sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Defesa Civil de Nova Friburgo apresenta Plano de Ação para chuvas de verão

             Secretarias municipais e representantes de entidades privadas de Nova Friburgo atenderam ao chamado do Prefeito em exercício Dermeval Barboza Moreira Neto para participar de reunião sobre o Plano Verão 2010/2011, um estudo elaborado pela equipe da subsecretaria de Defesa Civil com o objetivo de reunir esforços para uma 'operação tempestade', caso seja necessário.  
            Na tarde da quarta-feira, 17 de novembro, no Salão Azul da Prefeitura, o prefeito Dermeval, que intitulou-se de maestro, convidou a compor a mesa o secretário municipal de Ordem Urbana, Cel. Hudson de Aguiar Miranda; o subsecretário de Defesa Civil, Ten. Cel. BM Roberto Robadey; o Capitão Fábio Gonçalves, do Corpo de Bombeiros; e Tenente-Coronel James de Barros, Comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar.
            Para Dermeval, todos os órgãos e entidades, que de alguma forma são importantes para que Nova Friburgo não sofra com as fortes chuvas de verão, deviam ouvir atentamente, assim como ele, para entender a cadeia de ação e sugerir ajustes, levando em consideração conhecimentos específicos em cada área a ser citada.
            O secretário Hudson destacou a importância da integração de todas as secretarias e órgãos e passou a palavra ao Cel Robadey, que apresentou slides com dados técnicos e explanou sobre ações desenvolvidas ao longo do ano, entre elas a realização da 1ª Conferência Municipal de Defesa Civil e participação na Conferência Nacional, exigências do Governo Federal para viabilização de verbas e consequentemente melhorias no atendimento e infraestrutura.
            Foram lembradas matérias jornalísticas datadas de 1979, quando a tragédia na cidade contabilizou a morte de 64 pessoas; e de janeiro de 2009, ocasião em que fortes chuvas trouxeram prejuízos relevantes à cidade, embora a Secretaria Municipal de Obras não tenha medido esforços para solucionar a maior parte dos problemas.

            Visualizar problemas para solucionar

            O município, assim como muitos outros, não pode se considerar totalmente preparado para receber grande volume de água por conta de fortes chuvas, pois investimentos de grande porte são necessários e mesmo que hoje fosse disponibilizado R$50 milhões para infraestrutura, não seria possível aplicá-lo para solucionar problemas pensando nos três próximos meses, quando a probabilidade de transtornos aumenta com a chegada do verão. Segundo o secretário de Projetos e Obras Especiais, Antonio Carlos Mendes Berbert, verbas do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC  - são sempre equivalentes à metade ou terça-parte do que é necessário para a execução de importantes obras de infraestrutura, como a microdrenagem.
            Foram citadas algumas áreas de risco que merecem um olhar atento, embora o estudo ainda esteja baseado em dados de 2007. De qualquer forma, as associações de moradores das localidades destacadas são consideradas de fundamental importância para atuarem juntas com os órgãos competentes. São elas: Lazareto, Vilage, Cordoeira, Barroso, Riograndina, Olaria, Alto do Floresta, Floresta, Chácara do Paraíso, Vale dos Pinheiros, Córrego D'Antas, Jardim Califórnia, entre outras.
            Em virtude de trabalho conjunto, cerca de mil pessoas atendidas em 2009 continuam sendo acompanhadas, entre elas aproximadamente 150 famílias de Riograndina, que além de terem sido removidas de suas casas localizadas em áreas de risco, muitas delas foram incluídas em Programas da Secretaria de Assistência Social, como o Aluguel Social.

            Meios de comunicação


            A Defesa Civil de Nova Friburgo criou um canal online - http://defesacivilnf.blogspot.com -  para que todos os envolvidos na 'operação tempestade' e cidadãos possam acompanhar ações e monitoramentos baseados em informações do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Segundo o Inea, por exemplo, choveu no município até o momento 787,93 milímetros, muito abaixo da média, estimada entre 1.400 e 1.500 milímetros, o que é visto pela Defesa Civil como um sinal de alerta, pois poderá chover mais do que o desejado nos próximos dias.
            A SsDC alertou para alguns números que precisam ser observados dia após dia. Na antiga rodoviária, ao lado da Prefeitura, há um pluviômetro digital para medição minuto a minuto, e quando o aparelho marca mais de 37 milímetros em 1 hora ou mais de 80 milímetros em 24 horas é dado sinal de alerta e a Defesa Civil entra em estado de alerta máximo.
            Segundo o subsecretário, o Inea também informa por torpedo quando a situação pode ficar crítica, para que os órgãos competentes possam alertar a população através da imprensa e as  associações de moradores, consideradas importantes canais para mobilização da comunidade. “Cada comunidade pode adquirir um pluviômetro manual que mede o índice pluviométrico duas vezes ao dia”, lembrou Robadey. Embora tenha sido destaca a importância das emissoras de rádio nos casos de alerta, não se deve ignorar pontos fracos que podem comprometer a operação, como a dependência da energia elétrica e de dados da internet, e falha na rede de telefonia.

            Somando forças

            Como a responsabilidade precisa ser dividida para que tudo ocorra da melhor maneira possível e dentro do previsto, foram apontados serviços fundamentais para o sucesso do Plano Verão 201/2011. A Secretaria Municipal de Educação, por exemplo, deve enviar à Defesa Civil nomes e contatos de diretores de escolas municipais, caso seja necessário abrigar pessoas que estejam em áreas de risco; o mesmo acontece com a Secretaria Municipal de Esportes, que deve enviar os contatos dos administradores de ginásios esportivos, que também poderão ser úteis para servir de abrigo.
            Foi sugerido pelos próprios secretários que trabalham com máquinas e caminhões (Obras, Ação Integrada de Cônego e Cascatinha, Especial de Olaria, e Conselheiro Paulino) encaminhar relatório à Defesa Civil informando sobre os equipamentos que podem atuar em ações emergenciais. O hospital do Sanatório Naval, por exemplo, está sendo incluído como equipamento de apoio, inclusive pelo fácil acesso ao bairro de Olaria.
            Engenheiros das secretarias de Obras e Meio Ambiente devem ficar responsáveis por vistoriar áreas de risco; as secretarias de Assistência Social, Educação, Guarda Municipal e Polícia Militar prestar assistência aos atingidos; as secretarias de Serviços Públicos e Obras recuperar vias; as unidades de saúde como o Hospital Municipal Raul Sertã, a Unidade de Pronto Atendimento (Upa), Policlínicas e Posto de Saúde prestar assistência médica; entre muitos outros importantes serviços.
            Para encerrar, o Cel Robadey disse que deseja contar com o empenho de toda a comunidade: “nosso objetivo é óbito zero. Mas para isso também precisamos contar com a conscientização da população, pois ela é parte da solução. Quem vive em área de risco não pode brincar e tem que respeitar quando o alerta for dado”. O secretário de Ordem Urbana informou que o Comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar colocou à disposição do Prefeito Dermeval um helicóptero para sobrevoar as principais áreas de risco em Nova Friburgo.  

FONTE: SECOM NF

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