Entrevista do jornalista Luiz Edmundo Continentino Porto ao jornalista Reinaldo Wolff
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro quer um sindicato moderno, atuante, unido com a participação dos jornalistas para identificar e superar os problemas da classe. Seu objetivo é reconstrução.
Reinaldo Wolff: A alegria do dia a dia - como é que o senhor faz para manter?
Continentino: Faço tudo com prazer!
Reinaldo Wolff: E o que lhe
motiva? São os ideais?
Continentino: Os ideais, e a memória né?
Reinaldo Wolff: O senhor
sente que já realizou boa parcela dos ideais?
Continentino: Ah, já!
Reinaldo Wolff: Como é que
tem sido a sua trajetória de vida? Porque o senhor tem uma boa trajetória de
vida!
Continentino: Fui diretor
da RADIOBRÁS. Fui assessor de imprensa na reeleição do Senador Nelson Carneiro.
Fui assessor de imprensa do presidente Collor quando ele era Governador do
Estado de Alagoas, e depois na campanha para Presidente da República. E quando
ele tinha 3% nas pesquisas, né? Ninguém procurava ele para entrevistar, e aí
ele se elegeu, não é? Ele botou um assessor, o Cláudio Humberto, chefiando.
Botou um assessor em São Paulo. E um outro no Rio de Janeiro. Mas ele se
dedicava mais ao Rio de Janeiro. Tanto é que ele ganhou, tanto em São Paulo
como no Rio de Janeiro, né? E depois eu fui diretor da RADIOBRÁS, que pegava a
Rádio Nacional, a Agência Brasil, e o clipe da presidência da República. E toda
a parte do Jornalismo aqui do Rio, da RADIOBRÁS. Hoje é a Agência de Comunicação,
se não me engano. Hoje a RADIOBRÁS é a Voz do Brasil. E ali na Praça Mauá, 7, né?
“A Noite”. Tinha o nome do jornal “A Noite”.
Reinaldo Wolff: O Sr
conheceu o jornal A Luta Democrática ? Minha irmã Martha escreveu, para este
jornal quando ela ainda era criança.
Continentino: Quem?
Reinaldo Wolff: Martha
Wolff, que escrevia contos sobre o papagaio, o Sr. se lembra? E isto já naquela época para este
jornal, o jornal deu grande importância ao talento e a todos os comunicados de
minha irmã. E ela escrevia sobre a estória de seu animalzinho de estimação e de
suas viagens com este pequeno serzinho, como fiel companheiro de jornada. Uma
estória bem ingênua, mas bem divertida, pois ele ficava no braço dela e ele era
muito inteligente, por que entendia tudo, com muita facilidade.
Continentino: É, isto é
uma graça!
Reinaldo Wolff: E assim,
como a Martha, desde essa época é escritora e repórter (atualmente jornalista),
nossa mãe também era escritora e durante muitos anos esteve em todos os meios
de comunicação (rádios, jornais e televisões). O Sr. se lembra? O nome dela era
Ana Maria Wolff . Ela esteve no Moacir Franco Show, no programa de TV do Wilton
Franco...
Continentino: Como
produtora?
Reinaldo Wolff: Não, mas
como sensitiva e parapsicóloga, ela fazia previsões para o país. O Sr. lembra
dela? Lembrou?
Continentino: Sim.
Reinaldo Wolff: Então, a mãe,
conseguiu dar provas de todos os assuntos dela mencionados quanto aos
fatos previstos. Quando ela esteve na Bandeirantes, mostrou os estudos que
fazia quando já estava sendo irradiado no ar, em programa de rede nacional em
horário nobre. Eles pediram 5 itens e ela colocou 100 itens. Quando eles
abriram 30 dias depois, o envelope que foi assinado pelos participantes da
noite e lacrado com a assinatura do apresentador e com sua anuência e endosso,
durante a apresentação do programa ao vivo, e após isso guardado no cofre da
emissora de TV. Puderam comprovar que ela havia acertado, não 5 itens, mas, sim
99 itens até aquela data. Então ela era realmente uma perceptiva. E que
conseguiu fazer uma boa entrevista e com muitas pessoas de diversos meios de
comunicação. Daí, o por que desde a nossa infância até a data de hoje estarmos no ambiente jornalistico. Agora, o que é interessante de viver tudo isso é aquilo que fica
para a pessoa. O que fica para a pessoa dessa experiência toda, na sua opinião?
