"Parabéns Ana, por tão lúcidas reflexões. Obrigado pelo velado
romantismo." Assinado por Carpe Diem.
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Nós, da Equipe Wolff, especializamos em percepção de futuro. Um dia
recebemos este email, com mensagem clara: “Veja o presente. O aqui-agora, lhe
diz o que?”
Então fui pesquisar - o que significa este Carpe Diem? É uma frase em
latim, do poeta Horácio. Traduz assim: Colha o dia, aproveite o momento (Horácio,
65 - 8 A.C) e ainda: “Solicita que se evite gastar o tempo com as coisas inúteis”
(ODE I - II - 8).
Esses conceitos vêm do sistema filosófico Epicurismo - literalmente - “colhe
o presente e sê menos confiante no futuro”.
Diante desse recado, resolvi largar todo o plano das idéias, fantasias,
e passei um longo tempo agindo nos setores burocráticos da vida, que exigem
tudo com o compromisso de prazo, etc. Terminado este período, volto neste início
de ano, ao tempo de rever, sonhar, e planejar o futuro. Quero agradecer ao
amigo internauta que me mandou o recado. E lhe dizer que um escritor ama seu público
leitor. O melhor presente ao escritor é ser reconhecido pelo valor de sua
palavra.//MW
Agora é minha vez de reconhecer o talento também de um jornalista. Veja
a página que ele escreveu a seguir.
O que temos a comentar? Jornalista tem que cuidar de seu campo
emocional. Alerta! Emoções sombrias conduzem a um mau destino. Por isto cuide das emoções para que você tenha o melhor destino possível.//RW
A última coluna de Sidney Mazzoni, editor
chefe do Grupo JJ, publicada no Jornal de Jundiaí no dia 1 de julho de 2012:
Mazzoni:
Quando um filme se passa pela sua cabeça
Sempre achei meio piegas a frase olha, um
filme se passou pela minha cabeça naquela hora, dita pelo amigo que se
aproximava taciturno para contar que tinha vivido uma situação de risco e
escapado ileso - ou quase. Pois a frase não só é boa. É emblemática. O filme
pode ser de longa metragem e vai acompanhar você por toda a vida. E se é que se
pode tirar algum proveito de uma situação de risco, é a hora de você rever o
seu caminho, começar a dar valor a coisas simples, a sorver cada segundo de
vida que Deus lhe deu com tarifa zero.
Agora é sua vez de me chamar de piegas.
Juro que não me incomodo. Mas nos dias de hoje, viver virou uma perigosa
aventura. A desgraça, ou o fim, encare como quiser, pode estar atrás da próxima
árvore, no próximo semáforo, no rapaz de cabeça baixa com quem vamos cruzar
depois do anoitecer. Um átimo de tempo e tudo pode mudar. Posso dizer que tenho
saudades dos tempos de uma Jundiaí onde se podia andar à noite com
tranquilidade, a pé, mastigando um sanduba de calabresa do Bar do Lula ou dar
uns malhos na namorada no estacionamento da Praça dos Andradas - ou no do
Parque da Uva, caso você tivesse, digamos, a chance de conseguir algo mais
dentro do Fusquinha. Aí era voltar para casa sossegado. Mas isso, hoje, é
saudosismo, é chover no molhado. Estes tempos, infelizmente, não vão voltar.
Nosso coração só baterá menos quando o trinco da porta se fechar ou o filho
entrar pela porta da garagem são e salvo. É assim que funciona. É martírio
para todos os dias. Jundiaí, assim como outras cidades emergentes
do País, amedronta, espanta, machuca, muitas
vezes até mata. O flagelo do crack só veio completar o serviço.
Não bastassem os novos e péssimos
hábitos, as pessoas, também,
em sua maioria, empobreceram a alma, aviltaram o comportamento, não medem mais consequências
- principalmente quando estão atrás
de um volante. Não importa se estão saindo da missa das seis ou do boteco que fecha às onze: a inconsequência,
o desprezo pelo que pode acontecer é
o mesmo, é latente. E isso me deixa assustado.
Para os que estão deste lado da linha maldita em que se divide hoje a nossa
sociedade, resta rezar, olhar para os lados, para a frente - de preferência duas vezes. Se mesmo assim o pior acontecer, mas você tiver a chance de escapar para rever o filme de sua vida,
o faça. Quando as cortinas se fecharem e
você estiver com um sorriso nos lábios ou aquela emoção
gostosa do dever cumprido, você se sentirá uma pessoa de sorte. Mas sorte mesmo você terá quando, ao fazer o mesmo, perceber que
ainda dá tempo para mudar. Aí, mude mesmo, pra valer. O próximo semáforo vem
logo à frente e a sua sorte pode não ser a mesma. Eu avisei... - Até cartaz de
papelão barato recebi quando escrevi nestas Letras que estimular o ciclismo
como meio de transporte em uma megalópole como São Paulo é idiotice. Pois bem:
nesta semana a Secretaria da Saúde paulistana divulgou pesquisa mostrando que 9
ciclistas são internados diariamente, vítimas de atropelamentos. Destes 9, em média,
um vai a óbito. Para reforçar, enquanto não se criarem ciclovias decentes,
policiadas e demarcadas - e nossos motoristas não forem minimamente civilizados
- ciclismo só serve para lazer e melhorar o fôlego. E ponto.
Depois de
muita fumaça os tucanos se entenderam e vão de Luiz Fernando Machado para
prefeito e José Antonio Parimoschi para vice - e levando como cacife político o
prestígio de Miguel Haddad, que preferiu se afastar da disputa. Haja o que
houver, uma dupla jovem liderando um partido cuja bandeira, após Parimoschi
assumir a presidência da agremiação, foi a de se modernizar.
Tomara que
as melhorias já iniciadas na Praça dos Andradas, com alargamento do cruzamento
do final da Anchieta com a Boaventura Mendes Pereira, por exemplo, não terminem
aí. Há tempos venho batendo nesta tecla: a Andradas é uma das mais bonitas da
cidade, mas há tempos virou território de mendigos e travestis, sem que ninguém
fizesse rigorosamente nada para salvá-la. Tomara que seja agora.
Terceiro
Podem dizer
que é dor de cotovelo de palmeirense que não ganha nada. Eu entendo
perfeitamente. Mas depois do gol que marcou na Bombonera, quarta-feira, a
grande imprensa começar a falar em Romarinho para a Copa de 2014 parece,
digamos assim, provocação.
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