sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Equipe Wolff apresenta: Escritor americano Tom Clancy


O escritor americano Tom Clancy diz: Qual é a diferença entre ficção e realidade? Ficção tem que fazer sentido, tem que ter um sentido lógico.

Os mais famosos agentes literários americanos dão conselhos a escritores novos. São eles: Jeff Kleinm, Jennifer DeChiara, Donald Maass e Chip MacGregor.
Todos eles concordam que o que faz ler um livro, virar as páginas sem vontade de largar o livro de tão bom que é:
1) É como resolver o conflito, a solução de algo altamente dramático.
2) Os personagens memoráveis.
3) Repercutir uma resposta, de efeito emocional prolongado, no leitor.
4) O conteúdo grandioso.

É quando a gente pergunta ao ler uma página, E aí?.
O que nos faz grudar na estória e não soltar o livro?
DeChiara diz: O livro que nos deixa ligado na estória, às vezes é pelo talentoso modo de pôr as palavras na página. E vozes únicas, bonitas.
Outras vezes o talento é de relatar grandes enredos.
Resumindo, são esses dois elementos, a trama da estória, e as vozes dos personagens memoráveis. Os dois mais importantes aspectos de uma grande novela.



Entrevista de um jovem, adolescente de 15 anos, virtuose no piano.
Perguntei: O que é o ideal para o artista?
Ele diz: Beleza. Este é o ideal. Do ser humano, perfeito, de tudo perfeito.

Como começar um estudo de um instrumento e chegar à perfeição?
Ele diz: Trabalhando arduamente pesquisando sempre, estudando até a exaustão.

O que foi sua primeira vontade de ser artista? Pode lembrar?
Nunca pensei ser artista. Só pensei em tocar bem.

O que você observa numa interpretação?
Personalidade. Caráter. Se o intérprete é medíocre ou não.

Já existe um algo mais, mesmo num estudante de música? Ou é adquirido depois da técnica aprendida? Por exemplo, o ritmo?
A única coisa que vale é a força de vontade - o resto não quer dizer nada. Força de vontade é suficiente.

Na arte, o que você quer?
A perfeição. Trazer a beleza para todas as pessoas que me ouvem. A beleza no sentido da perfeição.



Fiz esta mesma entrevista para o professor dele, na faculdade.

Equipe Wolff entrevista Élder de Araújo
Natural de Poços de Caldas, MG, professor de Artes em São Paulo numa certa época. 

Reinaldo Wolff: O que é o artista completo?
Élder de Araujo: É a pessoa que vive totalmente para o trabalho artístico. Toda a energia mental da pessoa inserida naquele estudo. Naquela manifestação artística. Tendo conhecimento da tradição artística do passado, consegue realizar a sua própria forma artística no presente. Legando à posteridade um trabalho permanente. Existem muitos estudos sobre a condição do artista em diferentes tipos de sociedade. Existem sociedades que não separam quando é artista e quando não é. Exemplo: Egberto Gismonte, artista consagrado, esteve no Xingú. O artista tocava flauta e não era diferente de qualquer outro. Na sociedade que a gente vive hoje esta é uma profissão da arte, o artista produz, realiza um fazer artístico. Um tipo de negócio. Vende e negocia e põe sua arte na praça. Há necessidade de vender. Tendo em vista que essa sociedade compra, o que consegue entender. Principalmente o que pode consumir rapidamente. Se pensar na arte da música, existe uma música para consumo que vende para vários tipos de arte, para vários tipos de pessoas que consomem.
Estética é a arte inserida em tudo o que o homem faz.
O artista completo é antes de mais nada uma pessoa completa. Um indivíduo completo. Sentido oculto. É aquele que conhece o segredo das pessoas. Da mudança das pessoas. Que seria capaz de modificar as pessoas através de sua arte.

Reinaldo Wolff: O que é o ideal para o artista?
Élder de Araujo: O ideal é estar sempre num certo estado artístico, é condição artística. Que só depende dele estar nesta condição. Dele e de mais ninguém. Ex: Leonardo Da Vinci, considerado o mais completo artista do Ocidente. Atuou em todas as áreas do conhecimento artístico e esotérico. Considero ele um artista completo. Naquele tempo existia o tipo de artista que não se dedicava a uma só área. No Oriente a preparação ideal de um artista é fazer ele deter várias áreas simultâneas. Na Alemanha, século 18, Wagner tentou, através de suas obras, ser um artista completo. Creio que esta arte total existe ainda hoje. É quando atinge multidões. Este é o ideal da maioria dos artistas. Para mim, em primeiro lugar, é ser autêntico. E isto é interior e exterior. As duas coisas.

Reinaldo Wolff: O que foi sua primeira vontade de ser artista?
Élder de Araujo: Na minha família, eu sou o primeiro. Encontrei na família, descrédito. Por parte de mãe, tem índole artística. Tio pintor conhecido: Sílvio Perigatto, em Brasília. Por parte de pai, ele esperava que tivesse uma profissão mais rentável, tipo computação. Aos sete anos eu comecei. Tocava flauta e violão. Nunca fui um menino prodígio. Mas sempre tive uma habilidade natural: fazer com as mãos. Sou de Peixes. Tenho Marte em Gêmeos no meio do céu. Tocar. Pegar. No artesanato da arte. Quando vi o piano é que resolvi ser pianista. Aos 11 anos o pai comprou o piano para o irmão. Hoje ele é mestre em computação. Meu pai queria que eu tocasse harmônica. Partiu de mim vender a harmônica para ter aulas de piano.

Reinaldo Wolff: Na arte, o que você quer?
Élder de Araujo: Daqui a alguns anos, sair do mercado de trabalho para fazer melodias e ter minhas próprias idéias musicais. Já tenho pequenos motivos, células, coisas mínimas. Porque falta tempo para compor. Hoje o tempo principal é interpretar obra de outros músicos. Hoje na minha vida, só o que eu vejo é trabalho. O fazer artístico é árido. Em astrologia se chama Saturno. Fiz meu mapa astral. Tenho um amigo parceiro musical, eu atuo como arranjador e ele é cantor lírico. Estamos fazendo um trabalho musical esotérico. Mantras. Mas eu gosto muito de improvisar e conhecer todos os estilos. É uma espécie de busca sem fim.

Nesse momento, a escritora Ana Maria Wolff diz a ele: O que você tem é uma inquietação de busca. A evolução se faz por sucessivas tentativas para encontrar qual é a linha de sua definição interior. Quando você serena as ansiedades, serena o campo mental, tudo se torna como um lago sereno. Quando você consegue ver melhor suas imagens, de repente você vê Deus dentro de si. Você é um artista em ritmo de busca.
Ele diz: É. Eu ainda não encontrei o objetivo de ter entrado para arte. Só me dediquei ao fazer bem feito. Estudei jazz, blues. Fiquei eclético.

Ana Maria Wolff diz: Você está em busca de seus caminhos. A inquietação de sua alma em busca de sua resposta. Querendo saber: “o porque?”. “O que eu faço para que agrade melhor ao público? O que eu faço para ser mais perfeito e ache maiores afinidades?”. É como a criança ao espernear para treinar os músculos, para os futuros passos que vai dar. A inquietação é a busca da perfeição.

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