terça-feira, 2 de julho de 2013

Equipe Wolff - Jornalista Reinaldo Wolff entrevistando Engenheiro Jander da Silva Melo

Projeto Expansão AFI 2013 - "Você é muito importante para nós!" (C) Equipe Wolff entrevista importante empresário do ramo da construção.

Reinaldo Wolff: É um prazer estar em sua companhia! Sr. Jander, como descobriu a sua vocação?
Jander Melo: Desde criança eu sempre tendia para o lado da mecânica. Desde as minhas brincadeiras infantis, que eram mecânicas. E eu cheguei à conclusão de que engenharia seria a minha carreira.

Reinaldo Wolff: O senhor é engenheiro mecânico, é isso?
Jander Melo: Isso. Eu sou engenheiro mecânico.

Reinaldo Wolff: E civil também?
Jander Melo: Não sou engenheiro civil. Faço aula civil. Engenheiro civil é o meu irmão, que é o responsável técnico, pela empresa.

Reinaldo Wolff: O senhor constrói naquele sistema “Built for suit”?
Jander Melo: Sim, sob encomenda.

Reinaldo Wolff: O que levou o senhor a optar por este ramo de atividades?
Jander Melo: Na verdade eu optei para Engenharia Naval, sendo estagiário do estaleiro... E fui estagiário no 2º ano já de engenharia, e me identifiquei muito com o ramo naval. E dediquei minha vida ao ramo naval!

Reinaldo Wolff: O senhor faz engenharia offshore?
Jander Melo: Não. Eu fiz mecânica. E na área naval tem muito mais mecânico do que naval, mesmo. E durante essa trajetória, eu fui vendo. Adquirindo coisas na área estrutural, e sempre trabalhei com reparo naval! E o Estaleiro Mauá acabou como o Departamento de Reparo Naval, eu fui trabalhar na antiga Costeira. E depois fui pra Ilha do Mocanguê, trabalhei 8 anos lá dentro da Marinha, mas numa empresa particular lá fazendo reparo naval.

Reinaldo Wolff: Mas foi sempre motivador esse trabalho para o senhor?
Jander Melo: Ah! Sempre gostei muito! Aí infelizmente veio a era da quebradeira das empresas de cabotagem na área naval. Aí a empresa continuou fazendo estruturas metálicas - pontes, viadutos, galpões - sempre voltado para a área de estrutura. E também na área industrial. Até que um dia eu tive um desafio aqui no Teatro Municipal de Niterói, eles estavam com problema com empreiteiro, aí mudou totalmente o ramo, apesar de hoje ainda fazermos reparo naval, voltamos para a área de mecânica cênica e construção civil. E nesse momento, começamos a nos especializar em engenharia cênica. Na área cenotecnia, com implantação de palco. É toda a parte de acionamento de cenários. Movimentação de palco. E hoje, 90% da nossa empresa, o faturamento é voltado para essa área cultural, e área de teatro.

Reinaldo Wolff: Muito interessante! Então o senhor deve conhecer pessoas do ramo de rádio, televisão e cinema?
Jander Melo: Eu conheço pela mídia, não é? Porque eu não lido com essas pessoas. Eu construo. Eu não trabalho em teatro.

Reinaldo Wolff: O senhor se sente realizado?
Jander Melo: Ah, muito! Eu faço muito o que eu gosto.

Reinaldo Wolff: O que é o sucesso para o senhor?
Jander Melo: Primeiro é fazer o que você gosta. Isso supera tudo. Então o sucesso é fazer o que gosta e ser bem sucedido.

Reinaldo Wolff: E que planos tem para o futuro?
Jander Melo: Olha, apesar dos meus 60 anos...

Reinaldo Wolff: Ainda está jovem!
Jander Melo: ... eu vejo o futuro com esperança. Com toda a esperança!

Reinaldo Wolff: Em São Paulo, os grandes empresários estão na faixa dos 80 anos. Então ainda tem muito tempo até chegar lá!
Jander Melo: Ah, com certeza!

