quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fé ativa


Projeto: Você é muito importante para nós©



Aptidão ou influência de família? Até que ponto uma coisa mescla na outra nunca saberemos mas temos certeza que ela atende com excelência em sua loja. Conheça a personalidade em destaque nesta entrevista.



Entrevista exclusiva ao jornalista Reinaldo Wolff, AFI 253, MT 27672

THAÍS DELDUQUE PEDRETTI


Ontem a minha filha de 4 anos chegou para mim, eu estava fechando a loja, e ela me fez a pergunta: “Mamãe quando eu crescer eu vou trabalhar com você?”
Aí eu falei: “Que seja a vontade de Deus”, porque se for o que ela quiser e se estiver nos planos de Deus – que seja! Muito gosto! Você vê que seu filho tem interesse de estar no seu ramo de trabalho – porque tudo é muito suado! Se você trabalha bem! E tem outra! – você tem que fazer o que você gosta, por amor! Eu penso assim – Eu poderia estar ganhando o que for – mas se for para estar trabalhando em outro lugar – eu gosto dessa coisa do “público”, entendeu? Você poder estar conversando. Igual vocês estão conversando agora comigo. Vocês estão passando um pouco da experiência de vocês e eu vou passando um pouco da minha experiência para vocês. Isso é gratificante. E não parece, não. Mas eu sou tímida! A pessoa vindo a mim, eu tenho coragem de falar. Agora, eu não serviria como vendedora externa, porque sou tímida.

Reinaldo Wolff: Cada pessoa tem dentro de si a sua vocação. O importante é fazer o que gosta. Porque sente que é sua vocação.
Thaís Pedretti: Nossa! Com certeza!

Reinaldo Wolff: Como descobriu sua vocação?
Thaís Pedretti: Eu tinha 16 anos. Meu pai sempre se esforçou para me dar de tudo. Do bom e do melhor. Ele sempre trabalhou muito. Muita coisa! Eu tinha 16 anos e falei que queria ter o meu dinheiro, eu queria poder comprar as minhas coisas, você entende né? Tirar o: “Pai, eu quero isto”. É você ter orgulho, entendeu? – de pagar o que você vai usar. Meu pai achou que eu fosse muito nova. E eu disse a ele que então me desse a chance de estudar e ele me desse algum serviço aqui para trabalhar com ele. E eu completei meus estudos. Cursei. E vim trabalhar! Tinha serviços de banco. Eu fui tomando gosto. Tinha serviços externos, enfim, entrei na parte administrativa. Entrei na parte de vendas. Hoje eu procuro sempre fazer o meu melhor.

Reinaldo Wolff: O que lhe fez optar por este ramo de atividades.
Thaís Pedretti: Bom... na época, o meu pai, por ser ferramenteiro e estar trabalhando numa empresa que não estava indo muito bem houve aquela necessidade de buscar um outro ramo. E ele fazia aparelhos. Fazia riscos de corte, na época. Então, a gente montou um ferramental, uma oficina em casa mesmo. Aí veio as necessidades do cliente – querer consertar um aparelho e querer adquirir um produto. “Você trabalha com esse produto?”. E a gente começou a vender esses produtos.

Reinaldo Wolff: Pelo o que eu soube, você já é a terceira geração neste ramo.
Thaís Pedretti: Sim, meu avô era alfaiate.

Reinaldo Wolff: Você se sente realizada?
Thaís Pedretti: Sim, muito!

Reinaldo Wolff: O que é sucesso para você?
Thaís Pedretti: Sucesso para mim é trabalhar no que eu gosto. Lógico que eu preciso de renda, também para me manter. Mas eu estou muito contente com o que eu faço.

Reinaldo Wolff: E os planos de expansão?
Thaís Pedretti: Tenho bastante planos. Hoje o recurso financeiro ainda é pouco! Mas eu pretendo um espaço maior para atender melhor meus clientes. Pretendo mixar mais a quantidade e qualidade dos produtos. Diversificar. E poder ter uma área um pouco melhor, até para atender melhor.

