Estudo de causas e conseqüências
Em
notícia do Jornal Economista, n° 33 Março 1991:
A
América Latina e o Leste Europeu passaram por mudanças acentuadas na década de
80. Enfrentando graves problemas na área econômica desde o inicio dos anos 90,
com processo inflacionário crônico, quase hiperinflação. No final de Janeiro
90, tanto o Brasil como Argentina tiveram o quase colapso com seus programas
antiinflacionários. Necessário obter estabilidade institucional para alcançar
crescimento futuro.
Países
distantes e de culturas diferentes, também se descapitalizam por equívocos de
governos com recursos. Que não dispõem recursos para suas empresas e seus
estados e municípios.
Nestes
termos, inflação crônica pode ser definida como a institucionalização de
transferências econômicas descontroladas.
Em
notícia do caderno Economia, Jornal do Brasil, 14/04/98
Empresas
já são mais fortes na economia Globalizada - O Estado perde terreno
O
maior banco do mundo criado agora entre as americanas, CITICORP e Travellers, terá ativos de 700 bilhões de dólares,
acima dos 200 bilhões da 2° potência mundial – o Japão – diz o editor Ramonet
(Le Monde Diplomatic).
Diz
ainda: “Uma das consequências mais perigosas desta globalização é a perda
de poder do Estado em relação aos grupos econômicos“. Ele citou
empresas como General Motors e Toyota, com faturamento maior que o PIB de países
de “1° Mundo”. E na lista dos 200 maiores faturamentos do mundo aparecem mais
empresas do que países.
A
“integração entre economias” pela informática, pela mídia e pelos fluxos de
capital tem resultado em concentração de renda e aumentos de desigualdades
sociais.
As
privatizações, a preponderância dos mercados financeiros em relação ao setor
produtivo estão tirando do Estado uma série de decisões fundamentais.
Os
acordos internacionais de comércio, criaram blocos econômicos (Ex.: MERCOSUL,
Nafta) também contribuem para enfraquecer o poder de decisão dos países
individualmente.
Quatro
instituições suprem o papel regulador que já foi do Estado: O FMI, O Banco
Mundial, Organização Mundial do Comércio, Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico.
Em
várias revistas internacionais, a eleição neste ano (1999) de Bill Gates como o
homem mais poderoso do mundo, demonstra que o capital esta se tornando mais
importante que qualquer organismo internacional.
Para
o editor francês Ramonet a globalização é a segunda “Revolução Capitalista”: é a predominância do
mercado financeiro sobre os setores produtivos .
O
componente sociológico destas revoluções:
ü Na
1° - aparece o surgimento da classe operária.
ü Nesta
2° Revolução - perda do poder do
Estado.
Afirma
Ignácio Ramonet no Seminário promovido pela UERJ e Editora Vozes e JB = “O que
nos falta hoje é uma resposta que contrarie esta ideologia que é o
neoliberalismo”. Os teóricos franceses esperam que surja uma alternativa à
globalização - como foi o socialismo no século passado. “Por enquanto
essa resposta não existe, dela não temos
conhecimento que exista”.
Em
sua análise da consequência da crise do Sudeste asiático:
ü Já
está contaminando economias maiores de países como Coréia do Sul e Japão.
ü Isso
demonstra que o modelo da região – que supostamente poderia ser seguido pela América
Latina e África resulta ser mais frágil do que antes parecer ser .
Porque
?
É
a 3° crise deste modelo.
ü Levando
em conta a crise no Chile em 86.
ü E
no México em 94.
ü Ele
supõe: a próxima deve ser na Rússia .
Ø Ele
alerta para o perigo de “as reformas econômicas no Brasil piorarem
desigualdades sociais”.
Ø Defende
o Estado com mais poder.
Ø Compara
ao modelo francês: “É um Estado mais intervencionista, em que o desemprego só
cresceu na França, depois de ‘reformas implantadas’ para se adaptar às leis de
mercado”.
Relatório
da FMI - “Perspectivas sobre a Economia Mundial“.
A crise financeira na
Ásia, em outubro de 98, reduziu a taxa de crescimento da economia global para
1998. Era previsto 4,1. Agora tornou-se 3,1. A projeção para o Brasil em 98 é
de 1,5%. Diz o relatório “Alguns países, como o Brasil, estão dependendo dos
lucros da privatização para financiar seus déficits em conta corrente.
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