quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Equipe Wolff apresenta - Crônica

UFOS

- Aquele que escuta este relato, acredita. Vossa Excelência gostais de ouvir de sobrenatural?
- Desde que não possa haver dúvida sobre a origem da estória. Quem acredita, vê.
- Creio estarmos certos de ter presenciado este episódio, também.
- Conte lá, apressa-te!
- Hei de convencer a todos presentes. Os fatos são intocáveis, ponto por ponto - falei alto para que todos ouvissem. Ditas estas palavras, o presidente sentou-se e me ouviu com atenção. Não era pessoa de se aborrecer por pouco.
Falei: - A luz solar já terminava e o carro descia a serra velozmente. Com a janela semi-aberta o ar campestre sacudia os cabelos e aquela estrela também.
- Tu perdestes o juízo?
- Estais zombando de mim? Ninguém ouviu bem o que disse! - alguém fez um aparte.
- Nós próprios concordamos que soa um disparate. Mas foi o que vi. Bem à minha frente aquela estrela não tinha trajetória definida. Fique onde está - ordenei mentalmente. Acabei de conversar com um UFOS. Pois seja quem for, ou o que for... A estrela-coisa parou. Bem à minha frente, diante de minha janela. Você veio aqui para quê? - pensei atrevidamente. E a estrela pairou bem mais alto, num rumo caótico para meu senso lógico. Quem chegou? Quero saber quem chegou. E aquele ponto de interrogação terminou como uma estrela cadente. Meu foco de luz sumiu nas trevas da serra que se alongava pelas curvas estreitas da estrada Friburgo/RJ.
- Todos te estimam muito para desacreditar-te... - o presidente fez um senão.
- Dá-se razão a ti. Também ouvi dizer que a serra é habitada por intergalácticos se aclimatando à Terra - comentou outro lá.
- Vós deveis prestar atenção, nada mais fácil de verificar também. A região é cercada desses boatos, a todos os lados - finalizei minha estória ao presidente.
E de repente o que parecia uma platéia atenta, tornou-se uma intensa balburdia. Todos perceberam que tinham experiências de casos assim para contar.
Terminada a reunião nosso grupo decide voltar nessa mesma noite. A longa e tortuosa estrada de Brasília, deserta naquele fim de noite me fez perder a noção do tempo. Ao raiar dos primeiros albores da madrugada, acordo com uma risadinha abafada. O motorista me diz: - O que me fez passar a noite acordado, sem pregar o olho, foi ficar espreitando aquela estrela, que pareceu estar brincando de pegar. Bem ali. - e aponto para um facho luminoso que foi esmaecendo com o róseo da manhã, até sumir no horizonte. // MW.

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