Reinaldo Wolff: Fatos pitorescos da sua vida - pode contar algum? Como fez para chegar à faculdade... Como foi o desenvolvimento de toda a trajetória de sua vida... Como foi isso?
Jander Melo: Eu nasci no interior, no distrito de Itaocara, chamado Portela, que é o 3º distrito do município de Itaocara.

Reinaldo Wolff: Família Carvalho é de lá, não é?
Jander Melo: Família Melo!

Reinaldo Wolff: Mas tem os Carvalho...
Jander Melo: Carvalho é a minha mulher.

Reinaldo Wolff: Eu conheço o Sr. Jonas Carvalho, que é nosso entrevistado. É de Itaocara. E são nossos amigos...
Jander Melo: Sim, sim. Mas Carvalho é o sobrenome da minha mulher Margarida. Eu fui criado lá, fiz o primário. E filho de uma família de classe média baixa, como a grande maioria. Fiz de tudo. Já vendi, sem ter necessidade, mas vendi laranja em feira, engraxei sapato, fazia gaiolas para passarinho - hoje eu sou até contra isso! - e no período do meu 2º grau, eu passei a fazer fotografia. Então fiz minha faculdade, e o que ajudou a custear foi a fotografia.

Reinaldo Wolff: Casamentos?
Jander Melo: Casamentos, formaturas... Até eu entrar realmente no ramo, e quando eu comecei a estagiar, começou a faltar tempo! Aí eu só fazia aos finais de semana, porque eu ia lá em cima... Aí desisti da fotografia e abracei a engenharia.

Reinaldo Wolff: Dizem que quando as coisas vêm muito fácil, a pessoa nem sempre dá valor aquilo tudo que fez. Mas quando fez um grande esforço e desse esforço foi coroado de resultados de sucesso, dá-se um grande valor a tudo que se conquistou...
Jander Melo: Ah! Com certeza!

Reinaldo Wolff: É realmente incrível o senhor ter feito tudo isso. Minha vida também não foi diferente... Trabalhei em vendas de 6 para 7 anos de idade. Sempre com assuntos honestos, mas sempre trabalhando. Meu pai vendia Enciclopédia Britânica, e eu trabalhando paralelo. Porque não queria ficar em casa. Então eu dou valor às pessoas que trabalham. E esta entrevista é para, exatamente, mostrar às pessoas como elas fizeram para ser bem-sucedidas, e para que outras pessoas também o façam. E que sejam bem-sucedidas. E tenham na pessoa do entrevistado, um motivo de exemplo. “Olha o senhor fez, eu vou fazer e vou acreditar. Vai dar certo!” - então essa é a nossa intenção.
Jander Melo: É. Sem trabalho nada se consegue.

Reinaldo Wolff: Ok. Mas você tem algum fato que tenha marcado muito a sua vida, na infância, na adolescência ou na faculdade?
Jander Melo: Eu tive uma vida normal, uma vida comum, uma vida simples.

Reinaldo Wolff: Em casamento, alguma atitude que chamou atenção? Atitude do noivo ou da noiva?
Jander Melo: Não. Eu acho que, uma vida normal. Eu não sou muito bom, não é? Porque, apesar de eu ter me casado aos 33, um pouco além do que a maioria se casa, ela botou um freio nas minhas saídas de solteiro.

Reinaldo Wolff: O casamento é muito importante, não é?
Jander Melo: Muito importante! A família é importante!

Reinaldo Wolff: Muito importante, sim! Agora, o que é preciso fazer para melhorar cada dia mais o dia a dia de um ser humano, na sua opinião? O que acha necessário fazer para melhorar mais ainda sua vida?
Jander Melo: Para melhorar a vida, primeiro, a pessoa tem que ter muita perseverança. Muita vontade de “querer”! e ter o objetivo bem claro aonde se pretende atingir. Tendo isso acho que tudo vai dar certo.

Reinaldo Wolff: Como espera mudar o que não está, ainda, certo? Tem coisas na vida de uma pessoa que nem sempre estão certas, não é?
Jander Melo: É. O que não está muito certo é... Aí entra em área política. Não sou político.

