O escritor americano Tom Clancy diz: “Qual é a diferença
entre ficção e realidade? Ficção tem que fazer sentido, tem que ter um sentido
lógico”.
Os mais famosos agentes literários americanos dão conselhos a escritores
novos. São eles: Jeff Kleinm, Jennifer DeChiara, Donald Maass e Chip MacGregor.
Todos eles concordam que o que faz ler um livro, virar as páginas sem
vontade de largar o livro de tão bom que é:
1) É como resolver o conflito, a solução de algo altamente dramático.
2) Os personagens memoráveis.
3) Repercutir uma resposta, de efeito emocional prolongado, no leitor.
4) O conteúdo grandioso.
É quando a gente pergunta ao ler uma página, “E aí?”.
O que nos faz grudar na estória e não soltar o livro?
DeChiara diz: O livro que nos deixa ligado na estória, às vezes é pelo
talentoso modo de pôr as palavras na página. E vozes únicas, bonitas.
Outras vezes o talento é de relatar grandes enredos.
Resumindo, são esses dois elementos, a trama da estória, e as vozes dos personagens
memoráveis. Os dois mais importantes aspectos de uma grande novela.
Entrevista de um jovem, adolescente de 15 anos, virtuose no piano.
Perguntei: O que é o ideal para o artista?
Ele diz: Beleza. Este é o ideal. Do ser humano, perfeito, de tudo
perfeito.
Como começar um estudo de um instrumento e chegar à perfeição?
Ele diz: Trabalhando arduamente pesquisando sempre, estudando até a
exaustão.
O que foi sua primeira vontade de ser artista? Pode lembrar?
Nunca pensei ser artista. Só pensei em tocar bem.
O que você observa numa interpretação?
Personalidade. Caráter. Se o intérprete é medíocre ou não.
Já existe um algo mais, mesmo num estudante de música? Ou é
adquirido depois da técnica aprendida? Por exemplo, o ritmo?
A única coisa que vale é a força de vontade - o resto não quer dizer
nada. Força de vontade é suficiente.
Na arte, o que você quer?
A perfeição. Trazer a beleza para todas as pessoas que me ouvem. A
beleza no sentido da perfeição.
Fiz esta mesma entrevista para o professor dele, na faculdade.
Equipe Wolff entrevista Élder de Araújo
Natural de Poços de Caldas, MG, professor de Artes em São Paulo numa certa época.
Reinaldo Wolff: O que é o artista completo?
Élder de Araujo: É a pessoa que vive totalmente para o trabalho artístico. Toda a energia mental da pessoa inserida naquele estudo. Naquela manifestação artística. Tendo conhecimento da tradição artística do passado, consegue realizar a sua própria forma artística no presente. Legando à posteridade um trabalho permanente. Existem muitos estudos sobre a condição do artista em diferentes tipos de sociedade. Existem sociedades que não separam quando é artista e quando não é. Exemplo: Egberto Gismonte, artista consagrado, esteve no Xingú. O artista tocava flauta e não era diferente de qualquer outro. Na sociedade que a gente vive hoje esta é uma profissão da arte, o artista produz, realiza um fazer artístico. Um tipo de negócio. Vende e negocia e põe sua arte na praça. Há necessidade de vender. Tendo em vista que essa sociedade compra, o que consegue entender. Principalmente o que pode consumir rapidamente. Se pensar na arte da música, existe uma música para consumo que vende para vários tipos de arte, para vários tipos de pessoas que consomem.
Reinaldo Wolff: O que é o artista completo?
Élder de Araujo: É a pessoa que vive totalmente para o trabalho artístico. Toda a energia mental da pessoa inserida naquele estudo. Naquela manifestação artística. Tendo conhecimento da tradição artística do passado, consegue realizar a sua própria forma artística no presente. Legando à posteridade um trabalho permanente. Existem muitos estudos sobre a condição do artista em diferentes tipos de sociedade. Existem sociedades que não separam quando é artista e quando não é. Exemplo: Egberto Gismonte, artista consagrado, esteve no Xingú. O artista tocava flauta e não era diferente de qualquer outro. Na sociedade que a gente vive hoje esta é uma profissão da arte, o artista produz, realiza um fazer artístico. Um tipo de negócio. Vende e negocia e põe sua arte na praça. Há necessidade de vender. Tendo em vista que essa sociedade compra, o que consegue entender. Principalmente o que pode consumir rapidamente. Se pensar na arte da música, existe uma música para consumo que vende para vários tipos de arte, para vários tipos de pessoas que consomem.
