Texto: Equipe Wolff
Conversa de Mãe
Nossa “Conversa de Mãe” hoje tem como assunto este sentimento insidioso e inesperado que é o ciúme.
Porque a gente de repente sente-se tomado desta onda de calor que percorre
nosso ser, enche nossos olhos de angústia e desce sobre a nossa face uma
palidez fria? É aquela sensação de frustração - nossa avaliação sobre nós é tão
desmerecedora - e surge alguém, qualquer alguém, com o estranho poder de captar
a atenção de quem amamos. Então se temos algum direito sobre a pessoa que
amamos, ficamos furiosos, como tomados por maus fluidos - e se pudéssemos, usaríamos
força - ou qualquer coisa assim que tirasse de nós essa dor insuportável, essa
raiva explosiva, essa angústia indefinida. Em nome do amor, violamos quem nos
ama, porque nos sentimos violados na nossa confiança. Exigimos o que calculamos
que já perdemos. E porque alguém deixa de nos amar de repente? Porque este alguém
a quem nos dedicamos subitamente se atrai por outra pessoa? Sexo - e seu apelo
inadiável, ou que despertar estranho é esse do ser amado por outro, e que nos
torna tão cheios de força furiosa e tão fracos e insípidos por nossa significação?
A gente pensa que alguém mais privilegiado, mais moço, mais fogoso, ou mais
culto ou mais bonito que nos levou de nós a afeição do ser que tanto queríamos
- de uma forma fugidia ou definitiva. Então nossa rebeldia motivada pelo medo
deixa um sabor de coisa azeda, machucando a convivência, tornando tudo triste e
sem estímulo para a gente continuar vivendo. Existem verdadeiros dramas por
causa deste sentimento mal compreendido.
E quando este ciúme é infundado?
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