Estou no Centro do Rio de Janeiro. Ao chegar ao
estacionamento, percebo que sumiu a carteira. Não dá para negar - leva-se um
impacto. Pergunto a uma vendedora de doces, bem próximo da entrada: "Achou
uma carteira?" Ela responde: "Achei esta bíblia". (Estranho.
Será que tem uma mensagem neste fato?) Pergunto: "E o que a senhora esta
lendo?" "O primeiro capítulo dos Salmos. Feliz é o varão que não se
senta à mesa dos ímpios." Vou andando pelos locais que estive momentos
antes, tentando configurar "Em qual momento ouve a distração?" Por
enquanto as palavras daquela mulher rolam em minha mente, mas não encontrei o
sentido de tudo isso. Depois de andar muitos quarteirões e já calculando todo o
risco da minha ficha de cadastro que deixei naquela carteira, chegamos à frente
do prédio do Exército. Tínhamos ido à Assessoria de Imprensa, mas o palpite do
meu irmão: "Vamos direto à portaria central." Lá o rapaz ouve quieto
a minha pergunta e dá umas passadas até o outro lado do balcão. Penso:
"Acho que ele não me ouviu." De repente ele retorna sorrindo. E traz
de volta a carteira.
Foi outra forte emoção. É quase um milagre!
Meu irmão pede licença: "Amigo, um abraço. Não imagina quanta amolação
esse seu gesto nos poupou! Já pensou ter que reaver todos esses documentos...”.
Neste instante intendi o conteúdo da mensagem
bíblica.
A pessoa correta, digna - atrai de volta o
comportamento equivalente.
Texto Equipe Wolff
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