terça-feira, 9 de abril de 2013

Dra. Carla Fernanda Lamêgo - Oftalmo, de renome, tem novo consultório em Itaboraí

Ela é de Vila Velha, e ainda se lembra do verão da Praia da Costa de 1980. Ela tinha 10 anos de idade. E que engraçado: eu tinha 21 anos de idade e também estava ali. (O verão mais feliz que vivi no Espírito Santo). Era um alto-falante, uma voz muito bonita que falava, em toda a praia: Verão da Praia da Costa de 1980! As palmeiras balançavam ao vento suave das praias capixabas. Os pais dela são de Vila Velha, ela se formou na Santa Casa, uma das faculdade brasileiras mais destacadas em medicina. Há alguns anos ela conheceu a escritora Ana Maria Wolff, aqui no Rio de Janeiro, e aprecia muito seus livros.
A doutora Lamêgo é uma pessoa bastante comunicativa. Uma entrevista interessante, espontânea, descontraída. É médica extremamente humana com os pacientes, mas acha que o brasileiro não é acostumado a isto. Na verdade, quem é que não gosta de ser tratado com atenção e cuidado? Vamos conhecer melhor nossa convidada de hoje do Projeto Expansão AFI 2013 “Você é muito importante para nós!”, a Oftalmologista, Dra. Carla Fernanda Lamêgo.

Clínica de Olhos Lamêgo.

Dra. Lamêgo: Eu fui fazer vestibular de medicina. Aí entrei na faculdade. Foi uma festa danada! Aí meu pai, ele queria fazer parte deste projeto. Quando eu entrei, eu achei assim, que todos que estavam lá era por vocação mesmo, não é? Que a pessoa estava ali para querer ajudar os outros. Só que, às vezes, a gente se decepciona muito, não é? Isso até com os professores... Você via que era uma coisa muito impessoal, em tratamento... Você vê que muitas pessoas não são por dom. E eu continuei, porque eu acho que a gente tem nossos princípios. Então, o que foi passado, eu tento levar isso durante minha vida toda. Assim eu faço medicina, mas o primeiro de tudo, eu quero ajudá-lo. Então, o mais importante para mim é ele naquele momento. Então quando eu fiz, quando eu comecei a fazer, e tal, medicina, eu falei para o meu pai: “Pai, eu quero ir para o PROJETO RONDON”. Porque eu queria o que? Ir lá para o interior da Amazônia para ajudar as pessoas, a cuidar das pessoas. E a minha mãe falou: “Não. Você vai pegar uma malária!”. E então eu resolvi a cada parte da medicina que eu passava, eu queria fazer. Aí fiz pediatria, queria fazer Pediatria. Fiz cardiologia, queria ser Cardiologista. E os meus amigos que entravam, quando entraram na medicina, já sabiam o que queriam ser. Porque? Porque o pai era cirurgião plástico, a mãe era... Entendeu? Então ele já entrava sabendo o que queria. Então, por um lado, eu acho que foi bom para mim, eu entrar sem saber o que eu seria, não é? Porque então eu dei atenção à todas as cadeiras. Eu fui um pouquinho de cada coisa. Então esse lado meu, humano, de lidar com o ser humano, eu gosto muito. Me fascina muito. Esse lado psicológico relacionado com a medicina. Então até mesmo me falam assim: “Ah, doutora, você é meio psicóloga dos pacientes”. Porque eu não vejo só o porque que eles me procuraram. Eu vejo o lado espiritual também. O lado psicológico. Porque muitas vezes a doença física vem de algum problema espiritual. Olha, e graças a Deus, os tratamentos que passo, dão certo, sabe? O paciente segue direitinho o que você orienta. Você descobre alguma coisa que o paciente está vivendo na vida pessoal. Que está interferindo na saúde dele. E você, só de conversar, orientar o paciente... E outro dia um paciente sentou aqui e falou assim... A primeira coisa que eu falo para o paciente é assim “Fulano...”, falo o nome da pessoa, faço questão, cumprimento, falo o meu nome e falo assim: “O que eu posso te ajudar? O que você está sentindo na visão?”. Então eu pergunto! Aí outro dia um paciente sentou aqui, olhou para mim assustada e falou: “Eu posso falar?”. Eu falei: Pode! Aí ela falou assim: “É porque médico nenhum deixa a gente falar...”. Aí eu falei assim: “Não, mas aqui você pode falar”. Então ela foi falando... Então eu falei assim: Nossa, que triste... A medicina como está!”. Então tem que ter confiança um no outro.

Reinaldo Wolff: Com certeza. Então vamos começar as perguntas. Dra. Carla Lamêgo, quais são os pontos mais atrativos de sua carreira?
Dra. Lamêgo: Relacionado a que?

