A Associação Friburguense
de Imprensa parabeniza todos os jornalistas e veículos de comunicação da cidade,
por este dia 20 de junho – Dia da Imprensa e dia de fundação da AFI.
A imprensa brasileira tem
206 anos de existência. Criada em 13 de maio de 1808, no Rio de Janeiro através
da Imprensa Régia, hoje Imprensa nacional pelo príncipe regente Dom João. Com a
chegada da família real portuguesa ao Brasil, facilitou o trabalho, pois até
então era proibida toda e qualquer atividade de imprensa, fosse a publicação de
jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa,
pois, nas demais colônias européias no continente, a imprensa se fazia presente
desde o século XVI.
A Gazeta do Rio de
Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular
em 10 de setembro de 18082 , impressa em máquinas trazidas da Inglaterra.3
Órgão oficial do governo português, que se tinha refugiado na colônia
americana, evidentemente o jornal só publicava notícias favoráveis ao governo.
Porém, no mesmo ano, pouco
antes, o exilado Hipólito José da Costa lançara, de Londres, o Correio
Braziliense, o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. O
primeiro número do Correio Braziliense é de 1 de junho de 18084 , mas só chega
ao Rio de Janeiro em outubro, onde tem grande repercussão nas camadas mais
esclarecidas, sendo proibido e apreendido pelo governo.4 Até 1820, apenas a
Gazeta (e revistas impressas na própria Imprensa Régia) tinham licença para
circular.5 Em 1821, com o fim da proibição, surge o Diário do Rio de Janeiro.5
Enquanto o jornal oficial
relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...)
natalícios, odes e panegíricos da família reinante", o do exilado fazia
política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a
independência do Brasil e tivesse um posicionamento político por vezes
conservador, o Correio Braziliense foi criado para atacar "os defeitos da
administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter
caráter "doutrinário muito mais do que informativo" .
A censura prévia foi extinta
em 28 de agosto de 1821, decorrente de deliberação das Cortes Constitucionais
de Lisboa em defesa das liberdades públicas (pondo fim, em Portugal, a três
séculos de censura).8 A própria personalidade de D. Pedro II, avessa a
perseguições, garantia um clima de ampla liberdade de expressão — em nível não
conhecido por nenhuma república latino-americana, graças aos caudilhos
autoritários que lá se alternavam. A liberdade de imprensa já era garantida
mesmo pela Constituição outorgada de 1824. Escreve Bernardo Joffily: "Cada
corrente tem seu porta-voz", mas, ainda assim, "há órgãos apolíticos:
o Diário do Rio de Janeiro (1º diário do País, 1821-1878) nem noticia o Grito do
Ipiranga. Mas a regra é a imprensa engajada, doutrinária".9
Entre os jornais cariocas
da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de
Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a
Era Vargas. Os demais foram o Diário de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do
Rio, o Diário do Comercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889,
mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura
e sátira: a Revista Ilustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros
ainda eram o Jornal do Comercio e a Gazeta da Tarde.
A imprensa em Nova
Friburgo foi criada na década de 40, e os jornais eram todos políticos,
havia muita briga entre os diretores e
foi preciso muita intervenção de pessoas tradicionais na cidade para apaziguar
a classe. Mas isso só aconteceu em 1957, quando foi criada a Associação
Fribuguense de Imprensa (AFI) numa reunião na Sociedade Esportiva Friburguense
com a presença de 70 jornalistas.
E com isso a imprensa
friburguense adquiriu nomes que fizeram história na cidade a fora dela,
projetando os órgãos de comunicação da cidade e nível nacional e internacional
como: Edmo Zarife (Rádio Globo), Trajano de Almeida Filho, Moisés de Moraes
Filho, Arnaldo Carlos Castellani (Jornal da Serra), Luiz Pinel Neto (A Gazeta
de Nova Friburgo), Amado Rodrigues (A Paz), Américo Ventura (A Voz da Serra),
Pedro Curio e Pedro Paulo Curio, Alberto de Jorge (O Nova Friburgo).
Há algumas décadas, a
imprensa local, vem mantendo a tradição de grandes valores como: Arnaldo Carlos Castellani, Coracy
Martins, Godô, Denerval Sangy, Hernane Huguenin, Pedro Osmar, Paulo Carvalho, Horizonte,
Davi Rangel, Saulo Gomes, Carlos Rosemberg, Marcelo Merecci, José Duarte,
Fernando Bonam, Jorginho Abicalil, Rodolpho Abbud, Hilda Teixeira soares,
Humberto Fontão, Fernando Reis, Alcir Franco, José Paulo Carvalho, João Curty,
Gilvan Costa, e muitos outros.
Em termos de órgãos de
comunicação a imprensa de Nova Friburgo cresceu muito. De apenas dois; Rádio
Nova Friburgo AM e Jornal A Voz da Serra, ambos com 69 anos, hoje a cidade tem
seis emissoras de televisão a cabo; TV Zoom, TV Focus, TV C News, Luau TV, TV
Friburgo, Nova TV,; duas emissoras de rádio FM: Sucesso FM e Caledônia; duas
Comunitárias; Comunidade FM e Caledônia FM. Em termos de revistas, a imprensa
não foi muito profícua, e poucas se sobrevieram como: Assim É Nova Friburgo,
mas hoje tem Momento ambiental, Cler In Revista, Cliper. Mas a cidade tem uma
quantidade muito grande de blogs e sites, pois a evolução da internet proporciona
esse tipo de mídia, meio descompromissada com a legislação vigente.
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