quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Servidores municipais recebem orientação para casos de desastres climáticos e momentos de crise.

(SECOM) O prefeito de Nova Friburgo Dermeval Neto fez questão de abrir o seminário de capacitação para prevenção e redução de desastres em momentos de crise, realizado ontem (segunda-feira), dia 3 de outubro, no Teatro Municipal de Nova Friburgo, e saudar os servidores municipais, professores da Secretaria de Educação, os primeiros participantes que lotaram as 500 cadeiras do teatro. A capacitação foi conduzida pelo subcoordenador da Defesa Civil, Robson Teixeira, e pelo major Pitaluga, do 6º GBM de Nova Friburgo, e contou com a participação do tenente-coronel João Paulo Mori (coordenador da Defesa Civil) e do coronel Palencia (comandante do Corpo de Bombeiros). Diversos secretários prestigiaram o evento. O secretário de Educação Marcelo Verly foi representado pelo subsecretário de Infraestrutura Raul Gonçalves.
A fala de abertura de Dermeval Neto foi de muita emoção e agradecimento. Ele disse que muita coisa já foi feita para a reconstrução da cidade, que as escolas foram recuperadas assim como o Hospital Municipal Raul Sertã, muito atingido pela inundação e pela lama. A cidade passou por muito sofrimento, mas que ele não é o culpado e não pode ser responsabilizado por problemas futuros. “Enquanto estava na condição de prefeito em exercício e abri a porta de casa e olhei como a cidade estava, não entreguei a chave da Prefeitura, muito pelo contrário, compartilhei-a com o governo do estado, garantindo com que o vice-governador permanecesse na cidade por 45 dias. Se fizemos certo ou se fizemos errado, uma coisa é certa: fomos corajosos. Tudo o que fiz foi por coração a Nova Friburgo. Nós somos valentes. Vou à Alemanha, dia 24, receber um prêmio que foi conferido ao município pelo BID (Banco Internacional de Desenvolvimento). Recebi a visita de um senador que prometeu verbas para a cidade e estou indo para Brasília tentar garantir outros recursos para resolver o problemas das encostas. Esse curso de hoje retrata a importância do trabalho conjunto”, finalizou, revelando que não abandonará o funcionalismo e que batalhará pelo plano de cargo e salário da classe e por salários mais dignos, até onde puder chegar. 
A capacitação está prevista para durar 10 dias e atingir os cerca de seis mil funcionários. Segundo os organizadores, essa capacitação será feita em dois estágios: o já iniciado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil nas comunidades e escolas, com treinamento de evacuação, orientações sobre o sistema de alerta-alarme e os pontos de apoio, e o segundo estágio que é o treinamento do funcionalismo. A prevenção é a palavra de ordem. 
Na palestra do subcoordenador Robson Teixeira, foi apresentado o planejamento que está em operação e que consiste em envolver toda a mídia da cidade aos sinais de alerta, ativar um sistema de alerta via SMS e radioamador para a difusão desses alertas, além dos sistemas de sirenes que serão montados em algumas comunidades e sobre a distribuição de celulares para lideranças comunitárias, que também receberão apitos, camisas, lanternas e material informativo para distribuição. 
Os sete passos do sistema de alerta-alarme para prevenção e redução de desastres foram amplamente esclarecidos. Segundo Robson Teixeira, o primeiro passo será dado pelo Centro de Operações do Rio de Janeiro, que pode obter a previsão do tempo num raio de até 250km, o que proporcionará tempo para a evacuação nos casos de risco, com tranquilidade. Essas informações seriam repassadas para a Defesa Civil, que acionaria o sistema de alerta-alarme (sirenes e os outros mecanismos). A partir daí, os líderes e as brigadas das comunidades entrarão em ação, avisando e retirando os moradores em áreas de risco e encaminhando-os para os pontos de apoio, através das rotas de fuga pré-selecionadas.
Palencia iniciou a segunda fase, antes do major Pitaluga, dizendo que cursos sobre a evacuação dos alunos das escolas estão em andamento e que o treinamento dos professores será contínuo, permanente, com início em outubro, revisão em novembro e no próximo ano também. 
A segunda palestra da noite tratou exclusivamente sobre o Plano de Evacuação nas Escolas. Antes disso, o major revelou o quanto desproporcional foi a massa de água que atingiu a cidade em janeiro, vinda do Atlântico Sul. Segundo disse, a sua extensão foi de 100 km, com 15 km de altura, mas de acordo com o coronel Mori, as previsões para esse ano são de menos quantidade de chuvas do que o cenário de janeiro. 
Embora, alertou o coordenador da Defesa Civil, a cidade encontra-se fragilizada. Por isso, a importância da capacitação e prevenção, “porque todos nós temos que fazer o papel de Defesa Civil e estarmos preparados para o pior cenário. Se chover, a ideia é que todos os funcionários públicos assumam seus postos de trabalho, para que voltemos à normalidade o mais rápido possível. Vamos trabalhar pró-ativos, de forma preventiva e não reativa. Volto a dizer que a cidade está vulnerável, apesar de tudo o que já foi feito, das encostas que estão sendo construídas”.

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