde a Igreja vai assumir a liderança como igreja. É a partir dos entrelaces de grau de parentesco, é que voltam as pessoas à igreja.
 

Ele revelou que a principal preocupação dele é como direcionar o jovem para o conceito da religião. Ele disse que Deus é mais do que só razão. É emoção também (mas controle sobre ela também). Porque o ser humano, ao encontrar Deus, há o equilíbrio de suas emoções. Ele ainda explicou que é necessário ter um sentido coeso de vida. E isso precisa ter através da religião. O que falta para a maioria das pessoas é o conceito de religião. E é isso que ele se preocupa muito. E quanto às Igrejas Evangélicas, ele vê essa “teoria da prosperidade”, foge do aspecto que Cristo ensinou.
Cristo ensinou que entre outros aspectos, vem a prosperidade, mas não é o foco principal. A prosperidade é uma situação advinda de um bem estar recebido pela fé.
 

Quando eu cheguei ele estava no computador. Aí eu disse, desculpe, eu não marquei horário. Ele disse fique então. Eu disse, esteja à vontade, eu espero no carro. Ele terminou a tarefa que estava fazendo no computador e veio no carro nos chamar. Ele falou trechos bíblicos, tanta coisa bonita! Falou da missão de Deus e sobre Ele na Terra. Fez um trabalho todo elaborado para responder. No final eu perguntei, o senhor gostou da entrevista? Ele: gostei muito! Eu me senti valorizado como ser humano. A gente sente que é interessante a reportagem. Ele ainda disse: Que perguntas difíceis me fez! É uma sabatina? Reinaldo diz: São apenas perguntas que têm a ver com o que o senhor faz. Ele pensou bem cada uma delas. Respondeu todas. Disse que é professor universitário da PUC e no final sentiu-se gratificado com a entrevista e indicou outro padre para ser entrevistado.
Aguarde a íntegra desta entrevista: Os mistérios da Religião. // Equipe Wolff.
 
 
(foto da igreja)