sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

AFI conversa com você - por Equipe Wolff

"Parabéns Ana, por tão lúcidas reflexões. Obrigado pelo velado romantismo." Assinado por Carpe Diem.

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Nós, da Equipe Wolff, especializamos em percepção de futuro. Um dia recebemos este email, com mensagem clara: “Veja o presente. O aqui-agora, lhe diz o que?”
Então fui pesquisar - o que significa este Carpe Diem? É uma frase em latim, do poeta Horácio. Traduz assim: Colha o dia, aproveite o momento (Horácio, 65 - 8 A.C) e ainda: “Solicita que se evite gastar o tempo com as coisas inúteis” (ODE I - II - 8).
Esses conceitos vêm do sistema filosófico Epicurismo - literalmente - “colhe o presente e sê menos confiante no futuro”.
Diante desse recado, resolvi largar todo o plano das idéias, fantasias, e passei um longo tempo agindo nos setores burocráticos da vida, que exigem tudo com o compromisso de prazo, etc. Terminado este período, volto neste início de ano, ao tempo de rever, sonhar, e planejar o futuro. Quero agradecer ao amigo internauta que me mandou o recado. E lhe dizer que um escritor ama seu público leitor. O melhor presente ao escritor é ser reconhecido pelo valor de sua palavra.//MW

Agora é minha vez de reconhecer o talento também de um jornalista. Veja a página que ele escreveu a seguir.

O que temos a comentar? Jornalista tem que cuidar de seu campo emocional. Alerta! Emoções sombrias conduzem a um mau destino. Por isto cuide das emoções para que você tenha o melhor destino possível.//RW


A última coluna de Sidney Mazzoni, editor chefe do Grupo JJ, publicada no Jornal de Jundiaí no dia 1 de julho de 2012:
Mazzoni: Quando um filme se passa pela sua cabeça
Sempre achei meio piegas a frase olha, um filme se passou pela minha cabeça naquela hora, dita pelo amigo que se aproximava taciturno para contar que tinha vivido uma situação de risco e escapado ileso - ou quase. Pois a frase não só é boa. É emblemática. O filme pode ser de longa metragem e vai acompanhar você por toda a vida. E se é que se pode tirar algum proveito de uma situação de risco, é a hora de você rever o seu caminho, começar a dar valor a coisas simples, a sorver cada segundo de vida que Deus lhe deu com tarifa zero.
Agora é sua vez de me chamar de piegas. Juro que não me incomodo. Mas nos dias de hoje, viver virou uma perigosa aventura. A desgraça, ou o fim, encare como quiser, pode estar atrás da próxima árvore, no próximo semáforo, no rapaz de cabeça baixa com quem vamos cruzar depois do anoitecer. Um átimo de tempo e tudo pode mudar. Posso dizer que tenho saudades dos tempos de uma Jundiaí onde se podia andar à noite com tranquilidade, a pé, mastigando um sanduba de calabresa do Bar do Lula ou dar uns malhos na namorada no estacionamento da Praça dos Andradas - ou no do Parque da Uva, caso você tivesse, digamos, a chance de conseguir algo mais dentro do Fusquinha. Aí era voltar para casa sossegado. Mas isso, hoje, é saudosismo, é chover no molhado. Estes tempos, infelizmente, não vão voltar. Nosso coração só baterá menos quando o trinco da porta se fechar ou o filho entrar pela porta da garagem são e salvo. É assim que funciona. É  martírio para todos os dias. Jundiaí, assim como outras cidades emergentes do País, amedronta, espanta, machuca, muitas vezes até mata. O flagelo do crack só veio completar o serviço. Não bastassem os novos e péssimos hábitos, as pessoas, também, em sua maioria, empobreceram a alma, aviltaram o comportamento, não medem mais consequências - principalmente quando estão atrás de um volante. Não importa se estão saindo da missa das seis ou do boteco que fecha às onze: a inconsequência, o desprezo pelo que pode acontecer é o mesmo, é latente. E isso me deixa assustado.
Para os que estão deste lado da linha maldita em que se divide hoje a nossa sociedade, resta rezar, olhar para os lados, para a frente - de preferência duas vezes. Se mesmo assim o pior acontecer, mas você tiver a chance de escapar para rever o filme de sua vida, o faça. Quando as cortinas se fecharem e você estiver com um sorriso nos lábios ou aquela emoção gostosa do dever cumprido, você se sentirá uma pessoa de sorte. Mas sorte mesmo você terá quando, ao fazer o mesmo, perceber que ainda dá tempo para mudar. Aí, mude mesmo, pra valer. O próximo semáforo vem logo à frente e a sua sorte pode não ser a mesma. Eu avisei... - Até cartaz de papelão barato recebi quando escrevi nestas Letras que estimular o ciclismo como meio de transporte em uma megalópole como São Paulo é idiotice. Pois bem: nesta semana a Secretaria da Saúde paulistana divulgou pesquisa mostrando que 9 ciclistas são internados diariamente, vítimas de atropelamentos. Destes 9, em média, um vai a óbito. Para reforçar, enquanto não se criarem ciclovias decentes, policiadas e demarcadas - e nossos motoristas não forem minimamente civilizados - ciclismo só serve para lazer e melhorar o fôlego. E ponto.
Depois de muita fumaça os tucanos se entenderam e vão de Luiz Fernando Machado para prefeito e José Antonio Parimoschi para vice - e levando como cacife político o prestígio de Miguel Haddad, que preferiu se afastar da disputa. Haja o que houver, uma dupla jovem liderando um partido cuja bandeira, após Parimoschi assumir a presidência da agremiação, foi a de se modernizar.
Tomara que as melhorias já iniciadas na Praça dos Andradas, com alargamento do cruzamento do final da Anchieta com a Boaventura Mendes Pereira, por exemplo, não terminem aí. Há tempos venho batendo nesta tecla: a Andradas é uma das mais bonitas da cidade, mas há tempos virou território de mendigos e travestis, sem que ninguém fizesse rigorosamente nada para salvá-la. Tomara que seja agora.
Terceiro
Podem dizer que é dor de cotovelo de palmeirense que não ganha nada. Eu entendo perfeitamente. Mas depois do gol que marcou na Bombonera, quarta-feira, a grande imprensa começar a falar em Romarinho para a Copa de 2014 parece, digamos assim, provocação.

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