quarta-feira, 7 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA: DO AUGE AO DECRÉDITO

A imoralidade que tomou conta da organização do Campeonato Carioca, tem que ter um fim. Por isso a Associação Friburguense de Imprensa, está iniciandohoje uma campanha a nível estadual, para tentar mudar esse quadro e fazer que se respeitem as leis, principalmen te o Estatuto do Torcedor que está sendomais unma vez, rasgado.

Hoje vamos abordar os clubes pequenos do Campeonato Carioca. E o primeiro da nossa lista é o Friburguense que já vem sendo prejudicado pelas alterações de regulamento e tabela antes de iniciar a competição há muito tempo.

Foi-se o tempo que a cidade se alegrava com Flamengo, fluminense, Vasco da Gama, Botafogo no Estádio Eduardo Guinle para os jogos do Estadual.

As atitudes mais recentes mostram que não só o Friburguense mas os outros pequenos vêm sofrendo esses desmandos desde que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) permite que a TV Globo faça do futebol carioca o quintal de sua casa.

No caso do Friburguense, em 2010, ano em que foi rebaixado para a segunda divisão o clube teve seu jogo com o Flamengo mudado do Estádio Eduardo Guinle para Moça Bonita em Bangu.

O aviso da mudança chegou durante o campeonato, porque há uma clausula no contrato ou no regulamento que a emissora, pode colocar uma partida em sua grade de programação da TV aberta e transferir o mando de campo.

Por incrível que pareça, mas o falecido presidente Eduardo Viana, ao lado de Eurico Miranda, presidente do Vasco da Gama não permitiam essa alteração, que nada mais é do que uma virada de mesa, que inclusive atropela o Estatuto do Torcedor, que a própria Globo muito se esmerou pela sua aprovação pelo Congresso Nacional.

Em 2011, o Friburguense disputou a segunda divisão e novamente a diretoria tricolor foi pega de surpresa. A competição deveria terminar em junho, terminou em agosto, teve 44 jogos, uma disputa desumana com jogos quarta-feira e domingo. Tudo porque na última hora a FERJ acrescentou equipes sem expressão, tendo que alterar tudo aquilo que havia sido acertado no Conselho Arbitral.

Mesmo assim, o Friburguense conseguiu o acesso e retornou à elite. No início de novembro, a FERJ promoveu o Conselho Arbitral, junto com os representantes decidiram tudo, e, na oportunidade Marcia Campos (diretora de programação da TV Globo) garantiu que os grandes clubes jogariam no Estádio Eduardo Guinle.

Chegou a Taça Guanabara e com mando de campo dos grandes clubes, Fluminense e Vasco da Gama não jogaram em Friburgo.

Outro absurdo. Os dois jogos da Taça Edilson Silva, entre Friburguense, Resende e Nova Iguaçu, foram realizados ás 13h, sob um calor escaldante de mais de 40 gráus, no Engenhão, horário de almoço e altamente prejudicial para a integridade física dos jogadores.

Aí alguém disse,” mas não podia ser diferente, porque era preliminar do jogo principal entre Vasco e Fluminense, pela decisão da Taça Guanabara e ainda tinham os juniores”.

Não se justifica. Poderiam ter marcado a Taça Edilson Silva para 15h; os juniores para 17 e o profissional 19. É claro que a desculpe é a grade da TV. Mas quando quer alterar ela o faz sem consultar ninguém. Na própria Taça Guanabara, vários jogos foram realizados sábado á noite, como; 22/01: 19h: Botafogo Resende; 28/01: 19h30: volta Redonda x Fluminense; 01/02: 222h: Fluminense x Boavista. No sábado de carnaval foram quatro jogos às 19h: Duque de Caxias x Americano, Boavista x Vasco da Gama, Volta Redonda x Friburguense, Fluminense x Bangu.

A desumanidade e o desrespeito com os pequenos é tão grande que chegaram ao absurdo de marcar jogos às 22h. Continua valendo aquela máxima daquele personagem da própria TV Globo “ que os pequenos se explodam”.

Começou então a Taça Rio e os boatos que chegavam da Capital do Estado, acabaram se confirmando e o jogo entre Friburguense e Flamengo, cujo mando de campo é do time da Serra, foi transferido para Volta Redonda no Estádio Francisco Raulino de Oliveira.

Uma total falta de respeito da televisão que “manda” e de quebra tem o apoio da Federação, exatamente porque os presidentes dos grandes clubes manipulam as decisões, após todos assinarem o documento.

Atitude muito estranha para Maurício Assunção que tem ligação com a cidade. Curioso também para o presidente do Fluminense que tem três friburguenses no seu Conselho Deliberativo e mesmo assim, não defende a cidade.

Mas não fica só nisso. Qual o critério para organizar a tabela? Colmo é feito o sorteio? Porque ele não é aberto à imprensa? Qual o mecanismo para realizar o sorteio da tabela?

Até o final do campeonato de 2012, o Friburguense terá feito 17 jogos, maioria fora de casa.
Taça Guanabara: 07 jogos, 03 em casa, 04 fora
Taça Edilson Silva: 02 jogos, os 02 fora de casa
Taça Rio: 08 jogos, 03 em casa; 05 fora de casa

Que o torcedor julgue, mas também faça sua parte. Que o povo friburguense diga não a TV Globo. Que a comunidade da serra se uma contra esse desmando que já virou rotina, porém, só no Rio de Janeiro, porque a FERJ é conivente

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