Continentino: Tipo um
legado.
Reinaldo Wolff: Isso
impregna na alma da pessoa um sentido de realização. O senhor sente que
transmitiu às pessoas aquilo que o senhor gostaria, como mensagem?
Continentino: Nem tudo
você consegue, né?
Reinaldo Wolff: O que falta
fazer?
Continentino: Você diz,
na minha vida? Eu estou satisfeito com tudo que está se desenrolando. Eu quero
completar com esse ciclo aqui no Sindicato de Jornalistas. Na reconstrução do
Sindicato.
Reinaldo Wolff: O senhor se
lembra que nós, eu e a Martha, fomos os votos três e quatro do senhor, no dia
das eleições, fomos os primeiros a chegar, não sei se o senhor se recorda...
(um gato se
aproxima, ronronando, e pedindo carinho, deita nos pés da fotógrafa)
Reinaldo Wolff: Esse gato
era da Dona Lígia não é?
Continentino: É. A Dona Lígia
é que faleceu. Ela trabalhava aqui no Sindicato.
Reinaldo Wolff: Conheci a
Dona Lígia quando era adolescente, lá em Friburgo, era uma mocinha bonita e da
mesma idade que eu. Deixou saudades como pessoa amiga de todos nós.
Continentino: É. Deixou
saudades.
Reinaldo Wolff: Ficamos
muito sentidos pela notícia. Todos oramos por ela. O senhor sabe, não há
caminho que não se abra quando Deus está à frente. Quando não é por Vontade
Divina nada vem.
Continentino: Concordo. O
importante é orar.
Reinaldo Wolff: Como tem
sido seus afazeres do dia a dia? O que o senhor planeja para o novo período no
Sindicato?
Continentino: Em março nós
vamos lançar o Prêmio de Jornalismo Ambiental Chico Mendes e o Curso de
Jornalismo Ambiental Chico Mendes em todo o estado. E dando bolsa de estudos,
entendeu? Agora mesmo estive com o Prefeito de Niterói eleito - o vice dele que
é o ambientalista Axel Grael, famoso competidor de velas, nacional e
internacional. Foi eleito vice prefeito do Rodrigo. E vão dar todo o apoio, não
só ao livro, como também ao curso. Em março nós estaremos lá em Brasília,
anunciando lá o curso e o Prêmio de Jornalismo Ambiental Chico Mendes - na área
nacional. Isso aí é a proposta nossa que foi aprovada em nosso Congresso de
Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro e também no nosso Congresso Nacional,
que foi realizado no Acre.
Reinaldo Wolff: Como foi a
experiência do senhor nessa última viagem à AFI, lá em Friburgo, perante a
entrega de prêmios?
Continentino: Foi muito
boa. Acho que os jornalistas da Associação devem ser todos sindicalizados, e
para isso tem um processo com as exigências. Precisa ver para que todos possam
estar quites com o sindicato.
Reinaldo Wolff: O senhor é
de origem judaica? Porque vi na Internet Continentino, com letras hebraicas.
Continentino: Não. Eu
tenho parentes no Rio Grande do Sul, a família Continentino é lá de Minas, e
também aqui em Niterói.
Reinaldo Wolff: O senhor
está com quantos anos atualmente?
Continentino: 71, sou
garoto ainda. Não saio dos meus 30 anos. No pensamento, ainda estou nos 30
anos.
Reinaldo Wolff: Qual o
segredo de se manter jovem e magro para a idade que está? Basta dizer que subiu
as escadas (uns 30 degraus) muito rápido.
Continentino: Ando todos
os dias, e chego a correr na praia. Boa alimentação. E cuido muito da minha saúde.
Reinaldo Wolff: Que
mensagem o senhor passa para os nossos leitores?
Continentino: Uma das
coisas principais, é a ética do jornalista. Cumprir o estatuto da ética é o
mais importante para o profissional.
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