Reinaldo Wolff: A todos os sentidos. O que você sente que é mais atrativo. O que mais lhe recompensa?
Dra. Lamêgo: A relação interpessoal. Lidar com o ser humano.

Reinaldo Wolff: Você é feliz em sua profissão?
Dra. Lamêgo: Muito!

Reinaldo Wolff: Como tudo começou?
Dra. Lamêgo: Como eu decidi fazer medicina? É, eu pensei em fazer psicologia, porque eu sempre gostei dessa relação entre as pessoas, de entender a mente humana, de saber como eu poderia ajudar o paciente em relação a isso, o estado psicológico. Aí minha mãe falou que para ser psicóloga, seria mais para dar aula. Isso há 20 e tantos anos atrás. Mas eu não queria dar aula. E fiquei pensando, um meio de ajudar as pessoas é fazer medicina! Tentei fazer com 16 anos, a primeira vez, aí não passei para medicina. Também não passei. Era muito despreparada. Aí na segunda vez que eu tentei medicina, eu entrei. Passei com 17 e entrei com 18 anos. Porque eu faço aniversário em dezembro, não é? E entrei para a faculdade com 18 anos.

Reinaldo Wolff: Agora, Doutora, o que pode ser feito para melhorar a saúde dos olhos, como precaução?
Dra. Lamêgo: Olha, primeiro de tudo, é alimentação. Uma alimentação rica. Um prato bem colorido porque aí você repõe as vitaminas, que é A, B, E e K, tem licopeno, que é fundamental para a visão. Que tem luteína em alimentos, como folha verde escura, pimentão amarelo, pimentão vermelho, a cenoura, a abóbora que tem os pigmentos alaranjados, não é? Então, é uma alimentação sadia, saudável, fazer visita regularmente ao oftalmologista. Porque tem que detectar algumas doenças que só são detectadas no exame clínico.

(*Luteína: combate manchas e envelhecimento da pele. É um antioxidante que possui benefícios para a saúde dos olhos, pele e sistema cardiovascular. A luteína reduz a inflamação no cérebro e o déficit de memória relacionados à idade).

Reinaldo Wolff: Medicina preventiva?
Dra. Lamêgo: Isso! A medicina preventiva. Você ter um bom conhecimento do histórico familiar, porque muitas doenças oftalmológicas são de caráter hereditário. E acredito que seja mais isso, não é?

Reinaldo Wolff: E evitar questões como glaucoma...
Dra. Lamêgo: É. Porque glaucoma é muito hereditário. É pela hereditariedade. A partir de 40 anos isso. Aumenta a pressão intra-ocular. Muito do caráter hereditário.

Reinaldo Wolff: Mas o que gera isso?
Dra. Lamêgo: O glaucoma aumenta a pressão intra-ocular. Pode levar à cegueira, sim.

Reinaldo Wolff: Mas o que gera essa pressão? Estresse?
Dra. Lamêgo: Não! A idade, não é? Pelo caráter hereditário. Quando a pessoa tem alguém na família com glaucoma, ela tem chance de também ter. quando tem histórico na família de glaucoma e cegueira, essas chances aumentam. Então a partir de 40 anos a gente tem que ter mais atenção porque a partir daí que pode manifestar a doença. E tem outros tipos também. O glaucoma por má-formação do ângulo, por onde o líquido do olho circula. Às vezes a pessoa não tem o glaucoma, ela está com a pressão alta do olho, porque o canal é estreito e dificulta o líquido a passar. Então faz o laser para ver esse canal mecanicamente e a pressão volta ao normal. Muitas vezes não precisa nem de medicação.

Reinaldo Wolff: Então a medicina de hoje tem novos recursos.
Dra. Lamêgo: Tem! Tem muitos recursos! Hoje em dia eu acredito que na medicina, a oftalmologia é que se beneficiou mais com a tecnologia, não é? Os exames complementares que ajudam a complementar o diagnóstico.

