Laura Tavares
A depressão é uma doença que afeta mais de
350 milhões de pessoas de todas as idades, gêneros e etnias, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde. Embora o risco de ter depressão seja maior entre
as pessoas com histórico da doença na família, maus hábitos comportamentais
(como dormir pouco e cultivar pensamentos negativos) também podem favorecer uma
crise ou agravar ainda mais um quadro já em desenvolvimento.
"Adotar atitudes mais saudáveis
protegem seu corpo contra os sintomas da depressão, mas é preciso buscar
tratamento depois que a doença se instala", afirma o psiquiatra Ricardo
Alberto Moreno, professor doutor do Instituto de Psiquiatria da USP. Um dos
principais problemas de quem sofre com este doença é acreditar que ele vai
desaparecer por conta própria ou assumir que o mal-estar é permanente e faz
parte da personalidade. Nada disso: se você apresentar, ao menos, um dos sinais
listados a seguir e achar que ele tem prejudicado a sua rotina, aproveite para
procurar um especialista.
Dormir pouco
"A falta do sono é um dos gatilhos para o
aparecimento da depressão", afirma o psiquiatra Ricardo Alberto Moreno,
professor doutor do Instituto de Psiquiatria da USP. Segundo o especialista, o
organismo é regido pelo claro e escuro, ou seja, dia e noite. Assim, do ponto
de vista biológico, você está programado para a realização de atividades no
período diurno e para o repouso no período noturno. "Inverter essa ordem
ou reduzir o tempo que deveria ser destinado ao sono provoca desequilíbrios
físicos e psicológicos", diz.
Enquanto dorme, o seu corpo libera
hormônios, a atividade cerebral sofre alterações e a temperatura varia para
permitir um bom desempenho das tarefas ao acordar. Interromper esse ciclo,
portanto, pode afetar o metabolismo como um todo e servir de gatilho à
depressão. O cuidado especial deve ficar por conta dos mais jovens. "Com
uma rotina tão agitada e diante de tantos estímulos, como celular, computador e
televisão, o sono tem sido deixado em segundo plano", diz o especialista
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