Reinaldo Wolff: Conte fatos pitorescos da sua vida. Como é que seu pai conseguiu transmitir essa garra de vendas, essa coragem de fazer as coisas, esse gosto pelos negócios? Quem foi que influiu mais, foi seu pai?
Thaís Pedretti: Meu avô faleceu, eu tinha 7 anos. Meu pai sempre me trouxe muito orgulho. Meu pai sempre me ensinou a seguinte frase que eu vou levar para toda a minha vida: “Faça o bem, não olhe a quem!”. No meu ramo de negócios, com certeza isso influencia muito. Pelo trabalho digno que a gente tenta fazer. Minha empresa é pequena mas a gente trabalha com a melhor qualidade possível. Meu pai sempre teve essa garra para o trabalho. Trabalhava até as 10 da noite. Eu me incentivava pelo exemplo dele. Ele trabalhando tanto, eu também queria isto para mim. Para eu ter o orgulho de ter minhas coisas pelo meu próprio esforço, meu trabalho, meu sangue, entendeu?

Reinaldo Wolff: É uma influência muito forte!
Thaís Pedretti: Muito! Muito mesmo! Eu via ele trabalhando e eu pensava “Eu quero isto para mim também”. Por isso hoje é esse carinho que os clientes têm comigo. Às vezes eles vêm aqui só para tomar um café comigo e conversar. Isso é a coisa mais gratificante do mundo. Eu não tenho trabalho de marketing e faço vendas. Qual é o mistério? É o boca a boca do meu cliente. É o meu cliente, o meu amigo, que confia no meu trabalho e que passa o meu trabalho adiante.

Reinaldo Wolff: Tem uma dica para nossos leitores que querem iniciar no ramo de confecção?
Thaís Pedretti: Em Friburgo todo mundo fala: “É o polo da moda íntima”. E às vezes a pessoa fica preocupada em arriscar. “Ah! Tem muita confecção e eu vou abrir mais um negócio!”. E o que eu digo: “Mais importante que a vontade de vencer é a coragem de começar”. O inicial para o confeccionista pensar quando começar o negócio, é o padrão de qualidade. Isso é o mais importante. Você tem que ter um produto diferenciado para começar.

Em off:


Thaís Pedretti: Muito legal! Eu me senti muito lisonjeada. Nunca passei por esse momento.

Reinaldo: E que emoção é essa de contar sua experiência de vida?

Thaís Pedretti: Penso muita coisa de minha trajetória. Passa muita coisa na minha cabeça. Embora eu tenha apenas 24 anos, eu já vivi muita experiência nessa vida. E vem tudo. E hoje eu penso: “Gente! Eu cheguei até aqui!”. Hoje um cliente me ligou às 9hrs da manhã e me fez uma pergunta: “Bom dia! Hoje se você ganhar 500mil na loteria, o que você faz?”. E eu respondi: “500mil é muito dinheiro e ao mesmo tempo é pouco. Eu investiria na loja, no meu negócio”. Ele: “Ah! Mentira! – você não ia fazer nem uma viagem?”. Eu falei: “Meu negócio me traz o dinheiro para eu fazer a viagem!”. Portanto, a minha conclusão é que você tem que ter um trabalho. Você tem que ocupar sua mente. E não tem coisa mais gratificante do que estar com pessoas! Gente, é muito legal! As pessoas passam aqui e trazem informação, traz passado, traz conteúdo... tudo! Esse feedback é muito importante. E vocês, são daqui mesmo?

Reinaldo: De coração, sim.

Thaís Pedretti: A cidade aqui é muito gostosa.

Reinaldo: Nós moramos aqui em 78. Mas sempre gostamos daqui. Sua filha vai ver essa entrevista na internet.

Thaís Pedretti: Quero que minha filha sempre tenha orgulho de mim! Meu conceito de vida é fé. Dignidade. Ser sempre uma pessoa honesta!

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