sábado, 8 de dezembro de 2012

O Dom da Palavra


DR. ANTÔNIO JOSÉ BARBOSA DA SILVA

Ele se sente tricampeão.  Nunca ninguém foi eleito assim. Espaçado, pode alguém ter sido eleito. Mas três vezes consecutivas é a primeira vez. Entrou para os anais da história da OAB de Niterói e do Brasil. Nunca ninguém foi três vezes presidente e cada vez com maior número de votos! O jornalismo e a advocacia, ambos tem que ter o dom da palavra e da transmissão da verdade na comunicação. E ele aconselha ao que inicia a busca por uma profissão: “Procura como profissão somente o que você gosta. Não procura só pelo dinheiro... Procura uma profissão que te valorize. Se você escolher Direito - estude bastante e se aplique, porque não é fácil. Se você gostar de Jornalismo, faça! Faça isso - porque é o que você gosta!”.

Estamos conversando com o recém-reeleito Presidente da OAB - Niterói, que nos recebe com toda amizade e cordialidade, em sua bela sala recém reformada:


Projeto VOCÊ É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS © Equipe Wolff

Dr. Antônio José: Como está Friburgo? Está fresquinho?

Reinaldo Wolff: Friburgo é sempre uma maravilha, não é? A gente sempre gosta.

Dr. Antônio José: E aqui está 40 graus. A minha família é de Madalena. Desde que a minha tia morreu, nunca mais fui lá. Mas a gente tem uma empatia enorme, né? Mas não vou lá porque não tenho intimidade com meus primos. O que eu me dou é meu primo-irmão. Os outros é tudo espalhado. Mas a minha mulher é Lengruber. Mas cada um está pra um lado. Inclusive, o gado Nelore, quem trouxe para o Brasil foi o bisavô da minha mulher, lá de Santo Antônio de Pádua.

Reinaldo Wolff: Como vê a OAB hoje?

Dr. Antônio José: A OAB hoje está completamente modernizada. Está dentro de tudo que pode se falar de tecnologia, tudo de mais moderno aí. As salas todas estão com Internet, banda-larga, tudo que se pode imaginar. Escritório compartilhado. Hoje tem dez gabinetes para o advogado conseguir montar o escritório dele, atende aqui, tem toda a estrutura montada. E também ajuda quem não é dessa era. O papel cristal, né, aqui tem tudo que você possa imaginar. O prédio todo reformado, o elevador foi trocado. Mantivemos aqui a CAARJ, que é para o advogado que tem plano de saúde. Fizemos a PAC Social, a ação comunitária que leva um pouco de conhecimento às comunidades carentes. Tem a sala da OAB Mulher, que é o espaço para a mulher que sofre violência em casa. Temos o Banco do Brasil, o Bradesco, pra atender os advogados...


Reinaldo Wolff: O senhor me permite uma opinião? Acho que deveria ter um atendimento para os estudantes de Direito. Porque há casos em que a faculdade complica em demasia a situação do aluno. Então o aluno deveria ter o local que ele pudesse ser ouvido. Para que ele pudesse ser recepcionado no futuro pela OAB.

Dr. Antônio José: Bom, eu acho que o problema todo hoje é que o estudante vai para a faculdade, e se dirige para concurso público. Então ele não quer ser advogado, entendeu? Então as faculdades hoje estão dando problemas. Então ele se dirige para concurso. Por exemplo, o raciocínio para resolver problemas... Ele sai da faculdade, pega o exame da Ordem, que são problemas para dar decisões. Aí complica um pouco a vida do advogado, do bacharel. Você vê - o exame da Ordem é tudo interpretativo, você tem que dar uma opinião, fazer uma sentença. Então pega a maioria dos advogados assim sem base. Estudam para concurso. Isso é até natural, pois concurso na área da justiça paga 20 mil, mas dá a estabilidade.


Reinaldo Wolff: Mas as faculdades não andam com as rédeas soltas em demasia? Não é necessário fazer um controle melhor do que está sendo feito?

Dr. Antônio José: Não, porque eu acho que ela está seguindo assim porque é o que os alunos querem. O aluno quer se preparar para concurso. O que se forma é muito pouca gente. É uma minoria, não é nem 5% que vai para advocacia. Os que estão ali, qualquer brecha correm para concurso. Eu tinha aqui várias pessoas. Começaram a trabalhar e logo fizeram concurso e foram embora para juiz, para funcionário federal - e não quiseram seguir advocacia. Se não têm vocação, se não gostam daquilo, preferem ficar na cozinha, dá parecer, opinar. O dia a dia do advogado é desgastante. Você sabe, tem que ter vocação. Ter vontade mesmo. E lutar por aquilo. A maioria das pessoas - tá difícil. Então você vê - o cidadão faz concurso para seguir carreira - vai ganhar 20 mil bruto! Um concurso do IPESI vai ganhar 4, 5 mil. Então para seguir advocacia é difícil. A turma toda quer concurso. Aí que é o problema de faculdade. Porque sabe que ao fazer exame de Ordem é obrigado a raciocinar. É uma minoria.


Reinaldo Wolff: É, realmente. Seguir um ideal requer um grande esforço, não é? Então, quais realizações significativas na administração do ano que entra?

Dr. Antônio José: Ah, nós já começamos este ano. Inauguramos uma sala espaçosa, um fraldário. Tem muita advogada que vai lá mudar a fralda da criança.


Reinaldo Wolff: Grande idéia esta do fraldário.

Dr. Antônio José: O ano que vem, nós vamos fazer aqui neste prédio a parte de recreação. Você que é advogado deixa seu filho aqui, ele fica brincando aqui, com uma pessoa tomando conta. Vamos fazer levantamento de viabilidade para montar uma creche aqui. Mas para isso tem que ter criança. Então vamos ver se comporta, para ser viável tem que ter aluno, senão, não adianta.


Reinaldo Wolff: Como o senhor se sente renovando mais um período de sua gestão?

Dr. Antônio José: Foi consagrador. É um marco histórico na OAB de Niterói. Nunca, ninguém conseguiu até hoje o “tri”. Mas é tri consecutivo! Não é tri espaçado. Foram três mandatos consecutivos. E cada vez com votação maior. Acho que os advogados estão aprovando minha administração na OAB.


LEIA A PARTIR DE SEGUNDA FEIRA A ÍNTEGRA DESTA ENTREVISTA!

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