Reinaldo Wolff: Mas é isso que está havendo no país, não é?
Jander Melo: Eu acho que o brasileiro merece o que está se passando, mas hoje o povo está na rua gritando, não é? E não são partidários! Não há partido. São pessoas de nível.

Reinaldo Wolff: Apartidários...
Jander Melo: É... Infelizmente o Governo conseguiu comprar votos legalmente com essa Bolsa Família, e Bolsa Copa e não sei o que lá... Quer dizer, o Governo está dando peixe e não está ensinando a pescar. E deveria estar ensinando a pescar!

Reinaldo Wolff: Eu, na minha opinião, penso que uma grande parte disso é que os jovens da atualidade, foram as crianças que não poderiam fazer nada. Porque, eu quando criança, trabalhei. Um trabalho que não escravize, está certo. Porque dá-se valor aquilo que está fazendo. Mas um trabalho escravizante que só ganha para comer e não consegue nunca, jamais, mudar aquela realidade, o Governo tem razão. Mas no aspecto de que deve-se trabalhar, ora, os jovens não trabalham e hoje acham que é obrigação dos pais. Portanto, a cobrança é dos pais e a cobrança é do governo. O trabalho é a mola-mestre da vida (conforme disse Ana Maria Wolff em seu livro). É fundamental que haja trabalho desde cedo. Como o senhor iniciou cedo, eu também iniciei. Então isso é muito importante, você não acha?
Jander Melo: Claro que sim!

Reinaldo Wolff: E o você não acha que poderiam mudar um pouco este aspecto?
Jander Melo: Sim, eu acho que, principalmente na educação, cursos profissionalizantes têm que ser mais difundidos. E principalmente pegar essa classe mais desprivilegiada, e colocar educação nessa turma porque o povo que não tem cultura, não sabe como votar... E acho que não há um interesse muito grande do governo e nunca houve interesse que essas pessoas sejam cultas o suficiente para ver o que quer e aonde mirar o objetivo...

Reinaldo Wolff: Isso lembra uma passagem bíblica em que diz - “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Ou seja, conhecereis a Luz! A Luz é a libertação. Eu sei que a entrevista é do senhor, mas que a gente tem algumas opiniões também, não é?
Jander Melo: É claro! Temos que interagir!

Reinaldo Wolff: Sim, e o que eu digo é apenas o seguinte - as pessoas deveriam ter um lado profissionalizante, sim. Mas, pessoas como o senhor que tiveram um esforço desde criança, para mudarem a realidade, eu acredito que possa não só ter mudado a sua realidade, mas de toda a sua família! Não é verdade?
Jander Melo: Com certeza! Eu tive o privilégio de ter 3 filhas, e duas formadas - a terceira a caminho. Pude pagar boas escolas, pude pagar universidade... E pude dar o que muitos outros não puderam!

Engenheiro Jander Melo e a filha Laís, Bacharel em Direito
e também atuante na empresa do pai

Reinaldo Wolff: Mas isso, graças ao esforço!
Jander Melo: Sim, claro! Graças ao esforço...

Reinaldo Wolff: E houve um conceito religioso junto a esse esforço?
Jander Melo: Ah, sim! Sempre tem, não é? Se você não tem fé em Deus, nada é possível!

Reinaldo Wolff: Agora, você tem alguma dica para os nossos leitores?
Jander Melo: Muita luta! Muito trabalho! E sempre um foco! Como Lair Ribeiro dizia - “Mire na Lua, se você errar, você vai estar entre as estrelas!”. Então... Essa é uma frase do Lair Ribeiro que eu adotei. E eu acho que tem que sempre “atirar” na meta mais alta possível.

Reinaldo Wolff: Então, a mensagem está dada e espero que os nossos leitores aproveitem esta entrevista como um motivo de exemplo. Exemplo de vida, de pai de família, que soube dar amor às filhas, fazer um lindo consultório odontológico para sua filha. E agradecemos muito a sua entrevista! A Equipe Wolff e AFI agradecem a sua entrevista!

Jander Melo: Obrigado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário