Em 2011, a RBS pediu ao seu público, propostas para melhorar a área de Educação no Rio Grande do Sul. Nossas ideias de então, foram essas:
Os estudos de hoje como
estão, estão errados. E porque? A questão é: quem se atrasa – em primeiro lugar
deveria ter a oportunidade de poder avançar nos estudos.
Independente da idade –
porque este limite da idade que se impõe, já é um atraso. Então – o
adiantamento da matéria poderia ser antes – dependendo do estado psicológico,
emotivo da pessoa – e o intelecto – ela teria condições de terminar antes.
Bem como a idade para a Academia
Militar poderia ser estendida, com isso dando mais oportunidade para todos.
E sendo que, no 1º grau –
no início das primeiras séries da alfabetização, já deveriam ser feitos cursos
como: jardineiro, plantas medicinais. Estes conhecimentos já deveriam ser
ensinados.
Quando terminasse o 1º
grau, já deveria estar associado: direção defensiva, noções de trânsito, noções
de civilidade – uma profissão – ou de motorista, ou de mecânico, ou de
carpinteiro, marceneiro, ou de eletrônico – de rádio e televisão. Para quando candidato
ingressar no 2º grau, adquirir o nível técnico. O 2º grau deveria ser anexado a
um nível técnico. Não só “2º grau” – como é hoje em dia. E aí – após isso,
tecnólogo – como educação continuada; e o nível superior. Então, quem tivesse
nível superior já seria técnico, tecnólogo, com uma profissão prática. Com todos os conhecimentos ingressados juntos.
Isso daria um senso prático de realidade, associados aos estudos.
O grande problema de quem
faz a faculdade – por exemplo – de Direito, é não ter uma noção prática da vida
real desta profissão. Já deveria ser obrigatório uma série de congressos – ou de
outros cursos dentro da faculdade – e que não seja só o da grade curricular –
mas que o candidato vá conseguindo certificações extras e técnicas (como é o
caso, na Argentina – antes de você se formar advogado – você é procurador! Que
é basicamente uma função de despachante. Então ele vai aprendendo a lidar na
prática, antes de terminar a faculdade.
Até chegar nesse ponto de
concluir a faculdade, e associar tudo aquilo que ele fez! Ele poderá fazer um
estágio e ter um conhecimento amplo, maior. Então a primeira coisa a ser feita
é: buscar a praticidade junto com o
conhecimento técnico. É o ying/yang – não pode ser só teoria, teoria,
teoria o tempo todo. É necessário ter conhecimento prático associado a
conhecimento teórico porque, isso sim, dá o conhecimento da realidade!
Do jeito que está, é por
isso que muitos advogados que não conseguem registro da OAB e não conseguem
fazer nada com a profissão. Então, ele tem apenas o diploma de Bacharel! Isso
aconteceu com nossa prima – tem o diploma de publicidade e fez o que? Não fez
nada! Então ela teria que ter publicidade em rádio, televisão, em locução
(portanto vocal). A que tipo de publicidade? Direcionada: rádio, TV, outdoor,
locução. Então a publicidade deveria ser voltada a um campo prático.
Assim todas as profissões
– cada uma delas associadas às suas especialidades práticas e técnicas. Quando
saísse da teoria da faculdade – ter o conhecimento pleno: da prática e da
teoria. Aí a pessoa “conhece” de verdade. Por que – o que adianta fazer um
curso de topografia – em que o professor ensinou uma ótima teoria – e ninguém
no curso saiu de fato com o conhecimento prático a ponto de realizar o
exercício da profissão. Então o que precisa fazer? Curso com “aquele que
trabalha na profissão na prática”! para aquilo tudo que foi teórico virar
conhecimento! Senão é um conhecimento técnico que não serve para nada! Então
precisa-se fazer o que? Por em prática! Então é isso que está faltando – a meu
ver – na Educação do Brasil.
¨ O estágio não seria a mesma coisa?
Em parte sim, porém em
parte, não. Porque quando se chega a fazer o estágio já é um tanto tardio – o
conhecimento já deveria ser concretizado. O conhecimento deveria ser concluído
antes. Quando é estágio, (na verdade é prática) e não para aprender o que a
faculdade ensinou. Na realidade já deveria estar fazendo a prática de todo o
conhecimento armazenado até ali, e o desenvolvimento após a prática.
Então na realidade está
aprendendo, aprendendo na prática só que ao meu ver não é suficiente.
Porque estes acadêmicos
que vão fazer estágios em departamentos de governo, como o exemplo que eu
presenciei. Estágios no setor que atualmente funciona na Rodoviária de Niterói.
O que eles fizeram de prático? Levar processo que só a Defensora Pública sabia sobre
qual assunto que era o tal processo. Então o que acontece? Está-se usando o
pessoal de estágio como se fosse um office-boy gratuito, de luxo. Só aqueles
concursados como estagiários é que têm, de verdade, oportunidade de adquirir o
conhecimento prático – e assim mesmo é pequeno. Por isso é que tem que ser
feito antes desde o início esta oportunidade de aliar a técnica à prática.//
Texto: Reinaldo Wolff
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