Reinaldo Wolff: Agora, uma pergunta bem pessoal. Como foi sua experiência de chegada em Itaboraí?
Dra. Lamêgo: Olha, foi muito boa. Eu vim para Itaboraí, e no início você é desconhecido, não é? Lá em Niterói eu já era conhecida. Porque eu trabalhei no Exército, tinha consultório, tinha quase 10 anos no consultório. Então eu cheguei em um local em que ninguém me conhecia. E comecei a fazer atendimento com panfletagem mesmo. Para o pessoal saber que tinha médico aqui em cima, para fazer atendimento e tal. E a tentativa para eu ficar mais conhecida foi tentar conseguir o ITAPREVI, que é o plano da Prefeitura aqui. Então com conhecimento, e Graças a Deus, a gente conseguiu a ITAPREVI. Foi aí que fiquei mais conhecida. Porque são mais de 6 mil usuários. E eu não sabia! Então, na rua, eu passo, e tem um paciente que me conhece e fala: Oi doutora! E dali como é que foi acontecendo? Eu fui atendendo os funcionários da ITAPREVI, os dependentes e às vezes, os conhecidos desses funcionários! “Ah tem a médica nova da ITAPREVI mas eu não tenho ITAPREVI!”. “Ah, mas olha tem o convênio, também atende particular!”. E encaminha para cá! Então hoje eu posso dizer assim que já me conhecem um pouquinho. No outro dia foi muito engraçado o que aconteceu. Antes das eleições eu atendi uma senhorinha e no final da consulta, eu fiz isso, vem de mim isso, eu sou beijoqueira. Então, no final da consulta, principalmente mulher. Homem, às vezes, a gente fica com mais receio, para a pessoa não confundir as coisas. Então, eu atendi, e no final eu dei beijinho nela e tal e ela saiu. Aí depois na outra consulta ela veio me contar. Olha só a situação que engraçada! Ela chegou para mim e falou assim: “Doutora, a senhora não era candidata a nada não, não é?”. Aí eu falei: “Não!”. Isso antes das eleições. Aí ela: “Ah, porque eu saí daqui e falei com a minha filha ‘Eu acho que a Doutora é candidata a alguma coisa’!”. Procuraram o meu nome, para votar em mim... Mas foi muito engraçado! Ri muito! Procuraram o meu nome, e não acharam. Aí quando ela voltou e me contou isso, eu falei: “Ah, foi porque eu te dei um beijinho no final!” Político dá beijinho na época de eleição. Aí eu falei: “Já passou a época de eleição e eu continuo beijando! Mas não sou candidata não”. E a senhora: “Ah, Doutora, se a senhora se candidatar, vai ganhar aqui em Itaboraí!”. Falou brincando, mas para você ver - as pessoas não são amorosas com as outras, não pegam na mão, não cumprimentam, não olham. Aí ela achou que eu era candidata.

Reinaldo Wolff: Eu e a minha esposa passamos a Lua de Mel em Montevidéu. E no retorno, o rodomoço foi de extrema gentileza. Dobrou todas as poltronas, colocou cobertor em todos, fechou as janelas, e serviu alfajor e refrigerante. Eu falei com minha esposa: “Isso é um seqüestro coletivo”. Então eu vi que todos tinham comido, ninguém passou mal. Aí eu falei: “Ainda tem?”. Então, é da nossa índole desconfiar de muita gentileza.
Dra. Lamêgo: Está vendo?! O que deveria ser uma regra, não é...

Reinaldo Wolff: Na realidade, o normal é isso que a doutora faz. É esse tratamento, esse “approach” (*modo de aproximação com as pessoas). Esse “chegar junto ao paciente, tratar com humanidade”, é fundamental. É muito importante.

Dra. Lamêgo: Com certeza! Se eu não fizer isso, eu não vou ser eu! É exatamente. 




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Percepção - Ciência para acordar o Milênio (C)

Converso com a muito querida “Dra. Lamêgo”
O dom divino em você é: a sua grande facilidade de compreender as inquietações sentimentais das outras pessoas. Todo o segredo para superar os momentos difíceis que desafiam, é encontrar inspiração em atividades artística. Fará  um contraste com suas atividades técnicas – despertará ainda mais a sua percepção extra-sensorial que retêm em suas mãos. A introspecção que a arte lhe traz faz aproximar mais ainda de sua compreensão de Deus. Sua capacidade de administração prevê sucesso empresarial e comando. E também em atividades de educadora, dentro do ramo profissional já definido de sua escolha.
Você é uma pessoa de emoções profundas, é totalmente sincera, embora muito precavida ao fazer amigos. Até mesmo austera. Por isso evite levar uma vida solitária. Em tempos de férias de verão lhe faz muito bem uma temporada no campo.
Sabendo que – quando você se sente auto-confiante, de espírito leve, agradável, você está pressentindo que é uma época de renovação e de condições muito especiais que estão por chegar. É isto que acontece, já-já. Aguarde!
Falou com você aqui, Martha – Equipe Wolff, com estudos advindos do livro “Percepção”. Ana Maria Wolff. Esse livro lhe traz esse recado:
“Trabalho continuado e muita harmonia em volta de você. E decisão de acertar. Sorte é não parar de tentar”.

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