Inspirada nos pequenos grupos - cuja formação menor do que as orquestras tradicionais tinham maior mobilidade, em virtude do transporte mais prático e barato - e que foram criados durante a Segunda Guerra para elevar o ânimo dos soldados e dar um pouco de alegria aos corações daqueles homens assombrados pela morte iminente, a ‘Big Band 190’, composta por instrumentistas da Companhia Independente de Polícia Militar - Músicos (CIPMMUS), fará apresentação especial na noite da próxima quinta, feira, 19, a partir das 19 horas, no Teatro Municipal de Nova Friburgo, na praça do Suspiro.
O concerto, com repertório de 13 números, tem um motivo especial: celebrar a inauguração, naquela mesma data, às 15 horas, da 2ª Companhia de Polícia Florestal, unidade subordinada ao 23º Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente (BPFMA) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que passará a funcionar no bairro Cascatinha, mais precisamente no Parque Municipal Juarez Frotté.
‘Big Band’ e a tradição musical da Polícia Militar
Estilo musical que ganhou força e projeção, tendo como um de seus mais renomados protagonistas, o maestro Glenn Müller, a big band foi um modelo que deu certo e o aproveitando, em 1996, o 1º tenente PM músico Cláudio, então Comandante da Cia dos Músicos, criou a ‘Big Band 190’ da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), que se apresentaria pela primeira vez no Theatro Municipal do Rio, executando as músicas ‘Pennsylvania 6-5000’ e ‘Astring of Pearls’ (Colar de Pérolas), ambas de Jarry Gray.
A PM é uma instituição criada, em 1809, pelo rei Dom João VI, com o nome de Guarda Real de Polícia, à época com apenas 200 homens e organizada nos moldes da Guarda de Lisboa, inclusive com uniforme idêntico. Ao longo da história brasileira, muitos foram os heróis que passaram pela PM, nesses seus mais de 200 anos de existência, entre os quais os mais conhecidos foram Duque de Caxias, Polidoro da Fonseca, Hermes da Fonseca, além de muitos outros considerados anônimos, em diversas gerações, que também deram suas vidas em defesa da causa pública, fiéis ao juramento de defenderem a sociedade, mesmo com o sacrifício da própria vida, prestado ao ingressarem na Corporação.
A música na PM remonta a própria criação da Guarda Real, quando também contava com um pequeno, mas significativo conjunto marcial, sendo que em 1962 foi criada a Companhia de Músicos da Polícia Militar e, finalmente, em abril de 2006, através de Resolução da Secretaria de Estado de Segurança Pública, foi criada a Companhia Independente de Polícia Militar – Músicos, possibilitando oportunidade artística a muitos talentos da corporação. Seu Comandante é o major PM Músico, Antonio Carlos Rosa.
PROGRAMA
No repertório: ‘Inviting’, do Maestro Cipó; ‘Retalhos’, de Paulo Masson; ‘Do Leme ao Pontal’ e ‘Primavera’ (ambas de autoria de Tim Maia); ‘Isto é Brasil’, de Ary Barroso, bem como ‘Mambop’ (Arturo Sandoval); ‘In The Stone e Setember’ (Maurice White, David Foster, Allee Willis e MacKay); ‘Superstation’ (Steve Wonder), ‘Linda’ (Caetano Veloso); ‘Emoções’ (Roberto Carlos), ‘New York’ (Frank Sinatra); ‘Brasileirinho’ (Waldir Azevedo) e ‘In the Mood’ (Glenn Miller).
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