sábado, 6 de abril de 2013

Panorama da situação econômica mundial em relação ao Brasil

Estudo de causas e conseqüências


Em notícia do Jornal Economista, n° 33 Março 1991:
A América Latina e o Leste Europeu passaram por mudanças acentuadas na década de 80. Enfrentando graves problemas na área econômica desde o inicio dos anos 90, com processo inflacionário crônico, quase hiperinflação. No final de Janeiro 90, tanto o Brasil como Argentina tiveram o quase colapso com seus programas antiinflacionários. Necessário obter estabilidade institucional para alcançar crescimento futuro.
Países distantes e de culturas diferentes, também se descapitalizam por equívocos de governos com recursos. Que não dispõem recursos para suas empresas e seus estados e municípios.
Nestes termos, inflação crônica pode ser definida como a institucionalização de transferências econômicas descontroladas.

Em notícia do caderno Economia, Jornal do Brasil, 14/04/98
Empresas já são mais fortes na economia Globalizada - O Estado perde terreno
O maior banco do mundo criado agora entre as americanas, CITICORP  e Travellers, terá ativos de 700 bilhões de dólares, acima dos 200 bilhões da 2° potência mundial – o Japão – diz o editor Ramonet (Le Monde Diplomatic).
Diz ainda: “Uma das consequências mais perigosas desta globalização é a perda de poder do Estado em relação aos grupos econômicos“. Ele citou empresas como General Motors e Toyota, com faturamento maior que o PIB de países de “1° Mundo”. E na lista dos 200 maiores faturamentos do mundo aparecem mais empresas do que países.
A “integração entre economias” pela informática, pela mídia e pelos fluxos de capital tem resultado em concentração de renda e aumentos de desigualdades sociais.
As privatizações, a preponderância dos mercados financeiros em relação ao setor produtivo estão tirando do Estado uma série de decisões fundamentais.
Os acordos internacionais de comércio, criaram blocos econômicos (Ex.: MERCOSUL, Nafta) também contribuem para enfraquecer o poder de decisão dos países individualmente.
Quatro instituições suprem o papel regulador que já foi do Estado: O FMI, O Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Em várias revistas internacionais, a eleição neste ano (1999) de Bill Gates como o homem mais poderoso do mundo, demonstra que o capital esta se tornando mais importante que qualquer organismo internacional.
Para o editor francês Ramonet a globalização é a segunda  “Revolução Capitalista”: é a predominância do mercado financeiro sobre os setores produtivos .

O componente sociológico destas revoluções:
ü  Na 1° - aparece o surgimento da classe operária.
ü  Nesta 2° Revolução -  perda do poder do Estado.
Afirma Ignácio Ramonet no Seminário promovido pela UERJ e Editora Vozes e JB = “O que nos falta hoje é uma resposta que contrarie esta ideologia que é o neoliberalismo”. Os teóricos franceses esperam que surja uma alternativa à globalização - como foi o socialismo no século passado. “Por enquanto essa  resposta não existe, dela não temos conhecimento que exista”.

Em sua análise da consequência da crise do Sudeste asiático:
ü  Já está contaminando economias maiores de países como Coréia do  Sul e Japão.
ü  Isso demonstra que o modelo da região – que supostamente poderia ser seguido pela América Latina e África resulta ser mais frágil do que antes parecer ser .

Porque ?
É a 3° crise deste modelo.
ü  Levando em conta a crise no Chile em 86.
ü  E no México em 94.
ü  Ele supõe: a próxima deve ser na Rússia .
Ø  Ele alerta para o perigo de “as reformas econômicas no Brasil piorarem desigualdades sociais”.
Ø  Defende o Estado com mais poder.
Ø  Compara ao modelo francês: “É um Estado mais intervencionista, em que o desemprego só cresceu na França, depois de ‘reformas implantadas’ para se adaptar às leis de mercado”.

Relatório da FMI - “Perspectivas sobre a Economia Mundial“.

A crise financeira na Ásia, em outubro de 98, reduziu a taxa de crescimento da economia global para 1998. Era previsto 4,1. Agora tornou-se 3,1. A projeção para o Brasil em 98 é de 1,5%. Diz o relatório “Alguns países, como o Brasil, estão dependendo dos lucros da privatização para financiar seus déficits em conta corrente.

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