Estética é a arte inserida em tudo o que o homem faz.
O artista completo é antes de mais nada uma pessoa completa. Um indivíduo
completo. Sentido oculto. É aquele que conhece o segredo das pessoas. Da mudança
das pessoas. Que seria capaz de modificar as pessoas através de sua arte.
Reinaldo Wolff: O que é o ideal para o artista?
Élder de Araujo: O ideal é estar sempre num certo estado artístico, é condição artística.
Que só depende dele estar nesta condição. Dele e de mais ninguém. Ex: Leonardo
Da Vinci, considerado o mais completo artista do Ocidente. Atuou em todas as áreas
do conhecimento artístico e esotérico. Considero ele um artista completo.
Naquele tempo existia o tipo de artista que não se dedicava a uma só área. No
Oriente a preparação ideal de um artista é fazer ele deter várias áreas simultâneas.
Na Alemanha, século 18, Wagner tentou, através de suas obras, ser um artista
completo. Creio que esta arte total existe ainda hoje. É quando atinge multidões.
Este é o ideal da maioria dos artistas. Para mim, em primeiro lugar, é ser autêntico.
E isto é interior e exterior. As duas coisas.
Reinaldo Wolff: O que foi sua primeira vontade de ser artista?
Élder de Araujo: Na minha família, eu sou o primeiro. Encontrei na família, descrédito.
Por parte de mãe, tem índole artística. Tio pintor conhecido: Sílvio Perigatto,
em Brasília. Por parte de pai, ele esperava que tivesse uma profissão mais rentável,
tipo computação. Aos sete anos eu comecei. Tocava flauta e violão. Nunca fui um
menino prodígio. Mas sempre tive uma habilidade natural: fazer com as mãos. Sou
de Peixes. Tenho Marte em Gêmeos no meio do céu. Tocar. Pegar. No artesanato da
arte. Quando vi o piano é que resolvi ser pianista. Aos 11 anos o pai comprou o
piano para o irmão. Hoje ele é mestre em computação. Meu pai queria que eu
tocasse harmônica. Partiu de mim vender a harmônica para ter aulas de piano.
Reinaldo Wolff: Na arte, o que você quer?
Élder de Araujo: Daqui a alguns anos, sair do mercado de trabalho para fazer melodias e
ter minhas próprias idéias musicais. Já tenho pequenos motivos, células, coisas
mínimas. Porque falta tempo para compor. Hoje o tempo principal é interpretar
obra de outros músicos. Hoje na minha vida, só o que eu vejo é trabalho. O
fazer artístico é árido. Em astrologia se chama Saturno. Fiz meu mapa astral.
Tenho um amigo parceiro musical, eu atuo como arranjador e ele é cantor lírico.
Estamos fazendo um trabalho musical esotérico. Mantras. Mas eu gosto muito de
improvisar e conhecer todos os estilos. É uma espécie de busca sem fim.
Nesse momento, a escritora Ana Maria Wolff diz a ele: O que você tem é
uma inquietação de busca. A evolução se faz por sucessivas tentativas para
encontrar qual é a linha de sua definição interior. Quando você serena as ansiedades,
serena o campo mental, tudo se torna como um lago sereno. Quando você consegue
ver melhor suas imagens, de repente você vê Deus dentro de si. Você é um
artista em ritmo de busca.
Ele diz: É. Eu ainda não encontrei o objetivo de ter entrado para arte.
Só me dediquei ao fazer bem feito. Estudei jazz, blues. Fiquei eclético.
Ana Maria Wolff diz: Você está em busca de seus caminhos. A
inquietação de sua alma em busca de sua resposta. Querendo saber: “o porque?”. “O
que eu faço para que agrade melhor ao público? O que eu faço para ser mais
perfeito e ache maiores afinidades?”. É como a criança ao espernear para
treinar os músculos, para os futuros passos que vai dar. A inquietação é a
busca da perfeição.
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