quinta-feira, 2 de maio de 2013

TRANSFORMAÇÕES ECOLÓGICAS NA REGIÃO DOS LAGOS

A Região dos lagos é a microrregião do litoral brasileiro menos pluviosa, da costa da Paraíba ao Rio Grande do Sul. Na plataforma de Cabo Frio, um braço da corrente fria das Falklands ou Malvinas, vinda do Sul, encontra-se com um braço da corrente quente do Brasil, que vem do Norte.
Na área ocorre o fenômeno da Ressurgência, quando as águas frias profundas afloram, influenciando na piscosidade de seu litoral, por outro lado, a presença de um relevo de baixa altitude, não impede os ventos úmidos do oceano, de passar em direção à Serra do Mar, bem distante da Região dos Lagos.
A ocorrência, na noite de 20 de setembro, de tempestade e ventania violenta, não é comum na Região dos Lagos. Na área que engloba Búzios, Cabo Frio, Iguaba, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia e Araruama a pluviosidade é baixa. Em Maricá e Saquarema, nas Serras de Roncador e Mato Grosso, mais próximas da Serra do Mar e apresentando altitudes mais elevadas superiores a 500m e vegetação mais densa, há pluviosidade maior.
Obviamente, algumas transformações no meio ambiente estão ocorrendo. Sendo assim, há necessidade de profundos estudos de ecologia na área.
Iguaba é de grande interesse para os produtores de sal, produto que depende diretamente de muito sol, grande evaporação e ventos regulares e poucos rios predominantemente curtos e pouco cautelosos.
A região dos Lagos é atraente ao turismo, sua principal atividade econômica, internacionalmente conhecida e depende principalmente dos climas, mar e das lagunas, um conjunto ecológico de belas paisagens tropicais.Nas lagunas, devido às baixas profundidades de seus fundos lodosos e suas águas agradavelmente quentes.
Ao contrário as águas oceânicas apresentam-se frias. A vegetação é pobre, tipicamente de áreas de clima tropical semi-úmido, com pluviosidade em torno de 900mm. São cactáceas, bromeliáceas, gramíneas, arbustivas e algumas palmáceas. Trata-se de uma microrregião física que necessita de cuidados, conservacionismo, preservação vigiada do meio ambiente.

FONTE: Nilson Liguori Santa’Anna
Jornal: A TRIBUNA - 16 de Outubro de 2012


- Nilson Liguori Santa’Anna
Esse professor universitário escreveu um artigo no jornal A Tribuna, de Niterói, dizendo que Araruama é a região que menos chove desde a Paraíba até o Rio Grande do Sul. E existe uma razão que é inédita, é um dos poucos lugares do mundo, talvez um dos únicos: recebe a água gelada que vem da Antártica. Nessa região é onde ela leva essa água gelada até a superfície. Vêm da Antártica as algas, os micro-organismos da água fria – então eles se conservam vivos até chegar a Cabo Frio. É uma espécie de “Supervia”. E que nesse trecho levanta-se essa água até a superfície. É a região mais cheia de peixes que tem! Cabo Frio! E o nome já diz: porque é uma água fria que vem do Sul. Acontece que tem uma um fenômeno natural nessa região: a serra está longe, então os ventos que vêm do mar, percorrem uma extensa área até a direção da “Serra do Mar”. O vento vem da praia – e por causa dessa água fria e baixa altitude dessa região, encontra-se o vendo quente provindo da região das águas mais quentes, com os ventos que se formam em torno dessas águas mais frias, o afluxo desse vento faz soprar forte até a direção de montanha. Lá, chove. Mas em Araruama não chove! Então, além de dar muito peixe, ao lado é um lugar que produz muito sal! Uma outra localidade que tem características suis generis, alguma coisa diferente do normal é o Rio Grande do Norte que também é de produção de sal. Então as duas regiões – para produzir sal – precisa chover pouco! É salina na beira da lagoa. O que acontece? Em 20 de setembro do ano passado, houve um verdadeiro dilúvio em Araruama! Pela primeira vez que se houve falar: Araruama ficou alagada! Esse professor está admirado, alarmado de ver – que modificações aconteceram no ecossistema brasileiro para produzir um fato inédito – a região que menor chove ter uma “inundação”! Só que ele – como é um professor de assuntos de Natureza, ele fala tudo expositivo: aqui é assim, a planta é assim, o mar é assim, a serra é assim. Fica dando aquela “aula” bonita! Ele não se exalta, para o fato inédito que consterna, mas ele instiga – “É, precisa ser estudado, precisa ser observado!”. Ele disse que tem que haver novos estudos, afinal a turma que ele levou para estudar este assunto, foi em 1995. Embora, ainda exista, da UFF de Niterói, um trabalho de pesquisa climática em Araruama. Esse artigo eu achei interessante porque ele compara Araruama com Maricá. E o nosso entrevistado fala de Maricá, no âmbito da influência da COMPERJ.
Aqui o nosso enfoque é o clima. Regiões muito próximas e clima bem diversificado. Maricá chove mais, tem clima de montanha, até de frio – chega-se a acender uma lareira no inverno! Coisa que, em Itaboraí, não tem! Aqui é quente o ano inteiro, com raríssimas exceções. Mas ainda dá para sentir o vento do mar.
Outro fato estranho na Região dos Lagos, entre os municípios Casimiro de Abreu, Barra de São João e Macaé, forma-se uma espécie de triângulo onde há o maior número de ocorrências de fenômenos extra-sensoriais e extraterrestres.
O morro de São João é um vulcão extinto há milhões de anos. “Considerado um portal de passagem de OVNIs”, é o que pensa o pesquisador Rosevaldo Ribeiro em entrevista ao periódico da CCR. “A cratera, a 800m acima do nível do mar, sempre coberta por água, encobre a entrada de uma grande caverna, que se estende até a costa de Búzios”.
Em Cabo Frio, a Fenda de Nossa Senhora é pitoresca. Um paredão rochoso em frente ao mar sofre um súbito “corte”, que sugere: poderia bem ser um corte a raio laser, feito por uma nave espacial.
Logo à frente há o Portal do Atalaia, com apenas mil metros de extensão, é quase uma miragem: uma praia pequena, dunas de areia branca à beira mar, águas transparentes. Beleza incomparável. Tanto que já foi eleita pela Revista Quatro Rodas, “a praia mais perfeita do Brasil”.
A seguir, temos a Ilha do Farol, ainda com as ruínas do farol, construído por ordem de Dom Pedro II. Entre os maiores atrativos: é o “paraíso” dos mergulhadores. Há uma gruta, calcula-se de mais de 15 metros de profundidade, onde se vê exemplares que são verdadeiros milagres da vida marinha, devido ao fenômeno da Ressurgência.
A natureza nos demonstrando indícios da “ressurgência da crença nos fenômenos além da lógica” que nos levam “além da imaginação”.

Texto: Equipe Wolff / MW.
Editoração: Vitória Wolff. 

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