Entrevista exclusiva de Ricardo Salles, Secretário de Transportes de Itaboraí ao jornalista Reinaldo Wolff

Princípio 7

Uma Kombi nova parou na esquina de casa. Desce uma pessoa importante do setor de trânsito da Prefeitura. Passando de carro com a janela aberta o jornalista Reinaldo pára no acostamento e o cumprimenta. O carro de gás passa ao lado naquela hora hora.

Reinaldo diz: É de cinco a dez vezes por dia, com som alto, cada empresa. Chega a ser uma lavagem cerebral o que fazem por aqui. E a seguir pergunta: O senhor pode me dizer se o Secretário de Transportes está aí? - Sim, e este é o telefone da Secretaria. O nome dele, Ricardo Salles. É junto da Secretaria de Obras. É isso.

Reinaldo diz: Estamos interessados em encontrar o secretário para uma entrevista sobre as questões do município, o que o senhor tem a dizer? - Ele: A guarda municipal aqui em Itaboraí, ainda é dividida. Existe a “guarda” e os “agentes de trânsito”. Duas coisas diferentes. Ambos da Prefeitura.

Reinaldo diz: o senhor sabe quem iniciou isso de guarda municipal? Foi o Jânio Quadros quando eleito em SP.

Aproxima-se uma pessoa e diz: E neste próximo governo aí, ouvi dizer, que vai ser a secretaria de Segurança Pública, aqui. O que eles querem mudar? Os agentes de trânsito e os guardas municipais. Porque está faltando agentes de trânsito. Às vezes um agente vem pra cá porque nesta rua não pode ser para caminhões trafegar. Mas às vezes na via principal está sem agente. Porque? Não abriu concurso para agente de trânsito.

Diz Reinaldo: veja, essa entrada aqui já precisa muito de um contorno, está muito perigoso. Ele diz: o trânsito hoje não dá para retirar agentes da Av. 22 de Maio, esta é que é a realidade.

Diz Reinaldo: queremos entrevistar o Secretário de Transportes. A nossa meta é contribuir, dialogar, divulgar as iniciativas, através desta mídia de internet.

O outro comenta: Itaboraí tem um grande problema. Como é um lugar considerado ainda interior, pequeno, todo o evento que se faz, não sei se o senhor acompanhou ali em Venda das Pedras, o Encontro de Motociclistas neste final de semana - sexta, sábado, domingo. Aí nós trabalhamos em três escalas, de 8 às 16 - de 16 às 24 - de 24 às 8! E a via principal fechada! E não tem uma via compatível paralela para desafogar o fluxo do trânsito.

O Reinaldo pergunta: Não estaria na hora de planejar um anel rodoviário em volta da cidade? Ou estradas novas?

O homem responde: isso é pra se ver... Antes disso, o prefeito novo, que entrar, tem que elaborar um espaço para festividades.

Diz o jornalista: foi muito bom conversar com os senhores. Um dos diretores da Associação AFI é da Inter TV de Friburgo, nós estamos morando aqui há 15 anos. Mas já moramos também em Friburgo.

Ele disse: gostamos muito de Friburgo! É muito terrível o que aconteceu por lá com as enchentes.

Reinaldo diz: pelo menos o que tem de abençoado aqui é o clima.

Ele: É. Coisas terríveis aconteceram por todos os lados de calamidades que aqui não acontecem.

Jornalista Reinaldo: Nosso amigo, que é um franciscano, é o Presidente da Associação. Um camarada assim, o senhor nem entende porque certas pessoas tão boas, às vezes passam por tantos revezes. Ele é uma alma boa. Um franciscano. É puro. A gente não vê mais no mundo tantas pessoas assim.

Ele: é bom saber que há boas pessoas no mundo.

Reinaldo: o veículo de divulgação é simples. Mas é uma associação de jornalistas. É onde o jornalista vai ler.

Chegando no centro da cidade perguntamos a um agente de trânsito, quais as dificuldades que ele vê. Ele disse: “São diversas coisas. Mas o principal é ter mais sinalização”. Diz o Jornalista: Vejo que o senhor está muito elegante. Boné branco bordado, camisa também branca com bordado das identificações, parece uma farda do tipo Marinha. Ele diz: “São sete anos - agora que recebemos uniformes novos. Tudo está muito bom”.

Entrevista Exclusiva Secretário de Transportes - Ricardo Luís de Salles Souza

Reinaldo Wolff: Apresentamos o Projeto Expansão AFI 2012: “Você é muito importante para nós ©”.

Ricardo Salles: É um projeto?

Reinaldo Wolff: É sim. Estamos colocando pessoas destacadas nesta mídia de jornalistas. E de presente para o senhor um exemplar desta página: Creio em mim, porque Creio em Deus © Ana Maria Wolff. E aqui o seu “autorizo minha entrevista com foco na iniciativa” - Qual a iniciativa que o senhor acha importante dar foco nesta entrevista?

