domingo, 16 de junho de 2013

Professor Leão em entrevista exclusiva à Equipe Wolff

Projeto Expansão AFI 2013 “Você É Muito Importante Para Nós” © Equipe Wolff

*Observação do entrevistado: Esta entrevista não há cunho com quaisquer governo. É de ordem e pensamento pessoal, não avaliação de gestão.

Parte 1

Reinaldo Wolff: Estamos entrevistando o Professor Leão. Qual o seu prenome, Professor?
José Leão Menezes Filho.

Reinaldo Wolff: O senhor é o diretor da Secretaria de Educação?
Professor Leão: É. Eu trabalho, sou professor da Rede Municipal Itaboraí. E atualmente eu estou aqui, como frente de gabinete, para ajudar a professora Susilane.

Reinaldo Wolff: Certo. Então, Professor Leão, como convive com a rotina e as constantes mudanças na atualidade em relação à Educação?
Professor Leão: Em termos de Educação, o Brasil requer bastante mudanças. Eu acredito que com o advento da Nova Constituição da LDB, e novas proposições por parte do movimento de professores organizado pelo Sindicato dos Professores, e das novas gestões, a nova filosofia de gestão educacional. Nós temos galgado mudanças substanciais. E especificamente aqui na nossa cidade, nós temos uma gestão bastante aberta, participativa, e que deseja implementar projetos audaciosos como o horário integral, na educação, para que possamos ter, nesse eixo Rio-São Paulo, principalmente no RJ, uma educação inovadora, para que sirva de exemplo para outros municípios do Estado do Rio de Janeiro, inclusive a nossa região metropolitana. As mudanças são advindas, não de um programa de qualquer governo, mas uma proposta de gestão.

Reinaldo Wolff: E o que o senhor acredita que isso possa contribuir para melhorar?
Professor Leão: Para melhorar a educação, nós temos hoje diversos programas a nível nacional, a nível estadual, e a nível municipal. Eu acho que a Educação Brasileira, tem dado fôlego, tanto é que hoje, a gente poderia até dizer que estudar virou moda! Porque é difícil você encontrar uma criança, ou idoso, que não tenha qualquer vínculo com a educação. Seja a educação informal, ou até a educação formal. Por exemplo, no município de Itaboraí, cresceu muito a procura pela Educação de Jovens e Adultos. E cada vez mais a administração atual tem aquecido esse tipo de procura através de sua própria coordenação. Eu não acompanho o trabalho de perto, mas eu já tive a oportunidade de ir à algumas escolas à noite, onde realmente tem acontecido a Educação de Jovens e Adultos. Então são mudanças que não são só de retórica, ou no papel... Elas são na prática!

Reinaldo Wolff: Aquela sugestão que eu havia feito aos senhores, com o devido respeito, sobre Educação de Jovens e Adultos, foi bem aceita, não é professor?
Professor Leão: A Educação de Jovens e Adultos, no município, eu até fico bem “a cavalheiro” que nós fizemos há uns 10 anos atrás mais ou menos, um movimento no bairro do Apolo, em torno da primeira escola, Antônio Alves Viana, a ter Educação de Jovens e Adultos. Na época, essa modalidade de ensino, não era contemplada financeiramente pelo FUNDEF, que era na época. Então era um investimento extra, que seria feito na educação municipal. E, na época, o Prefeito Cosme Sales, ele não mediu esforços para que isso acontecesse. E aconteceu! Daí, então, na Educação de Jovens e Adultos, que é do primeiro segmento, em parte noturna, passou a ser contemplada pelo FUNDEB. E, nesse sentido, a gestão municipal de Educação, ficou mais confortável para ampliar essa oferta. Então, na época, o senhor até já falava, sobre a Educação de Jovens e Adultos.

Reinaldo Wolff: Nós moramos aqui há 16 anos.
Professor Leão: É. Nós nos conhecemos mais ou menos nessa época. O senhor sempre falava sobre isso. A gente conversava sempre. Isso aconteceu.

Reinaldo Wolff: O importante é que a ideia foi aceita e deu certo.
Professor Leão: E hoje, nós temos uma oferta maior, em grandes escolas. A Secretaria de Educação tem uma coordenação específica para essa modalidade de ensino. Isso mostra a boa vontade da atual Secretária de Educação, a boa vontade do Prefeito. E eu estou numa parte muito mais burocrática, e não muito pedagógica, e eu vejo que a vontade de realizar e ampliar esse tipo de modalidade, pela atual gestão, é maior ainda. Então, há uma vontade de trabalhar. Há uma vontade de realizar.

Reinaldo Wolff: Agora, quais são os obstáculos ainda a serem ultrapassados?
Professor Leão: Eu vou usar até um “jargão”, dito pela minha saudosa mãe, “Se não houver obstáculo, então não há motivo”. Então nós temos hoje uma categoria de professores, de sala de aula, os professores extraclasse, e os professores também que são lotados na Secretaria de Educação. A própria Secretária que é oriunda de sala de aula, foi diretora de escola, ela tem uma base de conhecimento. Então, as dificuldades, segundo a nossa Secretária, é para que nós olhemos para os olhos do problema, e resolvamos. É essa a nossa filosofia.

Reinaldo Wolff: Mas para isso é necessário uma boa equipe.
Professor Leão: Mas temos, hoje, uma equipe bem entrosada, bem parceira, bem fechada, bem homogênea, para trabalhar. Como diz o Prefeito, “Trabalhar para a população!”.

Reinaldo Wolff: Na sua opinião, o que é preciso para a equipe dar certo?
Professor Leão: Para a equipe dar certo, é realmente “tocar essa música que estamos tocando”. Que é trabalhar para a população. Se está no público, e não trabalha para o público, então fica difícil. Para dar certo, é o que estamos fazendo. Nós estamos na gestão pública para aprimorar, cristalizar, e criar uma relação diáfana, transparente, na gestão pública municipal, em torno da Educação.

Reinaldo Wolff: Professor Leão, o que foi mais marcante em sua trajetória? De vida, e de trabalho.
Professor Leão: Eu sou professor de sala de aula, entendeu? Inclusive estou até com saudade. Estou me sentindo até um quanto enferrujado. Não enferrujado de pensar. Mas enferrujado de ficar na burocracia. É o trabalho que eu gosto. Até porque, formar, jogar ideias pra frente... Eu acho que o conhecimento, ele só se configura em conhecimento, quando você passa pra frente. O que fica com você, não deve ser só conhecimento. Deve ser qualquer coisa, menos o conhecimento. Porque o conhecimento ele tem que ser transferido. Ele tem que ser repassado, tem que ser democratizado. O conhecimento não foi feito, ele está solto por aí. Ele está em nossa volta, como a como a física, como a matemática, como as palavras... Elas estão soltas. Elas não têm proprietário. O proprietário é quem se apropria do conhecimento. Se apropriar, não é ser proprietário. Ele conseguir dominar aquele tipo de conhecimento. Ele domina aquele conhecimento que 2 + 2 são 4, e ele vai ensinar o próximo. Até que possamos ter uma sociedade sabedora dos seus direitos e deveres, através do conhecimento, das línguas, através da filosofia, da matemática. E por aí vai...

Reinaldo Wolff: Se bem que o Brasil precisa sempre lembrar que é necessário, e muito importante, valorizar os seus autores. Os principais professores, principais escritores. Autores de ideias que possam contribuir para melhorar a nossa sociedade. O senhor não acha?
Professor Leão: Acho. É. Inclusive, a escola hoje, ela trabalha muito na valorização do conhecimento. 

Continua...

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