quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Entrevista do médico cirurgião plástico Luzimagno Heringer ao jornalista Reinaldo wolff


Leia este impressionante depoimento. O pioneirismo numa especialidade sem competidores em Itaboraí. O sucesso de uma carreira em cirurgia reparadora e de estética. E um lema: “A humanização da profissão”. Uma placa imensa na estrada principal indica a Clínica. Este é o perfil de Luzimagno Heringer, cirurgião plástico, um dos mais renomados médicos de toda a região de Niterói, Itaboraí e Região dos Lagos. Ele concedeu entrevista ao jornalista Reinaldo Wolf, responsável pelo projeto Você é Importante para a AFI. Veja a entrevista

Reinaldo Wolff: O que significou “o começo de tudo” em sua carreira?
Luzimagno Heringer: O começo como qualquer carreira, é um pouco difícil. Você tem os seus sonhos. Você vê - você quer ajudar as pessoas. Você tem na cirurgia plástica, a cirurgia que é mais do lado reparador, e a cirurgia mais para o lado estética. No início eu fazia muito a parte reparadora. E ficava esperando os pacientes de cirurgia estética. Porque você tem que ter primeiro um nome. E continuava operando. Mas a gente, quando tem um objetivo na vida, não perde a esperança. Vai em frente.

Reinaldo Wolff: Quando criança você já imaginava que seria um médico?
Luzimagno Heringer: Já. Eu sempre tive esse desejo. Aliás, eu sempre tive dois desejos. Se eu não fosse médico, (como médico, eu queria ser cirurgião, cirurgia plástica ou cirurgia geral). Eu gosto da cirurgia. E a outra coisa talvez seria engenharia florestal. Eu gosto muito da natureza. Seria uma dessas duas coisas.

Reinaldo Wolff: Quem mais influenciou em sua vontade de estudar ou ter gosto pelos estudos?
Luzimagno Heringer: Eu acho que é uma coisa própria. Nunca recebi influência. Nunca me espelhei em alguém. É uma determinação desde criança. Eu nunca tive ninguém me influenciando.

Reinaldo Wolff: O que foi o mais difícil nos tempos de início de carreira?
Luzimagno Heringer: Eu acho que é como eu falei - você tem que trabalhar. E você precisar de dinheiro, você já se despregou dos seus pais, e você no início não tem uma clientela. Você tem que dar plantão. E aos pouquinhos você vai se especializando.


Reinaldo Wolff: Quais as perspectivas de futuro?
Luzimagno Heringer: Acho que são muito boas, a não ser que haja uma crise no país. Porque a crise foi de Europa/Estados Unidos. Uma crise européia. Que se não se arrastar por aqui... De qualquer forma, que não atinja o Brasil, a gente tem - A cirurgia plástica tem crescido muito no Brasil. E o que a gente faz, procura fazer o melhor. A gente não tem medo de crise. Mas se for vir uma crise para o país, uma crise é para todos.

Reinaldo Wolff: Acredita na evolução das pessoas ao melhorar o visual?
Luzimagno Heringer: Com certeza.

Reinaldo Wolff: Que aspecto acha que melhora na vida de cada pessoa?
Luzimagno Heringer: A gente tem paciente aqui que chega deprimido. Eu tive várias pacientes - e que as vezes você fica até com medo de operar - porque você pode até piorar aquela depressão, se não tiver um resultado satisfatório. Então a gente vê que quando você melhora essa parte... E às vezes nem é uma cirurgia estética, é um tumor, alguma coisa que esteja atrapalhando psicologicamente aquela pessoa. A mudança é em todos os aspectos. E psicologicamente no trabalho, ela passa a ter estímulo para trabalhar. Passa a ver a vida com outros olhos, melhora a auto-estima.

Reinaldo Wolff: É a renovação da imagem. Com a certeza de que seus clientes concordarão.
Luzimagno Heringer: Uhum.



Reinaldo Wolff: Qual a maior dificuldade para a classe médica?
Luzimagno Heringer: Talvez de um modo geral, hoje a dificuldade grande seria você ter uma excelência no serviço público. Eu sou funcionário público, e a gente quer fazer uma coisa melhor e não consegue. Não tem material. E para a classe médica em geral, a dificuldade em resolver, talvez seja, os planos de saúde. Dificulta muito. Você tem que trabalhar de uma maneira mais digna. Pela remuneração baixa, com plano de saúde, precisa atender muitas pessoas para completar.


Reinaldo Wolff: O que precisa melhorar na área de enfermagem?
Luzimagno Heringer: Eu acho que também na área de enfermagem, como na área médica - é a parte de humanização. Acho que o pessoal está muito frio. Tanto o médico como a enfermeira ficou muito robotizado. Tá faltando um pouquinho de calor humano nessa parte.


Reinaldo Wolff: De que forma isso pode ser feito para melhorar?
Luzimagno Heringer: Isso teria que vir já na faculdade. Teria que começar lá atrás, na faculdade. Se não, não adianta. Você tem bons profissionais. As universidades, as faculdades deveriam ter cursos formativos para este lado humano. Mostrar que a medicina, de um modo geral, ela tem que ter o seu lado humanístico, esse lado de atender bem independente se pagou ou se não pagou. Tem alguma matéria na faculdade, que aborda um pouco. Mas ainda é fraco, não dá muita importância.


Reinaldo Wolff: Como enfrentar com galhardia as dificuldades da questão hospitalar?
Luzimagno Heringer: É, você procura sempre fazer... Aí no meu caso, por exemplo, é a gente nunca se acovardar. Procurar fazer com o que tem. “Ah, não tenho o soro ‘tal’, vou suspender a cirurgia”. E assim não procura dar um atendimento com o que tem? Pelo menos, o mínimo possível tem que improvisar, mas procurar fazer. Desde que este ato de improvisar não prejudique o paciente.

Reinaldo Wolff: O que lhe fez escolher Itaboraí?
Luzimagno Heringer: Eu já morava aqui. De um modo geral, as pessoas procuram os grandes centros, porém eu prefiro ficar por aqui. Eu agora estou aqui e em Niterói. Eu tenho um consultório próprio em Niterói.

Reinaldo Wolff: Como administrar uma carreira em duas cidades?
Luzimagno Heringer: É difícil. Por exemplo, Macaé era muito longe. Você acaba não dando a atenção devida. Você opera uma pessoa e fica muito longe. Tem que estar próximo do seu paciente. E hoje, 80% do meu atendimento é Itaboraí. Mas como em Niterói é muito próximo, lá só atendo uma vez por semana, não quero nem expandir muito por enquanto.

Reinaldo Wolff: Tem alguma nova técnica dentro de sua especialidade?
Luzimagno Heringer: Eu estava num congresso essa semana e o que está aparecendo como novidade, a gente está estudando. Está ainda em estudo, mas é novidade até na medicina de um modo geral. São as células-tronco.

Reinaldo Wolff: Muito interessante. Quem representa ser o seu maior apoio?
Luzimagno Heringer: É a minha família.


Reinaldo Wolff: É, muito importante a família. É um auto-sacrifício ser médico?
Luzimagno Heringer: É.

Reinaldo Wolff: Ou cirurgia plástica é outra questão?
Luzimagno Heringer: Não. É medicina como outra qualquer. Muito cirurgião plástico não conhece nem - só quer fazer esta parte estética, coisa embelezadora. A cirurgia plástica talvez seja a parte da medicina mais ampla. Porque você meche da cabeça aos pés. Começa com cabelo. Mexe com nariz, olho, pernas... A atuação da cirurgia plástica é maior área de atuação que tem na medicina. Mas muitos não querem mais mexer - é lógico, querem deixar essas coisas para o especialista. Tem muito cirurgião que só faz um tipo de cirurgia.

Reinaldo Wolff: Qual a sua melhor característica dentro de sua vocação?
Luzimagno Heringer: É procurar fazer um pouquinho bem de tudo. Não tem uma preferência. A gente procura fazer tudo. O feijão com arroz, a gente procura fazer o melhor de tudo. A gente procura não inventar.


Reinaldo Wolff: Costuma escrever artigos técnicos? Gosta de ensinar?
Luzimagno Heringer: Às vezes. Publico em congressos. Não com muita freqüência.


Reinaldo Wolff: O que considera código de estética dos tempos atuais?
Luzimagno Heringer: Hoje o Conselho Federal de Medicina estabeleceu um código até de ética para a parte estética, por exemplo, a propaganda enganosa. O Conselho, embora não seja obrigatório, tenta que a cirurgia plástica seja feita pelo cirurgião plástico. Porque tem muito médico que não é cirurgião plástico e fica botando nome em revista, jornal e não sei o que mais.


Reinaldo Wolff: O que é de importância vital para o sucesso?
Luzimagno Heringer: A coisa mais importante é se manter atualizado. Sempre ir a congresso. Às vezes a gente vai ao congresso e acha que não acrescentou nada. Porque? Você já está atualizado. “Bom, não estou nada diferente do que quem veio aqui apresentar e está fazendo. Então eu estou no topo”. E procurar ser humilde, ser honesto com as pessoas. Ser honesto com seu cliente. Não oferecer um resultado que você não possa depois realizar. Tem que ser humilde.


Reinaldo Wolff: Alguma palavra sobre o seu perfil, como foi a escalada de sua vida até aqui?
Luzimagno Heringer: Tem que se dedicar. Para começar, fazer medicina não é fácil. Tem que estudar muito. Aqui como era uma cidade pequena, não tinha uma escola. Não tinha bons professores de física, matemática... No terceiro ano científico não tinha as facilidades, os macetes. Aí fui fazer um curso pré-vestibular em Niterói. O segredo do estudo é, você primeiro botar na sua cabeça, “eu quero isto!”. Aí você tem que se dedicar. Estudo é você controlar os seus horários. Todo dia, tal hora para o estudo. No final de semana você vai poder sair. Não precisa deixar de ir na sua festinha. Mas no horário de estudo, é estudo. Então eu estudava todo dia de manhã em casa. De tarde, eu ia pro curso. E assim foi na faculdade. Eu não deixei nunca de estudar. Na faculdade é muito pesado. Tem que estudar muito. Mas não exagerar em excesso de pesquisa, porque se não a vida passa, é ter o sentido de estudar, mas ser objetivo. Se tem um sonho, colocar-se frente à frente com seu sonho e buscar. Não desistir no primeiro tropeço. A dedicação é fundamental em qualquer carreira. //

2 comentários:

  1. sou de mage tenho muita vontade de fazer uma abnoplastia tenho uma cicatriz na barriga e uma ernia umbilical e que colocar silicone nos peito mas gostaria que fizesse um bom preço e parcelado tenho ótima recomendação a seu trabalho me chamo rosa meu tel 985645198 poderia me ajuda a realizar esse sonho

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  2. Bom dia sou norma tive ai em sua clinica,mas ñ tive a oportunidade de conhece-lo tenho que fazer uma diminuição do seios que pesa uma muito e tenho sérios problemas na coluna queria eque estão me prejudicando muito,tem como me ajudar.meu tel e (021) 2736-1437 ou 98838-7156.

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