Ricardo Salles: Seria a minha área “mobilidade urbana”.

Reinaldo Wolff: Que conselho o senhor gostaria de passar aos leitores? Qual o conselho o senhor quer transmitir?

Ricardo Salles: Cidadania.

Reinaldo Wolff: Qual a diferença entre o modelo “guarda municipal” e “agente de trânsito” na vida prática? 

Ricardo Salles: Guarda Municipal guarda só o Patrimônio da Prefeitura. Agente de trânsito, é educação do trânsito e fiscalização. Diferente de outras prefeituras que a guarda atua junto da fiscalização. Independente disso, dessa junção das duas equipes, o Guarda Municipal poderia totalizar a guarda do trânsito.

Reinaldo Wolff: E se unirem os dois tipos? Há esse planejamento? De que maneira?

Ricardo Salles: Hoje há um pensamento para isto. Não é ainda um planejamento. Porque? A gente tem uma equipe pequena atuando no trânsito. Acho que tenha uma equipe, talvez ociosa cuidando da parte patrimonial e que é guarda ostensiva e que acaba não atuando muito. Então não tem a força de polícia realmente. Então a ideia é estar futuramente unindo essas forças e dando treinamento pro guarda municipal realmente pra juntar. Teria que ter um staff completo.

Reinaldo Wolff: O que está propício mudar? O que será, a seguir?

Ricardo Salles: Tem que fazer campanhas nas escolas. Campanhas educativas. Para as crianças levarem para os pais. Fazer o conceito de cidadania desde pequeno. E isso não muda da noite pro dia. Tem que respeitar as questões de trânsito. Atravessar na faixa de pedestre, respeitar a sinalização do semáforo.

Reinaldo Wolff: Tem algum plano de curso para os fiscais?

Ricardo Salles: Estamos tentando trazer alguns cursos, de treinamento para os agentes de trânsito. Queremos fazer agora treinamentos, cursos. Hoje o volume de trânsito aumentou muito. E mudou o foco total por causa da informática. O que aumentou, de 2007 pra cá, por exemplo, é quase 800% no volume de trânsito.

Reinaldo Wolff: Vai haver concurso para novos agentes de trânsito? Ou novos cargos no setor? De que depende essa possibilidade?

Ricardo Salles: O problema do concurso - o último concurso que fizemos, conseguimos cerca de 3 agentes e 2 fiscais de trânsito. Por isso que estamos pensando em fazer esta fusão com a guarda. Para que? Para ter uma equipe maior!

Reinaldo Wolff: O que será feito em termos de segurança, para melhorar o trânsito?

Ricardo Salles: Em termos de infra-estrutura, vai iniciar agora a reforma. Vamos colocar todo este asfalto. Criar novos retornos. Sinalização semafórica, ela será muito melhorada. Vai dar uma segurança melhor. As questões... Do trânsito, a gente não consegue resolver ainda. Porque? Itaboraí vai ter que ter outras vias de acessos de entradas e saídas.

Reinaldo Wolff: O que está sendo pensado para que eventos não tragam confusões nas avenidas principais?

Ricardo Salles: Por mim eu não aprovo mais. A gente já tem que projetar “uma outra cidade” para Itaboraí. Ela tem que se expandir para outro lado.

Reinaldo Wolff: Já está em estudo um novo anel rodoviário no entorno da cidade? Estradas novas?

Ricardo Salles: Isto seria melhor ainda. Hoje a gente ainda vai ter que ter reforço. Devido ao custo de uma obra. Se você terceirizar todo o esforço municipal - de reformar a Av. 22 de maio toda - custaria 70 milhões de reais. Então as obras da avenida estão sendo feitas também com o recurso do Estado. Aqui produzimos as placas. É um custo a menos. Mas não estou me referindo a um custo de placas. Estou falando referente às reformas mesmo. E também à mudança dos retornos. Este retorno da avenida para o Fórum do Trabalho está muito perigoso. //

O Secretário de Transportes nos recebeu em seu gabinete com boa vontade e educação. Conversou minuciosamente sobre toda a situação do município em relação à sua especialidade. Mas o município está em obras. A Secretaria de Obras é ao lado. O ar condicionado estava ligado. Tudo isto reunido significa um barulho na gravação. Pra quem veio de SP e está acostumado com o barulho, a gente nem percebe na hora. Tanto é que fizemos toda a entrevista normalmente. Só chegando no nosso escritório que percebemos que zoeira no ambiente, não agrada a equipamentos digitais não exatamente especializados.

Então vamos relembrar a nossa conversa.

O Secretário nos conta que o modelo que fizeram aqui - o modelo de atuação de Prefeitura, fizeram deste, modelo para outras prefeituras. E estão fazendo o mesmo sistema que fizeram aqui de guarda da cidade. Guarda tem uma composição de uniforme, que só isto dá conceito de moralidade, de situação, e que a guarda, eles vão unir as duas partes - a guarda e agentes de trânsito e fazer uma única guarda.

