RW: Se bem que há condições de adaptação, essa adaptação seria
exatamente a autoria, e essa autoria na minha opinião, os grandes valores do
Brasil, como professores, inventores, as ideias, precisam ser valorizadas para
não cair na máxima do comum, que seria todos dentro de uma máxima onde tudo é
comum, e há a necessidade também da valorização do ser humano do ser humano em
si, para que valores se sobressaiam, e realcem, e sirvam como exemplo, como
estereótipos para que aquele modelo seja tão diferente, mas seja útil, que seja
aproveitável, para que todos façam uma situação melhor, o senhor concorda
comigo?
Professor Leão: Eu sou uma pessoa que lê muito. Eu leio até bula
de remédio! Eu leio quaisquer coisas que passam pela minha mão. Se há letras,
eu leio. Agora, com relação à valorização, eu acho que é uma questão até de
discutir a questão curricular, entendeu? Por exemplo, alguns anos atrás nossas
escolas, os professores pediam que alguns lessem alguns livros. Agora, com o
advento da informática, fizeram com que houvesse a síntese do pensamento. Não
estou aqui desvalorizando a tecnologia, menosprezando, fazendo pouco caso...
Mas acho que há uma necessidade, também, de paralelo uso da informática... Eu
acho que além das tecnologias educacionais, fazer que a criança, o estudante,
pegue no livro! Pegue no autor. Vivencie! Vivencie o Machado de Assis. Vivencie
o Carlos Drummond de Andrade. Vivencie os autores nacionais para que ele conheça!
Para aprender a interpretar um mundo, entendeu? Porque, na realidade, a informática,
ela já está pronta! Ela é tecnologia... É uma forma também de conhecimento. Mas
é um conhecimento que é fechado. Fechado porque ele é técnico, é matemático,
ele é lógico. Eu acho que deve se deixar também, que a criança pegue no livro,
para ela espraiar o conhecimento que está embutido dentro dela.
Reinaldo Wolff: Professor Leão, a Equipe Wolff e a AFI agradecem
a sua entrevista!
Professor Leão: Ah! Obrigado!
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