Ele disse que foi funcionário de banco, era formado em Ciências Contábeis. Sempre fazendo cálculos para Prefeituras e para bancos. E depois fez Faculdade de Economia. Ele é contabilista e economista. E que nestas funções, ele vem a utilizar todo o sistema de cálculos.

Também falou uma coisa interessante, que aqui eles produzem as próprias placas de trânsito, que representa uma economia para o Município. Mas há coisas que eles querem fazer, como uma espécie de corredor viário. Não é um anel viário nem rodovia. Mas é um corredor interno viário. E outra coisa que ele disse: ele vai fazer uma das partes da estrada ter acesso até a COMPERJ, para que as pessoas vejam num turismo, na passagem, a própria COMPERJ. Que a própria COMPERJ seja razão de turismo no local. Esse é o acesso que vai ter, vai ser a descida de Friburgo. É que uma parte passe pelo COMPERJ. Isso que ele planejou fazer. Sugeri também a ele: “porque não fazer aqui, feito Anhembi (SP)? Aí ele disse: “Feito Anhembi, não. Isso é um modelo São Paulo. Mas feito em molde carioca, é interessante ser feito aqui”.

Quanto a eventos na rua, ele nunca mais vai querer permitir que se faça estes tipos de eventos assim. Porque atrapalha demais, é uma sobrecarga, até as altas horas, dos funcionários. É anti-produtivo essas festas na rua. Além do risco de trânsito que está agora, atualmente. Ele mesmo considera que o trânsito está extremamente perigoso em Itaboraí, ele acha que ninguém deve desviar ali onde é o Tribunal do Trabalho. Ele acha que deve ir adiante para evitar acidentes. Porque as conduções que passam do lado não estão respeitando o ritmo de velocidade, e que em vários locais estão precisando de semáforos.

E outra coisa, ele cassou 200 autonomias de taxistas. Ele vai abrir uma licitação pública para taxi. Só vai ter o direito, quem for efetivamente taxista. E quanto ao Aeroporto, não será como o do Rio de Janeiro, é um tipo escala bem menor do que o do Rio de Janeiro. É possível que se faça, é uma conjuntura possível. É uma conjectura ainda.

No final ele disse que lembrava de Ana Maria Wolff.

Sei exatamente quem é sua mãe. Ela, uma pessoa muito conhecida em SP. //

Lendo no Balanço Social e Ambiental da Petrobrás, descobri que a empresa criou sua Política de Responsabilidade Social. Muito interessante - são princípios. Como por exemplo o “princípio 7”: as empresas devem adotar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais”. Não é o caso de a empresa ser parceira na abertura de novas estradas? Com isso contemplar seu próprio empreendimento, com melhores vias de acesso? Em resumo: beneficiar-se de moderna rede de escoamento dos seus produtos... Porque não mirar no exemplo de Dubai - e favorecer plenamente a região que é o berço de seu maior empreendimento?

Não basta preocupar-se apenas com a mudança climática global, devido ao “ciclo de vida de combustíveis fósseis”...

Façam-se plenos benefícios para esta região. Novas estradas. Hospital de primeiríssima qualidade. São aparatos indispensáveis ao combate de contingências, de emergências no Rio de Janeiro. //

Obras de revitalização em Itaboraí

Desde o Bairro Joaquim de Oliveira, em frente ao clube Vera Gol, obras de revitalização da Av. 22 de maio, estão sendo realizadas com terraplanagem nas vias paralelas ainda não pavimentadas. Com o objetivo de dar cara nova à avenida principal da cidade.

Mais de mil manilhas farão a drenagem nesta região com o objetivo também de calçadas, canteiro central, iluminação, sinalização e retornos.

Recentemente, foi organizado um estudo sobre a implantação de um aeroporto regional e de cargas. Porque já existe um estudo para atualizar o plano aeroviário do Estado do Rio de Janeiro. E incluir neste plano os projetos de modernizar aeroportos e heliportos. No plano da Prefeitura, o geocentro é Itambi - o 3º distrito de Itaboraí . Local ideal para escoar a produção do COMPERJ. Pois a demanda superará a capacidade do aeroporto de Cabo Frio. Em 12.4.12 o Ministro da Secretaria Nacional de Aviação Civil declara que o governo federal pretende expandir, de 130 para 200 aeroportos regionais no Brasil. Tudo converge para que o aeroporto de Itambi, breve seja uma realidade.

Detalhe:

Uma novidade que agradou em cheio foi a lei 2098 de 2009, do vereador Marcos Araújo, que trouxe a padronização dos taxis e uso de taxímetros.

Dando idéia de modernidade. //

Flagrante de COMPERJ na estrada para Cachoeiras de Macacu.

Por um triz o caminhão não tomba.

Observe o flagrante obtido por nossa equipe.

Foto de Arthur Wolff